Qual o sentido em disputar um campeonato – qualquer campeonato – e ver sua caminhada escorregar nas pedras cheias de limo de Barueri? Alguém me explique, porque eu, cerveja na mão e uma trinca de gols do Obina no day after na cachola ainda não fui capaz de alcançar.
Vejamos, o Flamengo, com tudo aquilo dentro dele que nos atrai e nos maltrata o coração, obteve uma seqüência de 10 jogos sem perder pra ninguém, vencendo o líder da matilha lá na casa dele, virou manchete nacional, virou favorito ao título, virou um deus-nos-acuda-onde-foram-parar-minhas-calças e todos sabemos, era o quinto colocado do treco, ou seja, tinha mais quatro maganos tirando onda na frente e coisetal.
Era esse o cenário ontem quase dez da noite quando aqueles onze iluminados adentraram na Barueri Arena, devidamente trajados com a versão olímpika do Manto e uma certa obrigação de se comportarem como o grande time do tournament por mais 90 minutinhos.
E é difícil, imagino, jogar num clube com a grandeza do Flamengo e a fila de 15 anos do Flamengo de repente se ver responsável por chegar lá, onde os gigantes chegaram, e do outro lado estão sujeitos que não tiveram essa chance, de brilhar muito no Flamengo – ou tiveram e necas.
Nossos onze iluminados foram lá e se viram derrotados, de súbito, dois gols contra si, três pontos perdidos, gols perdidos, ilusões perdidas. Nem a quinta colocação se manteve, agora estamos em sexto.
Diante de tudo isso, o que nos resta? Mulheres-frutas? Um terceiro lugar? Uma taça de isopor vinda da geral?
Restam mais rodadas e restam mais vitórias e derrotas. Mas tente convencer o coração da simplicidade dessa frase.
Leandro Godinho, 30, esteve completamente bêbado após o tri do Pet e e não vê ahora pra repetir a dose
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