quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A São Silvestre da piada

*toca o tema de Carruagens de Fogo*

Meu grupo social tem o hábito deveras de esticar a piada até o limite de programa humorístico de TV aberta das noites de sábado. É divertido e vocês deveriam tentar em casa, é diversão sadia e gratuita. Claro, como quase todas as coisas na vida, fica bem melhor com cerveja. Fica a dica.

Essa introdução é só pra comentar o bafafá todo que rola entre FIFA, Conmebol e a Federação Peruana. Resumidamente, o governo da República dos Flautistas Andinos se meteu no futebol, o que é contra as regras da Fifa. Tanto Conmebol quanto Fifa se manifestaram dizendo que isso é um absurdo, abuso de poder, perguntaram se o governo peruano sabia com quem estava falando e se reúnem em meados de dezembro para decidir de passam ou não o Lico de Cair de Peru.



Ainda no assunto Liberators 09, o sorteio rolou ontem, na sede da Conmebol no Paraguay e os grupos estão pré-definidos. Por enquanto, nem notícia de times peruanos. E o que me importa nessa momento, é que a Fifa decida logo se vai colocar o Peru pra fora ou não e, o mais importante, o que será feito dessas vagas.

Se for pra ser tradicionalista (e vocês sabem que o sou) distribuiria as 3 vagas da seguinte e permanente forma: 1 pra Sulamiranda, 1 pra Argentina, 1 pra Brasil. E tirava as vagas de mexicanos também e colocava mais um uruguaio e um paraguaio. Seríamos todos felizes, jogando entre nós outros, sul americanos cheios de paixão, ginga e suíngue. Mas sou parcial e as pessoas parciais não têm vaga nesse mundo politicamente correto.

No mais, seguimos o avanço da história, aguardando a decisão da Fifa de deixar o Peru dentro ou tirá-lo da Liber.


*Os links das entidades de futebol são crédito do Impedimento porque sou preguiçosa e tenho estado ocupada e sem tempo pra caçar essas coisas eu mesma.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Esquadrão da Moda

Segundo rumores, essa aqui é a camisa nova do Vasco. Sim, já há algum tempo que o Almirante vem negociando esse contrato com um novo fornecedor, a Champs, e parece que é bem bom, inclusive.

O que não é bom são os modelos de camisa. Alguém precisa URGENTEMENTE conversar com quem manda lá pros lados da Colina e explicar que o modelo 1 descaracterizou o time (cinto de segurança, cadê?) e que o 2 parece refugo do pijamão curintchano com as cores invertidas e as faixas meio bêbadas e tombadinhas de lado.

Sim, sei que escreveu, não leu, estou aqui reclamando de inovações no mundo dos uniformes de jogo. E antes que você venha aí dizer que sou retrógrada ou mente fechada, já aviso: não é isso. As roupinhas de jogo fazem parte da identidade de um clube e quando você muda isso, mexe com uma série de coisas no imaginário popular e quase beira o desrespeito. Uma camisa comemorativa é diferente de impor uma nova leitura a um signo que carrega em si toda uma tradição - muitas vezes, secular.

Resumindo: não deveria ser permitido.

E, antes que alguém venha me lembrar que o escudo - símbolo máximo de um clube - do meu próprio time mudou, já aviso: sou velha, chata e purista, portando acho o escudo do remo MUITO MAIS BONITO do que essa porcaria que usam por aí. Por mim, voltaria ontem pra ele, inclusive.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

São Paulo de Oxóssi




Definitivamente o Pó-de-Arroz do Morumbi tem o corpo fechado. BEM fechado.
Tudo o que o time precisava para praticamente garantir 100% das chances de levantar a taça aconteceu. Nem as zicas jogadas sobre o time funcionaram. Notem que eu até gritei um "Vai, São Paulo!" pra ver se a zica pegava. Mas Oxóssi defendeu o time.
Vasco que PRECISAVA da vitória amargou a derrota e os meus xingamentos por não ter feito a alegria da galera. Um empate já ajudaria a abrir o sorriso, mas Vascão decepcionou.
Aliás, Vitória é um nome que talvez não devesse ser citado neste brógue hoje por respeito à vontade do tricolor gaúcho de abrir mão do campeonato. Porque o Grêmio se esforçou pra deixar a taça sair de sua mão. E perdeu o título com louvor!
Flamengo, mais um que poderia ter adiado um pouco mais o alvoroço bambi, deixou a desejar no Mineirão e só meteu dois na Raposa, contra os três que tomou.
O Porco não fez mais nada que a obrigação e despachou o Ipatinga no próprio Chiqueiro com uma vitória magra de dois tentos. Magra mas salvadora, porque o Parmerinha de Titio Luxa voltou ao G4 e, com isso, deve ter salvo o outro braço e as duas pernas do seu estimado treinador.

