quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Vitória com gosto amargo

Obviamente adoro ganhar, mas não assim. Não esse 2x1 com gol de empate do Botafogo erroneamente anulado. Não com esse São Paulo em campo que pouco cria e muito reclama. Não com essa palhaçada que vimos o Rogério Ceni fazer.
Sinceramente, nunca fui grande fã do Rogério Ceni, e hoje ele perdeu mais uns pontos comigo. Que tipo de capitão de time é esse? Que exemplo que ele dá? O quão perto dos jogadores ele está para dar a força pro time que só um bom capitão consegue? Está cada vez mais claro pra mim, que o foco dele é ser a estrela do São Paulo, quer chamar mais atenção que um atacante, quer ser imortalizado. E se ele estava no caminho certo há alguns anos atrás, agora ele está perseguindo a galeria dos imortais pelos caminhos errados. Querendo bater records de gols feitos por goleiros na Libertadores e cobrando faltas de maneira pífia, querendo justificar um senhor FRANGO brigando. Supondo que o juiz errou*, no futebol não há gentilezas de falar "tá, eu fui frangueiro, dá o gol pros caras aí", mas a postura dele deveria ficar no seu gol e ver no que dava. Não ficou e foi além - segundos depois fingiu uma falta que não existiu, literalmente rolando no chão. Ali, naquele momento, eu pedi pra ele sair. E até o fim da partida fiquei com um gosto amargo na boca.**

*não quero me aprofundar em "juiz comprado" e afins. Façam vocês isso.
**imaginei a Joaka me xingando também, mas não vem ao caso :P

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Devo, não nego

Início do ano, falei aos quatro cantos de como detesto pontos corridos, mas reconhecendo a justiça da premiação. Lembro de ter dito, inclusive, que torna o campeonato xoxo e sem-gracinha. Pois que São Judas Tadeu - Deus, Javé, ou qualquer outra entidade religiosa na qual você queira acreditar - me fez pagar a língua.

A verdade é que não sabíamos muito bem como fazer nesse lance de pontos corridos. E parece que o povo andou estudando para esse ano. Daí as distâncias apertadas, revezamentos na ponta da tabela e até alguma emoção pra quem está bem lá em cima ou muito afundado na lama. Todos perceberam a importância de pontuar, especialmente fora de casa. Melhor somar um ponto a não somar nenhum. Também é bastante interessante perceber que, sim, é possível tirar algumas diferenças fazendo a sua parte e torcendo para a a combinação de resultados nada impossíveis.

A essa altura do campeonato ano passado, estávamos todos entediados, com um SPFC já campeão (ou muito em vias de) e nossa diversão passou a ser o acesso à série B, onde até times grandes disputavam vaga. Já nesse ano, a parte do acesso a série B continua divertida, mas não há nenhum possível campeão. O que temos é um clube com t pontos de vantagem sobre o segundo colocado; que está a apenas 1 ponto de outros 3, que só definem sua colocação nos critérios.

Ou seja, para quem está ali na frente, até a 5a colocação, sim, existem chances. (Não incluo o Botafogo, porque acho que 10 pontos já caracteriam uma diferença muito complicada de ser tirada para o atual líder, especialmente quando só nos restam 7 rodadas - contando a de hoje). E se existe chance de levantamento de taça, existe emoção.

Lá na parte debaixo, a coisa também anda bem quente. A exceção do já rebaixao Ipatinga, do 19o ao 14o colocado a indefinição reina. A maior diferença de pontos é exatamente entre Fluminense (14) e Vasco (19) e conta apenas com 4 pontos. Exatamente a mesma diferença entre Flamengo e Grêmio. Ou seja, para quem está nos extremos da tabela, ainda tem muita água para passar debaixo dessa ponte e a ordem maior é acompanhar tudo que for possível.

Já quem está no meio da tabela, realmente não deve estar lá vendo muita graça. Mas aí, a culpa não é minha...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Sempre hei de ser

Hoje, 28/10 é dia Dele, nosso Padroeiro, nosso - da Nação - milagreiro, aquele a quem recorremos quando as vitórias nos faltam e a quem agradecemos quando os gols chovem. E é também o dia do Flamenguista. Um dia que deveria ser feriado mundial tamanha a grandeza do clube em nossos corações e o espaço enorme que ocupa em nossas vidas.

Deixarei vocês com uma crônica do Zélins, flamengo apaixonado e grande nome da literatura mundial e mais tarde volto pra me contradizer pencas e mostrar como pontos corridos pode ser uma coisa divertida.


A grandeza do Flamengo

Molas anda a tomar o Flamengo para a graça dos seus bonecos. E a mim, para um motivo de comovedora solicitude às dores do meu clube.

O fato é que o Flamengo anda a sofrer. Mas acredito que não sofra de doenças que possam levá-lo a estado de gravidade.

