Com o coração na mão, iniciei as buscas por ingressos, eram 15:20 e eu sozinha zanzava nos arredores do Maior do Mundo. Mas a vibração não era boa, então rumei para uma praça nas redondezas, certa de que seria acolhida nalguma mesa de bar. Pois foi assim que sentei e peguei o primeiro copo de cerveja que o Botafogo marcou. Um tiro direto pro gol que bateu no ombro do Bruno e entrou na gaveta. A dor de caeça começava e os cigarros eram consumidos como balinhas.
A massa rubro-negra alucinada nos bares do entorno gritava como se estivesse no Maracanã. Os alvi-negros presentes bem que tentavam acompanhar, mas éramos mais e queríamos mais. E o empate veio. E veio o segundo. E o terceiro. E o grito de campeão ecoava pelo ambiente e parecia que o mundo inteiro era ali. A brutal euforia tomou conta de todos os presentes ali e não havia mais nada. Somos campeões. Trinta vezes campeões. Vencemos os clássicos importantes. Qualquer goleada sofrida durante o campeonato se apagou nos pés de Obina e Léo Moura e a Taça foi pra casa. A casa de cada um dos flamenguistas que se esgoelou durante os 180 minutos da final. Principalmente os últimos 90 minutos: JOGÃO. Um clássico, como uma final de verdade deve ser.
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