terça-feira, 28 de julho de 2009

Piadinha oportunista

Além da paixão e do fanatismo tão bem citados no post anterior da Lila não podemos esquecer que o futebol também é feito da rivalidade. Rivalidade que só existe por que é alimentada pela paixão das torcidas adversárias. Ai tô chovendo no molhado, eu sei, mas é que eu não podia perder a oportunidade de divulgar esse vídeo.
Como se trata de uma piada oportunista vamos lá, porque amanhã tudo pode ser diferente. Ou não.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Paixão x Fanatismo

Quem nos vê aqui falando de futebol tende a crer que somos um bando de fanáticas loucas. Uma grande mentira. Somos apaixonadas. Tem um texto de uma colabora que tenta explicar como podemos colocar um clube acima de paixões maiores como família, mas não sei se ainda tratei do assunto como gostaria. Por isso, as mal digitadas linhas a seguir. E falam apenas e exclusivamente de mim; da minha vida de apaixonada e aquelas coisas que soam até meio ébrias.

Gostar de futebol nunca foi algo que pudesse escolher. Não lembro de uma época da minha vida em que o futebol estivesse ausente. Oras, na casa pra onde fui onde nasci tinha meu avô: um flamenguista fervoroso que não perdia qualquer jogo do Flamengo ou do Brasil. Na casa de meus outros avós, a situação não era lá diferente: os dois completamente transtornados: ele americano, ela tricolor. Meus fins de semana sempre foram passados próximos a um rádio de pilha, escutando alguma transmissão. Diz a lenda familiar, que do alto dos meus 2 anos acompanhei, em 82, minha primeira Copa do Mundo. Comemorando os gols do Brasil feito gente grande.

Conforme o tempo passou e perdi uma das minhas grandes paixões: o avô americano. E veio a facilidade de cair de amores pelo Flamengo desde que tenho idade pra me lembrar. O futebol possibilitou isso, me mostrou que existe algo muito maior do que nós mesmos nesse mundo. O que jamais perecerá. Aquilo que nos mudará o humor como uma nova paixão arreebatadora, como uma perda na família. É um mundo novo e que te toma de assalto, te leva ao topo do universo e ao fundo do poço.

Não digo que dê sentido à vida, mas abre um leque imenso de possibilidades novas e, quando você se dá conta, está lá, craque da matemática, combinando resultados. Ás da vidência predizendo resultados. Um tremendo ressentido torcendo pela derrota do próximo. Tal e qual acontece quando amamos alguém de verdade: namorado, irmão, pai, filho.

Pelas braços do esporte bretão, me veio o Flamengo. Minha primeira paixão. E tal toda paixão, me decepciona, me alegra, enfim, me surpreende para o bem e para o mal. Mas não me falta. Quando tudo mais está ruim, o Flamengo vai lá, enfia uma goleada - ou ganha apertadinho - e parece que não tem mais nada de errado no meu mundo. É como encontrar o ser amado depois daquele dia em que tudo deu errado e o teu amor te sorri e te abraça e tudo fica longe. Assim são as vitórias do meu time pra mim. E suas glórias são como aqueles momentos bons de um relacionamento que a gente lembra pra sempre. E as vergonhas? Essas são aquelas brigas que esquecemos, porque assim são os amores: imperfeitamente perfeitos.

Morreríamos por nossos clubes da mesma maneira que daríamos a vida por um ente querido. Mas, da mesma forma que não criticamos os amores alheios, não transformamos os "outros" em inimigos mortais. Respeitamos a paixão deles como queremos que a nossa seja também digna de respeito e, por que não, admiração.

Somos apaixonadas e nossos clubes nos bastam. Eles estão acima de qualquer coisa que jamais entenderemos. Pois assim são as nossas maiores paixões: incompreesíveis e deliciosas. Cada uma à sua maneira.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Pensando à frente

Vocês não sabem, mas tou naquela época em que to desistindo do Flamengo (época essa conhecida como todo pós-jogo de vergonha indescrítivel). Junto a isso, tem um amigo são-paulino que, em prol do bairrismo interioriano, decidiu abdicar do SPFC esse ano e vive me perturbando. O projeto dele é Barueri na Libertadores.

Depois do jogo de hoje, realmente acredito que o time até tenha qualquer chance de permanecer entre os primeiros colocados no Brasileirão desse ano. Não tinha acompanhado nenhum jogo deles até a noite de hoje e, olhem, é um time chato, bem arrumadinho e tem um sujeito que se amarra em romper cidadelas adversárias. Não sei que jogos vocês acompanham, mas na semana passada, só ouvi gol do tal Val Baiano. Continuando assim, vai longe.