O que existe no nosso clube é apenas um acidente da vida. O nosso time andou a levar suas cargas de pau, a merecer, de fato, surras de adversários sem grande credencial. Acredito que tudo se resolva bem. Hílton Santos, apesar de todos os seus atos ditatoriais, é, no fundo, um flamengo de bom coração. E, para ser um bom flamengo, primeiro que tudo, carece o cidadão de ser um homem do povo, capaz de gestos democráticos, sem atitudes de mando agressivo.

O Flamengo é da paixão do povo. E aí está sua grandeza.


Publicada em 25/5/1946

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

PQP, vai ser cagão assim nos infernos!

Flamengo continua no G4. Goleou o Coritiba e ainda teve ajuda dos outros coleguinhas de ambas as pontas da tabela. O convidado tomou toddynho e goleou o Parmêra dentro do Maracanã, começando a se livrar de ir pra onde ele não deveria ter saído.

O São Paulo ganhou do Vitória e tá encostando *ui* no Grêmio, e o fenômeno anual de aparecimento de tricolores* voltou a acontecer.

As marias conseguiram perder pro Falso na arena da baixada de 1x0, que mesmo ganhando, continua com o pé na segundona.

O Botafogo ganhou de 3x0 do já rebaixado Ipatinga e ainda tenta quem sabe talvez com reza braba, terminar no G4.

O Galo empatou com o inter depois de quase ter perdido de virada. E ali no meio é aquela merda de quem vai pra xulamericana ou não. BOOOOORING.

Vasco também tomou toddynho e conseguiu finalmente ganhar uma partida. A porrada come nas extremidades da tabela e sabe Deus quem vai ganhar esta merda. E pra ganhar vai ter que rebolar, rebolar, rebolar.


*eu tenho amigos São Paulinos bacanas, conscientes e que realmente curtem o esporte bretão. Mas os que só aparecem quando o campeonato tá no fim me irritam. E infelizmente o mundo tá cheio deles.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Sugestão de presente: Dignidade

Não tem nem uma semana que passei o pito no Senhor Meu Presidente e zoei Darth Eurico e já me surgem Horcades e Montenegro na vontade de aparecer.

Olha aqui, os senhores todos façam o favor de descer alguns posts e ler o texto que fala de vossas responsabilidades, seja como dirigentes, seja como "autoridades" associadas a clubes. Porque eu estou muito perto de perder completamente a paciência com as Vossas Senhorias.

Fica a dica: leiam o Chuteira e paguem menos micos pela vida.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Pequenas inconveniências, grandes distúrbios


Essa semana foi extremamente conturbada para o futebol brasileiro. Como a cara colega Joakina falou mais ali embaixo, os pavões do STJD resolveram que o momento era propício para aparecimento e saíram distribuindo punições injustas e sem um pingi de noção para os coleguinhas de Grêmio e Botafogo. Os rapazes do Impedimento também opinaram - e de forma muito mais bonita do que o texto a seguir, registre-se.

Para início de conversa, qual o papel do STJD na noite? Por que, exatamente, todos os clubes concordam com esse tipo de interferência abusiva? De quem foi a infeliz idéia de criar tal entidade, aliás? Não responderei a nenhuma dessas perguntas, inclusive porque são muito sinceras e realmente me questiono isso sempre. Explico: se é para que se analise um lance, que se faça DURANTE a partida. Oras, é injusto que um bando de cidadãos tenham acesso a informações privilegiadas e que não são repassadas ao condutor da partida (o cara de apito, para as namoradas participativas)no momento em que acontecem as "infrações". Aliás, se a atitude tomada pelo árbitro no decorrer do jogo não serve para nada, acabamos de inutilizar o moço de preto*, né?

Os efeitos suspensivos das penas já gritaram pencas; o que, mais uma vez, só mostra como é inútil esse Superior Tribunal de (in)Justiça Desportiva. Você está suspenso por 8 jogos. Brinks, pode jogar. Não, não, tá suspenso. Não, não, brinks, jogae pleskão. Ad nauseum

Não entendam mal, acho mesmo que deva haver uma entidade que aplique penas severas a engraçadinhos que pensam estar numa tirinha do Futebol-Força Futebol Clube. Mas não da forma como é. Primeiro porque é abusivo, segundo porque - como já disse ali em cima - desrespeita a autoridade do vivente que, oi, conduz a partida. No fim das contas, como está, só serve para alimentar ególatras e levantar suspeitas. Eixo do mal, máfia, malas de dinheiro, parcialidades, clubismos, incompetência, briga de egos, enfim, tudo isso é levantado quando parece haver favorecimento de alguém. E sempre parece.