Enquanto isso na outra ponta da tabela...

O Peixe da Vila Belmiro parece ter nadado em águas poluídas e, como o tricolor gaúcho, também tem se esforçado muito. Só que não para perder o título, mas para ser rebaixado. Alguém explica os CINCO gols sofridos pela criança? Ele quer a todo e qualquer custo voltar para a rabeira da tabela.
Pra sorte da torcida alvinegra da baixada, ainda existe um Ipatinga que garante brilho absoluto, Vasco e Figueirense. Existe a Lusinha também... Mas esta parte o coração de grande parte dos apreciadores de futebol. Porque Lusinha é amor.
Acreditar que o duelo de drag queens no próximo final de semana trará sucesso às moças cariocas é praticamente acreditar que o Papai Noel trará um Audi TT pra mim daqui a um mês. Tipo... Não vai acontecer. Então eu ignorarei este jogo e gastarei todas as minhas velas para que o Sport tome uma sacolada no Canindé e que os demais futuros rebaixados se matem entre si. Vai, Lusinha!

E um pouco mais abaixo na tabela...

Timãoêô encerrou sua participação em casa na Série B. Num jogo contra o Avaí que mais parecia uma disputa pela última vaga na Copa do Mundo, a pancadaria predominou. E a catimba. E as vergonhas em ver aquelas jogadas. Ninguém sabe o quê exatamente levou os dois times a fazer aquilo tudo. Mas o fato é que Corinthians terminou sua última partida em casa com 8. Do outro lado, 9. Jogamos feio, ganhamos, vimos um Dentinho nada maduro e pedindo pra tomar porrada em campo, vestimos camisa dos Gaviões da Fiel (ok, apenas Dentinho e André Santos vestiram), erguemos a taça e demos a volta olímpica.
Mas o destaque da rodada vai para o Barueri que carimbou o passaporte para a Série A do campeonato no próximo ano. Despachou o América de Natal em casa, por 3 a 0.
Assim, Corinthians, Avaí, Santo André e Barueri avisam à elite do Futebol Brasuca: "botem mais água no feijão que nós estamos chegando".

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Esquentando os tamborins

Na ronda noturna pelos çáits defutebol, o ge.com me informou que saíram os grupos já do Carioca 09.

Numa reunião entre a galeren que manda, foram decididos os grupos, então ficamos assim:

Grupo A
Vasco
Fluminense
Madureira
Resende
Cabofriense
Duque de Caxias
Americano
Tigres



Grupo B
Botafogo
Flamengo
Bangu
Macaé
Friburguense
Boavista
Volta Redonda
Mesquita

E as curiosidades ficam por conta do número maior de times. Diferente de outros anos, agora são 16, o que é bom, porque dá mais chance a menores. Outrra coisa sensacional é que acabou-se a palhaçadinha de grandes só jogarem no Maracanão. Haverá maior variedade de estádios, porém, data, horário e locais ainda não foram definidos pois alguns estádios ainda passam por revisões e/ou aguardam laudos favoráveis.

A única definição é o que o pontapé inicial será dado no dia 26/01, enfrentando o Friburguense no Maraca. Botafogo, Fluminense e Vasco enfrentam, respectivamente Boavista, Cabofriense e Americano. Somente Flamengo e Vasco abrem como anfitriões. Até o momento, os estádio liberados são: Raulino de Oliveira (Volta Redonda), Eduardo Guinle (Friburguense) e Edson Passos (do América, que passeia na segundona estadual e deverá ser usado pelo Madureira, que teve o Conselheiro Galvão vetado para jogos contra os grandes). No lado das residências que aguardam alguma pendência temos: Godofredo Cruz (Americano), Moça Bonita (Bangu), Eucy Rezende (Boavista) e Alair Corrêa (Cabofriense).