O problema mesmo é que o Barueri tem cara, jeito e cheiro de time-empresa. E nós sabemos bem como é a trajetória de times-empresa: eles aparecem, incomodam e somem por anos,a té que alguém invista e eles voltem ao início do ciclo.

Na real, na real, só queria mesmo dizer que, de acordo com esse amigo, o Barueri é Carapicuíba na Libertadores. E de Carapicuíba, eu gosto.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Era uma vez

Era 1994. Eu tinha 16 anos. Segundo ano do segundo grau. Era apaixonada pelo meu vizinho desde os 13 (rararara). Ia na matinê do Mello Tênis Clube. Gostava de futebol, mas já tinha desistido de torcer pra qualquer clube do Rio. Sobrou a seleção. Aquela que eu sempre vi naufragar, desde a remota lembrança da tristeza do meu pai em 82, até os tocos mais vívidos, em 86 contra a França e 90 contra Argentina.

Nessa copa, eu tinha uma amiga, que era minha vizinha na rua. Éramos xarás. Não lembro bem como ficamos amigas, mas combinamos de assistir todos os jogos juntas. Revezávamos uma na casa da outra a cada jogo. O esquema era: uma traz a pipoca e a outra o suco de maracujá. Sim, senhoras e senhores: SUCO DE MARACUJÁ. Eu já fui uma pessoa que não tomava cerveja e não tinha dinheiro pra comprar coca-cola. Suco de Maracujá era opção mais válida além de ajudar a controlar todo nosso desespero a cada partida. E essa copa foi linda, teve LEONARDO, teve RAÍ *suspiros*

Assistir os jogos na casa dela era engraçado, era uma casa de quintal enorme com uma mangueira gigante na frente, um cachorro vira-latas mau humorado chamado Barão. Uma mãe portuguesa que era TRICOLOR fervorosa, e que se ajoelhou no chão e agradeceu a Deus pelo gol do Branco que salvou a gente no jogo contra a Holanda.

Tava tudo muito bom, o Brasil chegou na final. Era domingo. Dia 17 de Julho. Aniversário da minha mãe. Segundo o revezamento, era pra eu ver a final na casa da minha amiga, mas EU NÃO PODIA. Era aniversário da minha mãe e meus avós iriam lá em casa pra isso, não pra ver o jogo. Seu Arthur, meu falecido avô, odiava futebol, e não satisfeito, gostava de secar. E ficava torcendo pra Italia. E falava um monte de abobrinhas, e eu, puta da vida.

Resolvi me trancar no quarto pra ver o jogo sozinha e sofrer no meu cantinho. Eu, minha pipoca, meu suco de maracujá. Nada de gol, e o tempo passava e ia pra prorrogação. Mais desespero e nada de gols. Aí foi pros pênaltis e eu pensei AGORA FUDEU.

Aí entra meu pai, um cara super tranquilo 24/7, no meu quarto, puto da vida com Seu Arthur, que não parava de secar o Brasil e diz que vai terminar de ver o jogo comigo porque "tá foda lá na sala".

E o resto da história, vcs já sabem. O Baggio chutou pra torcida e deu o título pra gente, aquele que toda a minha geração ainda não tinha visto. Aquela sensação que só nossos pais até então tinham sentido. Eu saí gritando pro meu avô que não adiantou secar e desci. Fui pra rua encontrar minha amiga, que não viu os pênaltis porque tava ajoelhada no terraço da casa dela cantando "na torcida são milhoes de treinadores" (tipo, OI NÉ? HAHAHAHAH). Eu também vi meu vizinho quando desci, mas era muito monga pra se aproveitar do calor da situação.

Voltando pra casa eu peguei uma pilot e desenhei na porta do meu armário vários bonequinhos representando todos os jogadores do escrete, várias paradas escritas sobre, nenhum registro fotográfico (a falta que fazia uma câmera digital). No fantástico daquela noite, falava-se sobre Romário, que foi criado no bairro "pobre e humilde da Vila da Penha" - MENTIRA, ERA CORDOVIL, CARALHO. Mas estávamos todos felizes e comemorando pelas ruas que, teoricamente foram onde Romário se criou.

A amiga eu nunca mais vi, o vizinho eu nunca cheguei a pegar, o armário foi vendido, e meus avós se foram pouco depois da copa seguinte. :(

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Corrigindo erros

Vocês não sabem, mas até o último sábado, só conhecia o Maracanão de estádio aqui no Rio. Aos poucos, vamos corrigindo essa palhaçada minha, começando com a casa do rivalzão: a Colina.