No maravilhoso mundo de Lilaise, os clubes pensariam a longo prazo e se uniriam contra esses desmandos dos magistrados. Divido a minha idéia com meus maravilhosos leitores, segurem-se, vocês estão entrando na zona Além da Imaginação:

Não houve efeito suspensivo. O Clube dos 13, ciente de sua força, faria uma reunião às escondidas do mundo. Numa bela sexta-feira, todos estampam em seus sites: "TORCEDOR, NÃO COMPAREÇA AO ESTÁDIO"; os torcedores obedecem em grande número. Na hora das partidas, com os estádios às moscas, entrariam em campo os times; apita o ínicio da partida, o árbitro. Os jogadores tiram baralhos e dominós dos bolsos, sentam-se no gramado e recusam-se a jogar. Depois aparece um manifesto enorme, assinado por todos os 20 times participantes do campeonato, explicando a atitude e exigindo mudanças, tais como "se é pra julgar pelo que a TV diz, faremos durante o jogo, tv nos gramados, já."**. Resultado? Em umas 3 ou 4 rodadas, no máximo, a CBF estaria bem bonita, acatando tudo e servindo cafézinho.

-Ah, mas e o dinheiro perdido com essas partidas?
-Seria retornado com amistosos durante a pré-temporada. Claro, é um pensamento a longo prazo, coisa que nossos dirigentes não têm.

Voltando à realidade, agora. Sim, eu acredito que essa atitude seria uma belíssima resposta a todos as maluquices que a CBF tem nos enfiado goela abaixo. Sim, eu acho que os clubes não façam idéia da força que eles têm; ou são simplesmente muito individualistas. Às vezes, me parece que o povo só lembra de 87 quando é para cornetear e esquece que aquilo foi a maior quebrada de pernas que nossa adorada-salve-salve entidade máxima de futebol tomou na história recente. Um belo exemplo de que, sim, se pode protestar pacificamente e de forma efetiva.

Sou sonhadora, sei. Dificilmente os clubes tomariam a iniciativa de reeditar um movimento que mostrou o poder que temos, a menos que mexa muito no bolso (ou cofres, interpretação livre) de todos eles. Uma pena, porque seria histórico um campeonato que acontece e simplesmente não anda. Pena maior ainda, que sabemos que isso não daria certo devido à falta de caráter de uma meia dúzia de 3 ou 4 agremiações...

Mas fica a idéia.

*Tá, mudaram a cor da camisa, mas sopu antiga. Respeitem.

**Ou algo mais bonito e elaborado.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

FAIL AGAIN

Kaká diz que o jogo tava uma merda porque tava todo mundo tava cansado.

Pára* tudo.

Pegamos trânsito todo o santo dia.
Ônibus lotado.
Chefe mala.
Muitas vezes nem um obrigado ganhamos.
Ganhamos salários de merda.

E eles é que estão cansados?

Pergunta pros garçons que trabalham em pé todos os dias, até às 3 da manhã, se eles tão cansados pra bater uma pelada nos campos do Aterro do Flamengo?

Na boa, esses putos da seleção tinham é que virar uma laje pra ficar cansados de verdade.

*eu me recuso a parar de usar o acento diferencial.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

parei com o STJD

chega. Brasileirão não dá.

Carlos Alberto pega oito jogos, e Jorge Henrique, 120 dias de gancho.

na boa, é ridículo DEMAIS.

faltam 9 rodadas? aproveitem. eu to fora. engraçado, ainda hoje pensei em ir ao Engenhão no sábado. lendo essa notícia, desisti. TODO ANO ESSA PALHAÇADA.

quem quiser que se divirta. eu cansei.
vou curtir palhaçadas em outros campeonatos.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Das responsabilidades ou Quem fala demais dá bom dia a cavalo

Um presidente de clube pode - e deve, acredito mesmo - ser torcedor. O que não pode, em tempo algum, é deixar o posto de presidente quando fala à imprensa. Ele deve ter consciência de que suas declarações de apaixonado pelo clube repercurtem mais amplificadas do que a voz do tocedor comum - a minha e a tua.

Como exemplo de erro galopante temos ele, o Clodovil da Gávea: Márcio Braga. Eu, Lila, aqui no Chuteira ou no bar da esquina, posso e devo dizer que acredito, que estou preparando festa de campeonato ou que o time do Vasco está inexistindo; ele, Márico, não pode. Mais do que não poder, não deve. Da mesma forma que não vou até a Gávea ensiná-lo a presidir (embora devesse, que conste), não admito que ele venha a público me ensinar como torcer.

Qualquer um que tenha lido cadernos esportivos na semana passada viu a declaração - apaixonada, mas equivocada - do Sr Braga, dizendo que a festa do Hexa já estava pronta. E o prospecto era bom: estávamos em quarto lugar, empatados em pontos com 3o colocado e a poquíssimos pontos do líder. Míseros empates nos jogos dos 3 primeiros e subiríamos posições importantíssimas. Não era impossível, não era, nem mesmo, improvável. Mas o presidente abriu a boca e colocou sangue nos olhos dos adversários e um salto agulha nos nossos.