Por aqui, torcemos para que Moça Bonita seja liberado.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Casinha de caboclo

A rodada de número 35 foi completamente caseira. Nenhum empate. Todos os anfitriões ganharam os 3 pontos, incluindo aí o Já Rebaixado. Mas se você pensa que foram jogos morninhos, com placares xoxos, está completamente enganado. Me dá a mãozinha e voltemos até quarta passada...

O Atlético recebeu o Vasco em casa e sapecou um 4x1, com sede de vingança dos 6x1 do primeiro turno. Os mineiros tentaram, mas a defesa estava menos escalafobética - embora ainda num despreparo que não tem precedentes - e conseguiu impedir que o Galo empilhasse mais gols. Aliás, demérito também do ataque do Atlético que é completamente irregular, surtado e precisa treinar finalização como se o amanhã não houvesse.

Adiantando o tempo para sábado, temos o Flor, de virada, levando os 3 pontos com 3 gols em cima da Lusa, que tentou, mas ficou só no gol único mesmo. Outro que também fez um gol para cada ponto foi o Ipatinga, em cima do Sport. Porém, a surpresa mesmo ficou por conta do Náutico que sapecou 1,2,3,4,5 gols no Cruzeiro, que abandonou de leve a aflição e conseguiu achar 2. Espero em Deus que as smurfetes joguem assim na próxima rodada, com a zaga perdendo todo e qualquer mano a mano, in Ibson we trust.

Chegando ao domingo temos a surreal rodada com jogos decisivos em horários diferentes , o que é meio estranho. Mas como manda quem pode, obedece quem tem juízo, a gente só fala dos jogos. Botafogo foi passar calor em Itumbiara e deve ter desidratado, já que esqueceram que se é Baier é bom, três vezes bom, e voltaram para casa com um pesado 3x1 contra. O São Paulo meteu 3x1 no Figueirense; bocejos, líder, bambizada saindo do bueiro yadda, yadda.



Ainda na primeira rodada do domingo, tivemos a goleada menos esperada do campeonato: Flamengo 5 x 2 Palmeiras. Não, ninguém leu errado, nem viu errado. Aconteceu. Numa tarde de sol, Ibson e Kleberson resolveram seguir o método Nunes de palhaçadinha zero e nem tomaram conhecimento do Palmeiras. Claro, já reclamaram da arbitragem, que houve um gol ilegal do Flamengo. Ok, ainda temos 4, achem mais erros.

No horário seguinte, o Internacional - provando que urubu quando está cagado, o debaixo caga no de cima - tomou o gol mais esquisito do campeonato, numa bola que voaria na arquibancada, mas quase derrubou Gustavo Nery e enganou Lauro. Mas eles estão preocupados mesmo com a Sulamiranda, então, né... Patético paranaense e Grêmio ganharam seus jogos por 2 x 1 . O que é ótimo pra mim: o primeiro porque se aproxima da última rodada tranqüilo, tranqüilo, quase com sua vaguinha para passear pela América na segunda divisão do campeonato continental; o segundo porque é o único em quem confio para arrancar o título da Bambizada.

No mais, sou uma pessoa de fé e acredito no Grêmio. Tricolor campeão, por tricolor campeão, que seja o gaucho, que tem sotaque mais bonito.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Os porquês do futebol

O texto abaixo é colaboração da amiga do blógue, doente por futebol e que tenta, mais uma vez, explicar toda a nosssa paixão e devoção.


Eu já tentei entender, sem sucesso. É apenas um escudo. São apenas cores. Onze jogadores correndo atrás da bola em nome de uma instituição que nada tem a ver comigo e pode ruir a qualquer momento.

Mesmo assim, minha paixão por futebol é maior que qualquer outra que eu tenha ou já tenha tido. Eu acompanho os resultados do meu time. Eu verifico o resultado dos outros times que influenciam no meu. Eu torço contra os times de que não gosto. Eu visto pelo menos uma cor do meu time todos os dias e só uso a cor do maior adversário se perdi alguma aposta.

Vitórias me deixam mais feliz que um aumento salarial. Derrotas são quase como perder o emprego e me dão vergonha de sair na rua. Já faltei ao trabalho por conta de derrotas do meu time. Com um pequeno detalhe: sou mulher.