Sentando que lá vem a história, decidimos fazer uma excursão a Sanjanu, durante um jogo do Brasileirinho, afinal, muito mais tranquilo, bastava escolher o adversário. Consultando tabela, Vasco x Ponte Preta seria um jogo interessantíssimo, uniformes parecidos e adversário de longe o suficiente pra não incomodar muito. Decidido, espalhamos a palavra e acertamos os detalhes.



Chegamos lá, Xianey e eu, com outros amigos, restava achar Andrea e Joaka. Enquanto não achamos, rolou uma gracinha de ficar tirando fotos do lado de fora, aproveitando a "escolta" de um amigo que conhece todo mundo pelas bandas de São Januário.



O estádio é bem legal por dentro, arquibancadas super perto do campo. Os degraus podiam ser um pouco mais altos, afinal, tem aquele momento do descanso das perninhas e, com a altura do degrau, a interação é um pouquinho maior do que a gente desejaria. Os banheiros são um absurdo, mas é estádio e tendo banheiro já tá super bom, combinemos.

Aliás, Caldeirão define bem Sanjanu. E um Caldeirão altamente charmoso.

Fiquem com as fotos.


Olha, vou torcer pro Vasco comendo esfiha!


Pertinho, ó!


Baile português


As menines tudo!


Era pra aparecer a estátua do Romario, mas zoom fail.


Sofre, padeira.


Fim de jogo, Shrek, nós outras, um menino que veio me dizer que sou a cara da irmã dele e uns Roberts. Valeo, Sanjanu.

Play it off, Keyboard Cat


Keyboard cat endossa o terceiro fracasso brasileiro consecutivo na Liberators

Seguindo a linha clichê básica do futebol de que "quem não faz, leva", o Cruzeiro caiu aos pés do Estudiantes diante de 70 mil torcedores que davam como certa a ida pra Dubai (pfffff).

Ano passado o Fluminense foi mais raçudo na final. Perdeu pela maldição dos pênaltis, a secada geral (inclusive minha) e o castigo divino que recaiu sob Renight que sempre teve a língua maior que a boca e pagou pelas merdas que disse.

Neste ano, o Cruzeiro foi às finais e manteve pelo terceiro ano consecutivo o fail brasileiro no torneio. Quando abriu o placar no segundo tempo, resolveu respirar e esqueceu que ainda tinha mais meia hora de jogo pra ganhar. Tomou gol. Desesperou, tomou mais um. Deus era argentino ontem (ou torcedor do galo, heh) e não quis um empate e a bola foi pra trave. Desesperou mais e aí adiós Dubai.

Mais uma vez os argentinos deixam a importante lição que é importante ter sangue frio pra virar e ganhar, principalmente se for na casa dos outros. Todo o mérito e parabéns pro Estudiantes que não só marcou, como anulou as tentativas de jogo cruzeirenses.

Lances sérios à parte, é bom demais ver as marias perdendo. em casa. rá.

Se eles vão se dar bem contra o Barça, aí veremos.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

1119 Km e uma vaga na Libertadores de 2010

A maratona tinha começado no dia do sorteio da ordem dos jogos finais da Copa do Brasil. O primeiro em São Paulo e o segundo em Porto Alegre. Num intervalo de 2 dias, já tinha recuperado a senha do programa de fidelidade daquela companhia aérea e resgatado pontinhos em promoção para 3 kits de ida e volta. Estava decidido: Beira-Rio... Estaríamos lá.
O primeiro jogo no Pacaembu terminou com o lindo placar de 2 a favor e, mais importante ainda, rosca contra.
2.000 ingressos corinthianos distribuídos da seguinte forma: 1.450 para Timão Tur + familiares + conhecidos + trutas + etcéteras todos, 50 para Fiel Torcedores e 500 para todas as organizadas (Gaviões da Fiel (sede e todas as subsedes), Estopim, Camisa 12, Rua São Jorge, Coringão Chopp, Pavilhão 9 e tantas outras quebradas). Na hora de decidir como seriam disponibilizados os ingressos, a decisão: Gavião só teria ingresso se encarasse a caravana, nada de avião ou conforto. Depois de hooooooras de fila, o papelzinho que dava direito ao ônibus e ao sonhado ingresso.
Foi assim que começou a jornada dos ônibus dos Gaviões da Fiel rumo a Porto Alegre. Mil, cento e dezenove quilômetros separavam torcida e estádio. E lá fomos nós!



Posso dizer que jamais havia me imaginado numa jornada tão longa dentro de um ônibus para acompanhar o meu Todo Poderoso. Mas foi fantástico!
Depois de horas de viagem, uma pequena pausa em Criciúma para juntar outros ônibus, afinal uns ficaram pra trás, outros seguiram, um quebrou...