O que aconteceu domingo no Maracanã é fruto dos ecos da desprositada fala. O Flamengo, possivelmente se achando já campeão, perdeu a vontade de viver ainda no primeiro tempo. Diante de 81 mil pessoas que se acotovelam nas arquibancadas e cadeiras azuis*, o time se entregou; talvez já crendo ter o título...

Mas o Sr Márcio Braga ainda não parou. No ínicio dessa semana, ausentou-se da culpa pela derrota e já diz desconhecer o Vasco. Como assim, o senhor não conhece o Vasco? Pois apresento-lhe eu o Clube da Colina, Dileto Presidente. O Vasco é o nosso rival. E nossos rivais têm, quase sempre, a mesma grandeza que nos cabe. Não passe vergonha diminuindo a agremiação que bate de frente conosco, para não corrermos o risco de acabar rivalizando com um Boa Vista da vida. Márcio Braga, o Vasco é um time grande. E é o nosso clássico. E é o mais bonito do mundo.

Mostre respeito, Dirigente. O mesmo que exige de seus adversários. E também pense um pouco mais antes de se portar como torcedor quando próximo a microfones. Mas, acima de tudo, estimule o elenco; não com festas de hexa, mas mostrando a eles que a torcida - aquela que fica na arquibancada, sem voz, tomando chuva e vento - merece o título, a glória e ter um sorriso que não cabe no rosto de tanta felicidade e orgulho. Orgulho de ser Rubro-Negro, Senhor Márcio Braga. Orgulho. E não a vergonha de ter um comandante tão despreparado.


*Que eu só chamo de geral.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O improvavél acontece

Mais velho que andar pra frente é a frase que diz: " o futebol é uma caixinha de suspresa". Neste sábado, mais uma vez comprovamos este "ditado" na prática.
Lamentavelmente não pude assistir o jogo, mas conferi todos os lances e comentários.
Achei impressionante. Na verdade não esperei que o Galo surpreenderia tanto.
Mas na verdade o que me surpreendeu foi o contexto que o time vivem neste ano:

- ano do centenário e NENHUM título;
- crise no conselho, brigas em reuniões;
- muita confusão para sucessão presidencial;
- denúncias seríssimas contra ex-diretores;
- acusações sobre desvio de verbas;
- poucos jogadores experientes;
- campanha medíocre no Brasileiro;
- muitas atuações ruins;
- muitos empates (para não citar as derrotas).

Apesar disso tudo nós atleticanos continuamos aqui, calados mais prestando atenção.
Como citou um amigo cruzeirense esta semana: "ser atleticano ultrapassou os limites do futebol, virou religião". Eu concordei.
E assim, com a fé um pouco abalada, fui surpreendida pelo 3 a 0 contra o Flamengo no Maracanã, feito que não acontecia há 23 anos.
Foi bonito, mas o campeonato segue, o time estacionou na 12ª posição e domingo é dia de clássico no Mineirão.

Para os que ainda não acreditam, como eu, um vídeo com os melhores momentos:

Ah, se eu pudesse e meu dinheiro desse - II

Volto aí com os comentários non-sense sobre algo em voga na grande mídia. Dessa vez é o texto relatando a volta dos jogadores daquele Time de Amarelo.

Após golear a Venezuela por 4 a 0, a seleção brasileira enfrentou uma verdadeira maratona para sair de San Cristóbal e chegar ao Rio de Janeiro. No total,
foram quase 15 horas de viagem, em uma “corrida” que durou toda a madrugada. A delegação só desembarcou no aeroporto do Galeão nesta segunda-feira por volta das 9h15m (de Brasília).


Coitadinhos, né? Quinze horas, gente. E 4x0 em cima da fraquíssima Venezuela não é goleada, é obrigação, só pra ficar a dica pro pessoal.

A dor de cabeça começou com a notícia de que a pista da base militar, em Santo Domingo, que pousaria o avião da seleção estava fechada. O mau tempo e a falta de radar para auxiliar o piloto impediram a aterrissagem. Com isso, a solução foi colocar em prática um plano B.

Jogadores e comissão técnica, então, foram obrigados a seguir para o aeroporto Juan Pablo Pérez Alfonzo, no estado de Mérida*. Uma viagem de ônibus fora do previsto por uma estrada cheia de buracos, quebra-molas e curvas sinuosas que durou cerca de quatro horas.


Pelo menos, os pobrezinhos tinham um plano B, né? E que coisa horrorosa, estradas esburacadas e com curvas sinuosas. Gente, que lugar é esse com estradas precárias? Como essas pessoas vivem desse jeito? Sorte nossa que vive num país cujas estradas são freeways belíssimas e muito bem pavimentadas, né?


Aeroporto com cara de rodoviária

O aeroporto era pequeno e parecia mais uma rodoviária. Os banheiros não tinham água. No restaurante só havia sanduíche de pão de forma com queijo e presunto. Várias mesas foram juntadas com copos de plásticos e garrafas de refrigerantes de dois litros para receber os atletas. Mas a comissão técnica preferiu levar o lanche para a única sala mais reservada. Com isso, um garçom saiu com bandejas de sanduíches empilhados. Outro com refrigerantes e copos nas mãos.