Já disse Diogo Mainardi: “O futebol é irrelevante”. Sob a ótica estritamente racional, ele tem toda a razão. Afinal, sem incluir a paixão do torcedor, o que é um clube de futebol senão uma instituição como outra qualquer? Que contrata, demite, paga salários e tem que gerar resultado? A diferença aqui é que o resultado das empresas é o dinheiro; o dos clubes, as vitórias – o dinheiro é conseqüência. Um clube pobre em faturamento, que vença muito é mais popular e visto como mais bem-sucedido que um clube milionário que não vence com freqüência. Então entra o outro ponto: ninguém torce para uma empresa ganhar dinheiro, a não ser que tenha ações. Eu por acaso tenho ações do meu clube??

Meu Clube! Que sentimento irracional de posse! Algo quase tão obtuso quanto “meu marido”. Meu marido tem nome, meu clube também. E nenhum dos dois é inteiramente – se o é em alguma medida – meu.

Mesmo assim, me vejo dona. Eu e toda a torcida. Meu clube, meu estádio, meus jogadores. Muito mais meus que o meu marido. Afinal, de marido eu troco; de time, jamais.

E isso é outra coisa que não tem razão de ser. Eu amo meu marido. Ele faz tudo por mim, somos felizes juntos. O que meu time faz por mim? Por mim, efetivamente? NADA! E eu trocaria de marido, mas não de time? Insano.

Para tentar entender essa dicotomia – amo algo que não é nada e nada faz por mim mais que qualquer outra coisa – recorro ao mestre Nélson Rodrigues, que não gostava de futebol, diga-se de passagem.

Se bem que... não, é melhor não. Como vou usar como exemplo uma pessoa que não só não gostava de futebol, bem como o enxergava como um pano de fundo para o que é realmente importante? O futebol não é pano de fundo, é ator principal. A batalha campal que é o futebol; o bem contra o mal arbitrado por um ser todo-poderoso (o árbitro) é uma linda representação da vida.

O Ser todo-poderoso na vida, assim como o árbitro no futebol, muitas vezes é injusto conosco – na nossa visão, claro. Aplica punições desnecessárias, premia injustamente, tem seus preferidos, é parcial. Como na vida, a regra é clara, mas carece de interpretação; e cada um interpreta como lhe convém.

No futebol, o bem luta contra o mal e nem sempre o mocinho vence, assim como no mundo real. É muitas vezes difícil entender qual é o lado bom – no meu caso, é sempre o meu time – e qual é o lado mau, para se ter certeza de quem venceu quem. E quando empata? Quem venceu?

Já entendi. O futebol é uma arte e a arte imita a vida (chavão básico). Mas no que isso explica tamanha paixão por algo que não faz nada por mim, não me gera nenhum valor, só me faz gastar dinheiro e não só não me ama de volta como nem sabe quem eu sou?

Uma parte da explicação pode estar no amor idealizado, platônico. Eu posso chegar perto dos jogadores, comprar produtos do time, ser sócia do clube, mas o clube nunca será meu; assim como aquele carinha inatingível da minha adolescência em quem eu penso até hoje. Ah, se eu tivesse casado com ele... tudo seria diferente? Melhor? Pior? Essa é a mágica do platonismo. Não há como saber, então só nos resta imaginar; e a imaginação pode tudo!

Eu não troco meu amor platônico por um amor materializado. O amor real pode dar errado; o platônico sempre dá certo. Não há motivos para brigas, desentendimentos, problemas relacionais, já que a via é de mão única. Então, a paixão nunca morre e todos são felizes para sempre.

Muitas vezes, a identificação com um determinado time tem explicações históricas, familiares, sociais. Uma família de origem portuguesa, por exemplo, torceria pelo time de mesma origem. Não é o meu caso. Minha família é dividida; torço pelo time do meu pai, mas o primeiro emprego da minha mãe foi no arquiinimigo. Meu time é elitista, alemão, de direita e já foi muito racista. Sou trabalhadora, italiana, de esquerda e sempre fui aberta. Em suma, eu deveria ser do outro lado. Mas o amor é assim mesmo... quanto menos se entende, mais se ama.

A conclusão lógica é que não existe conclusão lógica. O cérebro tem dois lados e as escolhas futebolísticas parecem ser definidas pelo lado direito, sem qualquer participação do esquerdo. Nessa hora, lembro de um professor que disse “Quando temos uma intuição, normalmente estamos certos. Isso porque a intuição é fruto do lado direito do cérebro, que faz um milhão de sinapses por segundo. O esquerdo faz quarenta mil. Se a intuição for oposta à lógica, fique com a intuição”. Meu time foi escolhido pelo lado direito; não adianta o esquerdo entrar na jogada. Enquanto o racional tenta me convencer quarenta mil vezes a trocar de time, a intuição me prova um milhão de vezes que estou bem onde estou.