Escolta policial até o restaurante em que almoçamos vigiados por guardas e armas de grosso calibre. Mais uma vez, a paixão movia as pessoas e nem sombra de pensamento em desistir de tudo aquilo.

Mais um monte de horas e estávamos na fronteira do Rio Grande do Sul. Hora de parar de novo e esperar a Camisa 12 e outros ônibus.



Passamos por algumas cidadelas e, numa delas, um moço fez o V da vitória com as duas mãos. Num ato favela roots, abri a janela e gritei DOIS A DOIS É NOSSO, TROUXA! Não poderia ter premeditado taaaaaaaanto o que seria o jogo.

Por volta das 20h, a Rádio Guaíba já anunciava a nossa chegada. Estávamos a menos de 50km do Beira-Rio. A parcialidade do locutor irritava a todos, mas a amizade continuava a mesma, né? E as musiquetas, a ansiedade e o tremor gritavam.

Revista das mochilas, dos ônibus, das nossas almas. Hora de pegarmos os ingressos e entrarmos no estádio. Cada um pegou seu ingresso depois de alguma confusão e a entrada feita no meio de um parque foi uma coisa horrenda. Lama até a canela, mas era pelo Todo Poderoso.

Outra revista, um pisão de cavalo e, 24 horas depois, estávamos lá!



48.000 colorados faziam uma festa linda. Não tão linda quanto a festa desenhada pela cabeça de Jorge Henrique e pelos pés de André Santos. Quanto o placar mostrava 2 a 0 para o Timãoêô, nem a Fiel podia acreditar, quiçá os colorados.

Uma confusão idiota criada por D'Alessandro quase arranhou a festa. Mas não foi assim. A festa foi em preto e branco. Festa dupla, inclusive. Corinthians Tricampeão da Copa do Brasil e aniversário de 40 anos dos Gaviões da Fiel. Tudo ali, ao mesmo tempo. Era impossível conter o choro. De alegria, diga-se de passagem. Todo o esforço tinha valido a pena. O grito entalado há um ano na garganta quando ficamos apenas no quase, por culpa daquele maldito 3 a 1 no Morumbi e do 2 a 0 em Pernambuco, finalmente foi ouvido. Saiu alto e em bom tom.


Finamente acompanhada pelo Vini, um dos 50 rabudos que ganharam o ingresso do Fiel Torcedor


A vaga garantida na Libertadores do ano do centenário e a taça da Copa do Brasil foram suficientes para trazer tranquilidade para fazer um turismo, ainda que rápido, pela Porto Alegre tão bacana e acolhedora. O tempo de permanência foi curto mas suficiente para ver as gargalhadas tricolores se transformarem em lágrimas tais quais as coloradas, após o mesmíssimo placar de 2x2 frente ao Cruzeiro, ali no Olímpico. A consequência disso? A socialização com os torcedores do Cruzeiro no aeroporto no dia seguinte.


Quem se deu bem em Porto Alegre


E, de quebra, ainda ganhamos um encontro com um dos nomes de maior destaque na seleção brasileira vencedora da Copa das Confederações: Ramires.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

SUDERJ INFORMA: Sai Nike, entra Olympikus

Hoje o Flamengo apresentou o novo fornecedor de material esportivo e afins, a Olympikus. Sabíamos todos disso desde o ano passado, mas o departamento jurídico da Gávea não existe e só agora se pode fazer a parceria oficialmente. As cifras são enormes até mesmo na pré-venda, de acordo com informações do clube, 214 mil camisas já têm donos.

Agora vamos àquela parte que eu adoro quando é no time dos outros: o uniforme mesmo. Não fosse o detalhe da gola, a camisa seria lindona. Mas existe esse detalhe que enfeia o Manto e realmente prende o olhar do vivente numa tentativa bobinha de entender o que está de passando ali. Tem um cabide? Era pra ser uma camisa de manga única e alguém avisou que não pode isso no futebol, levando a um remendo? É falta de noção? É senso estético distorcido? Só Deus e o designer sabem. Já eu tou apostando nas duas últimas.

De acordo com Marketing rubro negro, a linha de camisas que vem por aí é interessante. E eles quase se importaram de verdade com as torcedoras, fugindo um pouco do periguétchi-style que permeia o futebol para mulheres. Ainda pode melhoras, mas só de já ter incluído 3 peças diferentes e esclusiva para moças, mostra algum potencial. Se você tem algum conhecido influente na fornecedora, mostra o site do Grêmio pra eles verem como agradar a mulherada torcedora.

As fotos do novo Manto, você pode conferir aqui

UPDATE: aqui você encontra sugestões ótimas de uniforme novo, num texto que achei procedente sobre a nova parceria. Dinheiro é bom, mas não mexam com as tradições, rapaziadas olympikas.