Eles já estiveram em Assunción? Porque, sério, aquele aeroporto é pior que o terminal rodoviário atrás da Central do Brasil. Além de tudo isso descrito, ainda tem índio tentando te acharcar com aquelas porcarias de penas e miçangas. E eles nem aceitam espelhinhos como pagamento...

Realmente, é um desrespeito que nossos heróis sejam obrigados a comer pão com queijo e presunto e tenham apenas refrigerantes para beber. Imagina então ter de ENCHER O PRÓPRIO COPO. Mas é uma ofensa de proporções colossais. Recomendo que o Itamaraty rompa relações com a Venzuela, com Santo Domingo, com o estado de Mérida* e, por que não, com toda essa baixeza que é a América Latina; de agora em diante, só falamos com pessoas do nosso nível, só Europa, tá, meu bem?


A aventura ainda estava longe do fim. O avião que levaria a seleção até Maracaibo não estava no local. Após a tentativa sem sucesso de pouso em Santo Domingo, a aeronave voltou para Caracas. E com isso a seleção precisou esperar cerca de 1h30m até a chegada do avião no aeroporto de Juan Pablo Pérez Alfonzo. Alguns jogadores ficaram conversando em uma pequena sala. Outros preferiram permanecer no ônibus.


Como assim alguém precisa esperar 1h30m por um avião? Estou falando, essa América Latina é um matadouro para pessoas finas...

O vôo seguiu para Maracaibo apenas às 1h55m (de Brasília). Um avião de pequeno porte capaz de decolar da curta pista do aeroporto. O vôo teve momentos de turbulência, principalmente na decolagem. Os 30 minutos de duração pareciam mais longos que o normal.

Ao chegar em Maracaibo finalmente uma boa notícia. O avião fretado que levaria a seleção de volta ao Brasil não precisaria mais fazer uma escala em Manaus, uma exigência dos órgãos de aviação por causa do plano de vôo. Após uma negociação, a aeronave seguiria direto para o Rio de Janeiro, o que deixaria a viagem duas horas mais rápida.


Bom, finalmente alguém tomou uma atitude, não é mesmo? Pois, imaginem, heróis nacionais presos neste pesadelo sul-americano? Um desrespeito.


A alfândega para sair da Venezuela foi feita na pista mesmo, em uma mesa improvisada na pista. Às 3h10m, a seleção deixava Maracaibo. OS jogadores usavam as três poltronas da fileira como cama. Cada um sentou em uma. A maioria tirou os tênis e deitou para dormir logo após a decolagem sem mesmo esperar o jantar.

A viagem até o Rio de Janeiro durou pouco mais de seis horas e foi bastante tranqüila, para alívio da seleção brasileira. Chegava ao fim a maratona.


Mais uma vez: palmas! Porque os pobrezinhos já estavam completamente desgastados, não poderiam MESMO ainda passar pelo stress de uma alfândega, não é mesmo? Afinal, já passariam pelo desconforto de precisarem se espremes em 3 poltronas.

Estou completamente indignada com o tratamento dispensado a nossos atletas, que mundo é esse onde gente que veio do nada e ganha milhões passa por uma coisa dessas? Se ainda fossem pessoas comuns, como eu ou você, mas não, eles são importantes. São atletas brasileiros! Ainda bem que a imprensa esteve lá para nos deixar a par de tal acinte...

*Inevitável soltar aquele risinho de 5a série, né?

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Lesão por Execuções Repetitivas

Aos dez dias de setembro de 2001, o Sr. Walter Feldman assinou em São Paulo a Lei Estadual 10.876 que explicita em seu Artigo 1º

É obrigatória a execução do Hino Nacional Brasileiro em todos os eventos esportivos realizados no Estado.

No meu entender, foi aí que começou o imenso desrespeito a um dos símbolos desta sofrida nação. Em cumprimento à supracitada lei, 10 minutos antes do início das partidas futebolísticas, todos são agraciados com a melodia que nos faz recordar que ouviram do Ipiranga as margens plácidas / De um povo heróico o brado retumbante. Tudo seria perfeito se:

a-) os times estivessem perfilados em campo aguardando a execução do hino;
b-) os policiais que estão ali para manter a ordem no galinheiro estivessem em seus devidos postos, em posição apropriada;
c-) o trio de arbitragem já estivesse posicionado no centro do gramado;
d-) a torcida estivesse em silêncio;
e-) fosse executado de maneira decente, com um sistema de som com um mínimo de qualidade e um CD pelo menos não muito riscado.