Annie Fim tem 30 anos, gaúcha, mora e trabalha no Rio de Janeiro e alenta de longe o Grêmio, Imortal Tricolor

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

34 e contando

Confesso que tudo que vi de futebol esse fim de semana foram os SMS da Xianey e a o minuto-a-minuto do Impedimento. Sabem como é, a pessoa briga com o time e fica meio emo pro mundo. Mas, colocando as mesas redondas em dias, vamos pro que rolou.

Quando todos comemorávamos o empate da Lusa, o SPFC achou um gol e continua líder, com 2 pontos de diferença pro segundo colocado, o Grêmio - outro que achou um gol e pontuou no confronto direto. Ainda lá em cima, o imprestável do Fluminense não serviu nem para empatar com o Cruzeiro, que levou apertamente os 3 pontos e continua em terceiro. Descendo mais, descendo um pouquinho, Flamengo ganhou do Botafogo. E, segundo me contaram foi um dos piores jogos da história da humanidade. De resto, nada. Mais. Me. Lembro.

Passeando pela tabela, temos o triste time do Patético Paranaense afundando o Figueirense. Assim, finalmente temos alguma ordem nesse mundo, uma vez que, Figueira não é time, né? Uma pena que com a tabela como está, não teremos um dos clássicos catarinas na série A. Mas será divertida a zoação entre avaianos e figueirenses. A ver.

Ainda dando banda pela aérea de classificação da série B, o Vasco ganhou com um penal convertido por Edmundo e passa essa semana respirando. Sim, todos lemos corretamente: O Edmundo converteu um penalti. E o Vasco ganhou o jogo. Incrível, não é mesmo?

No mais, nada mais de notável na rodada. Talvez, algum colorado venha cobrar os 4x0 de Inter sobre o Já-Rebaixado. Mas aí, sinceramente, obrigação, né?

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Lances Incomuns

Durante o jogo entre Grêmio e Figueirense ocorrido no último domingo lá no Olímpico Monumental*, o goleiro Wilson do time catarina protagonizou uma cena pouco vista** em jogos profissionais.
Depois de firular durante exatos 11 segundos, dizendo que a bola era dele e que ninguém mais brincaria, o juizão marcou tiro livre indireto que resultou no gol de empate do tricolor gaúcho.
Segundo a Regra 12 - Infrações cometidas pelos goleiros do Livro de Regras 2008/2009 da FIFA:
O goleiro não deverá manter a posse da bola em suas mãos por mais de seis segundos. O goleiro estará de posse da bola:
• enquanto a bola estiver em suas mãos ou entre sua mão e qualquer superfície (por exemplo: o solo, seu próprio corpo)
• enquanto segurar a bola em sua mão aberta estendida
• enquanto bater a bola no solo ou lançá-la ao ar
Quando o goleiro controlar a bola com suas mãos, nenhum adversário poderá disputá-la com ele.

Que atire a primeira pedra o goleiro que nunca ensebou pra recolocar a bola em jogo. Ou o torcedor que nunca gritou pro guarda-metas adversário parar de fazer cera. No entanto, o que chamou a atenção neste lance foi a marcação sem choro nem vela do tiro livre.
Confesso que não assisti ao jogo inteiro (só finalzinho mesmo) e não sei se o goleirão já tinha sido advertido antes. Mas como eu desejei que a moda pegasse. Seria o show do tiro livre indireto e as redes balançariam mais. Seria a aplicação do tapetinho da disciplina gerando pencas de gols.

* Usei o Monumental mais pra puxar o saco da gauchada, mesmo. Confesso que sempre que eu leio este nome, já penso no Galinheiro (Monumental de Nuñez).
** Não consigo me lembrar de ter visto outras marcações do tipo com goleiros-enceradeiras. Se a moda pega, Ceni que se cuide. Ô enrolador***!
*** Sim, foi ofensa gratuita. Não gosto dele e tenho dito.

CBF, ou Confederação Brasileira do Flamengo

Nesse Brasileirão 2008: o Botafogo já jogou com o Vasco no Engenhão; o Botafogo já jogou com o Flu no Engenhão; o Santos jogou ontem com o Palmeiras na Vila Belmiro.

