Olympiastadion: se todos estádios fossem iguais a você, que alegria torcer!

Valor do ingresso de arquibancada superior para o jogo Hertha BSC x Duisburg pela Bundesliga: 10,50 eurecas.
Partindo-se do princípio que uma Coca-Cola em lata custa 2,50 eurecas, um ingresso para o Campeonato Alemão equivale a 4 Cocas (nada como usar no comparativo uma moeda internacional, né?). O que, mesmo, compramos com 4 Cocas no Brasil? Enfim...
Todos os lugares são numerados e cobertos, ou seja, caso chova (como aconteceu), os únicos a se molhar serão aqueles que estão recebendo pra isso: jogadores, árbitros, jornalistas de campo, policiais. Você que PAGOU para estar lá fica ileso e seco.
Não fica passando vendedor de amendoim nem de água e o copo em que vem a cerveja (COM ÁLCOOL) é beeeeeeeem legal.
Dois telões de alta resolução mostram detalhes do jogo como tempo de posse de bola, tempo de jogo, tempo pra começar o jogo, hora, a cara do cidadão que foi escalado, que marcou o gol. Por falar em gol, REPLAY DO GOL. Assim, você pode espirrar durante o jogo e, se perder o gol, o vê no telão (sim, eu sou traumatizada por ter perdido um gol no Pacaembu por uma crise de espirros!).
As cadeiras são dobráveis e fixadas individualmente, o que quer dizer que você não sacode junto com o elemento que sacode as pernas de tensão ao seu lado durante a partida.
Tudo muito bem sinalizado, embora eu tenha achado as catracas estranhas. Os ingressos, idem. Prefiri a entrada do Pacaembu.
Por falar em entrada, várias escadas de acesso facilitam muito a circulação.
Os refletores são espalhados pelo anel da cobertura inteiro e o jogadores não viram grandes X em campo. Apesar de comportar bastante gente, você se sente próximo ao campo. Eu conseguiria arremessar uma Havaiana facilmente lá de cima, sem problemas pra acertas o bandeirinha.
O transporte é ideal: estação de metrô (U-Bahn) e de metrô de superfície (S-Bahn) levam o público à boca do gol, com o perdão do trocadalho do carilho.
Definitivamente, o palco da cabeçada de Zidane na final da Copa do Mundo de 2006 é fantástico.
Acho que o Coringão, quando tiver um estádio decente (porque a Fazendinha não é estádio, eu tenho noção disso), deveria se inspirar na casa do time berlinense Hertha, embora eu ache que nossa torcida não esteja preparada pra todo este avanço tecnológico.
Se aquele jogo contra o River pela Libertadores tivesse sido realizado no Olympiastadion, aquele que o Timão perdeu, que a torcida invadiu e que eu ganhei uma bela irritação no olho graças à bomba da polícia, não teria sobrado uma cadeirinha pra contar história.