No entanto, o que se tem visto são atos comparativos a uma cusparada na bandeira nacional. Exagero? Pode até ser, mas é assim que eu vejo.
10 minutos antes das partidas da Série A do Brasileirão, por exemplo, é quando começam as transmissões televisivas. Se você atentar ao que está acontecendo no estádio, perceberá que, enquanto os comentaristas cumprimentam os telespectadores e a propaganda come solta no centro da tela, há uma musiquinha chumbrega sendo executada ao fundo. Sim, senhoras e senhores, é o Hino Nacional Brasileiro sendo executado de um CDzinho riscado, naquele sistema de som que você reza para que não seja o seu carro sendo anunciado, porque não dá pra entender absolutamente nada, enquanto seu goleiro bate um papo com Deus, o bandeirinha aproveita pra tirar a bituca de cigarro que grudou no cravo da chuteira dele e aquela senhora no meio da torcida arremessa um amendoinzinho doce na cabeça do cidadão que a pisou enquanto subia mais um degrau.
Quantas vezes não tomamos chamadas na escola porque não respeitamos a execução do Hino? Quantas vezes nossas avós não nos mandaram ter educação? E pra quê? Pra que o nosso Hino fosse tratado como uma musiquinha de micareta sendo executada em segundo plano.
Não adianta virem dizer que "é pra fixar a letra". Que letra? Aquela que não dá pra entender? Daquela musiquinha que não dá pra ouvir porque a torcida está gritando o nome de seus jogadores? O pior é que não é só em São Paulo que esta babaquice de lei vigora. No Ceará também. Em São Paulo já existe uma proposta para que o Hino seja executado somente na primeira e na última disputa do torneio esportivo, qualquer que seja ele.
Enquanto isso, o Galvão vai continuar berrando, o lateral esquerdo vai continuar cuspindo, o moleque na arquibancada vai continuar dando um pedala no coleguinha, tudo isso ao som da doce melodia da qual deveríamos nos orgulhar.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Darth Eurico diz pra Dynamite: Sith ode ae

Todas nós já estávamos com a cartolina guardada, esperando que isso acontecesse.

É obvio ululante que Eurico quer (e vai) aproveitar da merda que o Vasco se encontra pra poder voltar "nos braços do povo" (tiop oi). Como a gente sabe que Eurico vale menos que um frasco de leite de rosas vazio, e que eu já vi novelas das 8 demais nessa vida, eu sei que um vilão é capaz de tudo pra conseguir o que quer, acredito que Darth Eurico armou a parada toda pra foder direitim o Dynamite.

Na minha modesta opinião (aquele achismo básico), Dynamite tem rabo preso pra não botar pra fora todos os asseclas de Eurico que tão descaradamente detonando o clube e preparando o "retorno triunfal" do coisa ruim, que aliás falou uma grande verdade, realmente com ele na presidência o Vasco não cai, afinal de contas, todo mundo seria bem remunerado para evitar que isso acontecesse.

Eu até estava com pena, mas eu acho é que tá faltando cojones pra reverter isso. Pra jogar merda no ventilador, pra botar o pau na mesa, pra fazer a bagaça funcionar. Se Dynamite tá refugando, ae então, paciência.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Onde mora a emoção

Enquanto a série A tá naquelas de galerinha embolada, mas marromeno definida e a na série B já temos Curintcha campeão, a série C tá em chamas durante o octogonal final. São 8 times (mas tujura?) para apenas 4 vagas da sub-elite do futebol brasileiro e que não desiste nunca.

Passada a primeira rodada, o Duque de Caxias - aqui do Hell Djãnêro - lidera somente pelo saldo de gols, pois enfiou 3 no Confiança, de Sergipe. O Duque, aliás, manda seus jogos no estádio Romário de Souza Farias, o Marrentão, mas para essa fase, ainda aguarda liberação das autoridades competentes para jogar em casa. Há um problema com o número de lugares disponíveis e as exigências de nossa amiga CBF.

Nessa primeira rodada, todos os anfitriões ficaram com os 3 pontos, em vitórias magrinhas (exceção ao Duque, como vocês notam no parágrafo acima). Assim sendo, seguem empatadinhos na segunda posição o Águia, do Pará; Campinense, da Paraíba (que não sei se é O ou A, mas sempre me refiro como A Campinense); e Brasil, de Pelotas ( o querídissimo Xavante). Depois temos o povo que vai partir pra cima como se não houvesse amanhã com Atlético, de Goiás; Guarani (ha ha ha) e o Rio Branco, do Acre; seguidos pelo Confiança que segura a lanterninha pelo saldo, como já disse ali em cima.

Agora, uma coisa interessante apontar: o Rio Branco, de acordo com minhas fontes, recebeu um subsídio do governo estadual para as viagens nessa última fase do campeonato. Achei interessante, isso, afinal, a localidade mais próxima deles é o Pará e tem quase toda a floresta amazônica entre eles. Imaginem. Outro ponto curioso é que, contrariando todas as expectativas, A viagem mais longa para os Acreanos é até a Paraíba e não até o Rio Grande do Sul, como pensaríamos todos. Incrível esse país, não?