Há poucos anos atrás eu assisti a um BOTAFOGO X FLAMENGO NO CAMPO DA PORTUGUESA, NA ILHA DO GOVERNADOR.

Agora a CBF INVENTOU, em parceria com a Polícia Militar do RJ, que Botafogo e Flamengo não podem disputar um jogo no Estádio Olímpico João Havelange. Estádio este tido como "o mais moderno da América Latina", construído para o PanAmericano, já visando a Copa do Mundo de 2014.

O quê?? O Brasil quer sediar uma Copa da Mundo mas um estádio moderno, inaugurado há apenas 1 ano, com capacidade para 44 mil pessoas sentadas, que já recebeu jogo de eliminatórias para a Copa de 2010, que já abrigou clássicos regionais (intra e interestaduais), não pode abrigar um mísero Botafogo x Flamengo??????

oi??

Faz semanas que essa história está rolando. Eu estava evitando comentar porque no fundo ainda esperava um pouco de sensatez desses dirigentes. Mas, faltando menos de uma semana para o jogo, a expectativa realmente não é boa.

Sendo confirmada essa asneira, o mínimo que eu espero da Diretoria do Botafogo é que separe para a torcida do Fla os mesmos 20% que nos foram separados no 1º turno, quando a mulambada era mandante. Se nêgo vai invadir ou não, pouco importa. Só pro Kleber Leite deixar de ser prego.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Como é e como deveria ser

Todos sabemos que existe o bonitinho Estatuto do Torcedor e que, com base nele, nossa querida justiça desportiva faz as maiores trapalhadas. Mas alguém já havia parado para ler exatamente que pontos são cobertos por essa lei que deveria estar do nosso lado? Eu não havia parado para ler, resolvi fazer depois jogos onde só me irritei no entorno do estádio.

O Estatuto me diz sobre ingressos:

Art. 20. É direito do torcedor partícipe que os ingressos para as partidas integrantes de competições profissionais sejam colocados à venda até setenta e duas horas antes do início da partida correspondente.
§ 1o O prazo referido no caput será de quarenta e oito horas nas partidas em que:
I - as equipes sejam definidas a partir de jogos eliminatórios; e
II - a realização não seja possível prever com antecedência de quatro dias.
§ 2o A venda deverá ser realizada por sistema que assegure a sua agilidade e amplo acesso à informação.


O que acontece é:

Você chega para comprar com, mais ou menos, 1h30min de antecedência e encontra uma fila completamente desorganizada e policiais despreparados tentando conter a bagunça. Bilheteiros inexperientes que levam muito mais tempo do que o necessário para executar tarefas simples como conferir o dinheiro e entregar o ingresso e eventual troco.

O Estatuto me conta a seguinte coisa sobre alimentação e higiene:

Art. 28. O torcedor partícipe tem direito à higiene e à qualidade das instalações físicas dos estádios e dos produtos alimentícios vendidos no local.
§ 1o O Poder Público, por meio de seus órgãos de vigilância sanitária, verificará o cumprimento do disposto neste artigo, na forma da legislação em vigor.
§ 2o É vedado impor preços excessivos ou aumentar sem justa causa os preços dos produtos alimentícios comercializados no local de realização do evento esportivo.
Art. 29. É direito do torcedor partícipe que os estádios possuam sanitários em número compatível com sua capacidade de público, em plenas condições de limpeza e funcionamento.
Parágrafo único. Os laudos de que trata o art. 23 deverão aferir o número de sanitários em condições de uso e emitir parecer sobre a sua compatibilidade com a capacidade de público do estádio.


O que acontece? Banheiro imundo e QUATRO terezas num refrigerante...


E a parte mais legal:

DA RELAÇÃO COM A ARBITRAGEM ESPORTIVA

Art. 30. É direito do torcedor que a arbitragem das competições desportivas seja independente, imparcial, previamente remunerada e isenta de pressões.
Parágrafo único. A remuneração do árbitro e de seus auxiliares será de responsabilidade da entidade de administração do desporto ou da liga organizadora do evento esportivo.
Art. 31. A entidade detentora do mando do jogo e seus dirigentes deverão convocar os agentes públicos de segurança visando a garantia da integridade física do árbitro e de seus auxiliares.
Art. 32. É direito do torcedor que os árbitros de cada partida sejam escolhidos mediante sorteio, dentre aqueles previamente selecionados.
§ 1o O sorteio será realizado no mínimo quarenta e oito horas antes de cada rodada, em local e data previamente definidos.
§ 2o O sorteio será aberto ao público, garantida sua ampla divulgação.