Bom, tenho acompanhado, como dá, a terceirona e me parece bem interessante. E alegrou ainda saber que TALVEZ um canal de esporte comece a transmitir um ou outro jogo. Aguardemos.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Com os dias contados

O texto abaixo foi surrupiado do Impedimento e é de autoria do Fino, amigo querido e galhofeiro de primeira.

A primeira coisa que eu vou falar nesse texto também poderia ser a última, já que resume o drama todo. Mas a coisa chegou num ponto em que o Gre-Nal das torcidas já não compensa o risco. Enquanto não morrer gente - seja no Olímpico, seja no Beira-Rio - as pessoas não vão se convencer que o clássico Gre-Nal já não comporta duas torcidas.

O que eu passei na tarde de domingo não foi diversão, não foi futebol. Foi revoltante.

Mas o bovino way of life nos ensina desde cedo que abaixo do Rio Mampituba ou tu é Grêmio, ou tu é Inter. Naquela lógica bovina de que gaúcho é super antagônico e isso é super legal porque demonstra como somos politizados (?) e adoramos divergir uns dos outros. Ou tu é chimango ou é tu maragato. Ou tu é PT ou tu é anti-PT. Ou tu é 8 ou tu é 80.

Até aí, LEGAU. De boa, É BUNITU.

Mas o Gre-Nal já não compensa o risco.

Fui sozinho para a Azenha e combinei de encontrar uns ex-colegas por lá. Cheguei e fiquei tomando uma ceva no AÇOUGUE (na Av. Azenha mesmo, uma quadra antes da ruela que dá acesso ao Largo dos Campeões). Isso era aproximadamente 15h da tarde. Viam-se alguns colorados no movimento dos carros. Mas eu juro que ainda não sei identificar quais deles devemos atacar.

Eu tava sentado numa mesa, tomando minha ceva, quando uma senhora parou na fila do semáforo. Uma senhora meio mamacita assim, não muito coroa, com uns piás no banco de trás, colorados. De repente UM cara se indignou porque um dos PIÁS de 13 ANOS fez um sinal pra ele de dentro do carro. O cara atirou uma garrafa na porta e ficou ali tacando o horror, chamando a mulher de puta e vadia pra baixo, enquanto a coitada surtava no volante. Deu umas bicudas na lateral do carro e ALIVIOU a pressão.

O Palio que parou no mesmo semáforo, 10 minutos mais tarde, se fodeu um pouco mais. Eram 3 caras de camiseta do Inter. Passaram e não provocaram ninguém. Um gremista chegou do lado do carro e tacou um copo inteiro de cerveja na cara do caroneiro. O cara nem respondeu nada, simplesmente abriu os braços. Tomou dois cruzados na boca antes de uns 10 gremistas depenarem o veículo. Não sobrou nada. Parecia ter capotado umas 30 vezes. O motora meio que demorou pra se mandar dali, é verdade. Teve que fugir por cima da calçada, quase atropelando uns pedestres. Ou seja, já podiam ter morrido uns bovinos aí.

Mais tarde, já em frente ao Olímpico, uma multidão aguardava o deslocamento com a escolta, já com algum atraso do horário previsto. Na primeira parada, em frente ao Exército, ali na Corrêa Lima, a primeira revista para ver quem estava com ingresso. Aí já se viu que tinha muita gente sem ingresso. Segue o baile. Mais uma revista metros adiante. Já próximos ao Estádio dos Eucaliptos, nova revista. Dessa vez feita no espaço entre um muro e um poste da calçada. 2.500 pessoas sendo revistadas em um vão de, no máximo, 3 metros de largura. Faltando 30 minutos para a bola rolar. A cada empurrão da turma de trás, a turma da frente levava choque dos hômi.

E quando alguém escapava da escolta, parava todo mundo de novo. Aconteceu quando uma turma considerável avistou um bar no meio da outra quadra e desviou a rota atrás da bira. Também aconteceu quando rolou um CONTATO VISUAL com os colorados, seguido de correria e novo festival de cacetadas por parte da Brigada.

Atravessamos a Padre Cacique e seguimos escoltados por dentro do Parque Marinha do Brasil até o corredor de madeira compensada erguido da frente do portão 3 até o Gigantinho. A essa altura faltavam poucos minutos pros times entrarem em campo e já no acesso ao corredor improvisado, começa aquele empurra-empurra gostoso antes de nova revista da Brigada Militar. Aí tu vê que tem uns retardados que resolvem agredir a polícia, que, descontrolada, revida em cima de todo mundo que estiver no caminho. Pau afu. Em todo mundo.

Quando consegui entrar no corredor de acesso, logo atrás veio um cara com um guri de uns 10 anos de idade aos prantos e com um senhor de um corte na cabeça.

Entramos.

Antes do jogo os colorados pareciam nos recepcionar festivamente, arremessando presentes do andar de cima. No início do jogo, tomamos um gol. Logo em seguida empatamos. Antes mesmo do segundo gol do Inter, que eu não vi, porque tava me protegendo da pauleira, uns caras do Grêmio estavam se moendo a pau, porque não sei quem tinha reclamado que era pra baixar a bandeira que tapava a visão de 200 gremistas, que faziam coro à reclamação. Bate-boca rolando ao meu lado mas eu seguia com o olho no jogo. De repente, mastros das bandeiras quebrados e 20 gremistas se demolindo do meu lado. Intervenção da Brigada e cacetada em todo mundo.

Inter 2 x 1. Beira-Rio em chamas. Pedras de lado a lado. E não era pedrinha brita, era pedaço de concreto do tamanho de um cinzeiro. Gravatearam uns 4 e levaram pra fora, passando no meio da torcida Inter, sob forte atilharia. Inter 3. Inter 4. Chuva de mijo e de pedras.

O segundo tempo pareceu passar em 15 minutos. Numa dessas um cara na minha frente leva uma pedrada NA MENTE. Só ouvi o TÓC. O cara meteu a mão na testa e saiu em direção aos degraus superiores. Esqueci o jogo, só olhava para os lados, mais alerta que escoteiro mirim. Quando uma pedra caiu perto de mim, corri para juntar. Um demente pegou antes de mim e falei pra ele aos berros:

- Entrega pra Brigada, meu! Mostra que tá vindo lá de cima!

- Que Brigada, rapaiz??? Eu sou maloqueiro! Fica na tua que eu vou guardar pra usar daqui a pouco.

Minha vontade era socar esse magrão até quebrar todos os ossos da minha mão.

De repente a Brigada SUMIU da divisória entre as torcidas. Gremistas botaram abaixo o portão que dividia as torcidas. Gremistas invadindo o espaço colorado, que se abria como um clarão. Integrantes da Nação resolvem fazer frente e percebe-se ainda um deslocamento maciço de colorados vindo da Popular e da Camisa 12. Intervenção mais fodida por parte da Brigada, em tempo de evitar uma tragédia, que consegue deslocar os gremistas de volta para o seu espaço. Terror e pânico. Provocações de lado a lado e cerca de 50 policiais baixando o sarrafo nas duas torcidas. Nisso explodiu uma bomba do meu lado. Cheguei a cair pra trás com o impacto da explosão. Uma bomba daquelas, no local certo, arranca fácil uma perna, eu acho.

Já na primeira das brigas havia me perdido dos meus amigos. Vontade de ir embora, mesmo sabendo que ficaria mais algumas horas ali sem saber o que estaria por vir. Cambada de otários cantando “vemmm, vemmm pra porrada vem! filha da puta!”. Agridem a polícia e fogem no meio da multidão, que não tem rosto e apanha por isso.

Esperei até as 10 da noite pra deixar o Beira-Rio. Na hora de sair, tudo alagado. Gremistas reclamando que “era mijo”, “haviam mijado tudo ali pra nos foder”. Depois se deram conta que a água que passava o calcanhar era dos encanamentos dos banheiros demolidos logo da nossa entrada no estádio.

A ida pra casa foi relativamente calma, com a camiseta dentro da bermuda e o cu na mão. E o cu na mão não era necessariamente medo. Eu sabia que se rolasse confusão era só fugir em direção oposta. O cu na mão era a tensão e a adrenalina a mil, que me transformaram num caledoscópio humano mirando todos os lados.

Não é bem isso que se espera de uma partida de futebol. Não vale mais a pena. Não vou mais ao Beira-Rio e não recomendo que colorados venham ao Olímpico. Cada vez mais só quem vai encarar essa bronca toda serão “os de fé”. Que, em breve, vão se matar e sepultar o clássico gaúcho.

Espremer a torcida adversária num canto do estádio e colocar a Brigada pra deslocá-los como quem leva o gado para o abate é estimular a violência. Mais do que permitir o consumo de bebida alcóolica dentro dos estádios.

O Gre-Nal já era. E talvez quando morrer gente eu não tenha mais que ouvir um postulante à presidência do meu clube debochar no rádio no dia seguinte que “20 mil correram de 3 mil, DE NOVO”.

Tá tudo explicado

Eu acho engraçado.
Jornais montam teorias enormes, profundas. Uns falam em "abalo psicológico", outros afirmam existir um tal "medo de ser campeão".
Mas é muito mais simples....

Há times que páram de vencer (ou de se esforçar para vencer) por velhos motivos, muito conhecidos, e que não precisam de teorias modernas para serem desvendados. Incompetência, falta de planejamento, falta de honra aos compromissos e, o mal dos males, corpo mole!

"Botafogo está há dois meses sem pagar atletas, além de ainda não ter quitado bonificação por chegada ao G-4"

É uma vergonha? É. Mas tem jogador ali que ganha muito mais do que eu em 12 meses e corre muito menos do que eu corro (morrendo!) na minha pelada (ui) de fim de semana.
Sem vergonhice nas duas pontas, portanto.