O que acontece? Acontece que a arbitragem é completamente surtada, com gente mal intencionada como Gaciba e Espínola e gente que vê um jogo que ninguém mais vê, como o Alício. Será que o STJD aceita denúncia contra árbitro? Será que eu, como torcedora, posso entrar com algum tipo de ação, já que, teoricamente, existe um estatuto que deveria me proteger? Aliás, esqueceram de colocar preparada, né?

Opa...

Art. 34. É direito do torcedor que os órgãos da Justiça Desportiva, no exercício de suas funções, observem os princípios da impessoalidade, da moralidade, da celeridade, da publicidade e da independência.


Bom, se é meu direito, acho justo reclamar.

A verdade é que lendo o estatuto rapidamente, a vontade real que tenho é a de entrar com algum tipo de ação para testar o sistema. Verificar até quanto essa lei é do torcedor e quando, exatamente, se torna populismo. Só preciso de um advogado que compre a idéia comigo...

domingo, 2 de novembro de 2008

Beija Flor de Nilópolis rumo ao tricampeonato?

Essa rodada a galerinha que tava na ponta da tabela peidou na farofa. O time chuchu, que conseguiu a façanha de quase encher a Bambinera e fazer 3x0 no Inter, que estava poupando jogadores para a copa xulamiranda e se fudeu grandão. Na verdade nem se fudeu grandão, não vai pra libertadores mesmo, néam?

O Grêmio depois de começar perdendo pro Figueirense, conseguiu um empate mixuruca e caiu pro segundo lugar. As smurfetes também tomaram bonito no Serra Dourada, tomando de 3x0 do Goiás.

O Parmêra de Luxerlei conseguiu ganhar de 2x1 no finalzinho, contra os Santos, mas mesmo assim acabou ficando no segundo lugar.

O Flamengo conseguiu novamente cagar no pau e conseguiu um empate dramático, porém sin verguenza contra a querida Lusa. Quem pensa que os times lá do rodapé da tabela tão mortos, acabam tomando. A Portuguesa é um exemplo de esforço e raça, e anda dando muito trabalho pros seus coleguinhas lá do cabeçalho. Bambilândia que se prepare, porque no canindé o pau irá comer (eu vou ficar quieta pensei em piadinhas, vocês entenderam).

No jogo dos desesperados hoje no maraca, Vasco se deu melhor. Embora o Fluminense estivesse numa sequência de vitórias e o Vasco naquela montanha russa, clássico é clássico e Wagner Diniz marcou pros lusitanos, que ainda continuam no rodapé, mas conseguiram arrastar o convidado junto.

And last, but not least meu querido Galo finalmente desencantou e conseguiu quebrar a série de chulapadas promovidas pelo Botafogo nestes últimos anos.

O campeonato tá pegando fogo e eu realmente acho que o título vai ser resolvido na última rodada. E aqui deixo o que a baleia Shamu me ensinou sobre tricolores: lembrem-se do Fluminense que tava quase lá e tinha uma LDU no caminho e no caminho tinha uma LDU.

Momento EP*

Na torcida pela permanência da simpática Lusa na primeira divisão:

Valeu Lusa!!

e na sequência -

Vamo Figueirense!




*Espírito de Porco

sábado, 1 de novembro de 2008

diguinho play

Pode ser um blefe. pode ser que daqui a algum tempo o Diguinho caia em contradição. fato é que, nessa fase em que é comum torcer contra nossos próprios times de tanto que os jogadores nos irritam, uma declaração dessa nos dá uma ponta de esperança:

"- Não quero sair do Botafogo para ir para o Flamengo. Sou muito identificado com a camisa alvinegra."

Diguinho é um jogador que tem se destacado no Botafogo neste Brasileirão. É um dos jogadores mais queridos da torcida pelo menos desde o ano passado. Aí vem a imprensa e passa uma semana especulando que ele "já estava em negociação" com o Flamengo. Resultado? Num único jogo em que ele não vai bem, a torcida já não perdoa, e sim vaia e xinga.

Certamente houve quem se divertisse com as vaias. Pois bem, com essa declaração Diguinho dá adeus às vaias e reconquista os aplausos, pelo menos dos alvinegros. VAI, GUERREIRO!