sexta-feira, 6 de junho de 2008

Final da Copa do Brasil - Parte 1 de 2



Quem diria que eu estaria em pleno Morumbi no dia 04/06/2008 para assistir ao primeiro jogo da final da Copa do Brasil? Seis meses atrás, eu não diria. Não pelo fato de ser Morumbi ou pelo fato de ser eu. Mas pelo fato de ser Corinthians na final da Copa do Brasil, disputando a primeira vaga brasileira para a Libertadores da América.
Descrenças vencidas, estávamos ali.
Uma hora e meia de perrengue no trânsito de Sumpaulo para chegar ao estádio. Tudo valeu a pena. O aperto, o frio, a brisa já característica.
Na arquibancada, a torcida deu um show. Cantorias ininterruptas, apoio. Dentro de campo, a raça exigida pela torcida foi apresentada no primeiro tempo por três cidadãos*: Alessandro, Herrera e André Santos. Dos três, ainda puxo a sardinha para o camisa 5 do todopoderosoTimão: Alessandro correu, marcou, lançou, participou dos gols e ainda vibrou com a torcida.
Ao final da primeira etapa, o placar registrava dois gols a nosso favor e foi aí que o angu encaroçou e que a maionese desandou. Houve quem defendesse a idéia do Mano Menezes de jogar com os contra-ataques. Eu, uma das 64.000 pessoas que estavam no estádio com o coração na boca, não apoiei, não. Ir pra decisão em Pernambuco com um placar chinfrim de 2 a 0 não daria título a ninguém. Corinthians voltou apático e o Sport começou a gostar do jogo. Pra ajudar, o ar fresco da Bambilândia parece ter atingido os pulmões do meu, então, ídolo da partida, Alê. Ele foi infectado e começou a tomar uma festa de bola nas costas. O gás do moço parecia ter acabado. Pra ajudar, um Carlos Alberto pé torto dos infernos que saiu com a bola pela lateral direita e conseguiu acertar as cadeiras azuis! E ele ainda recebe pra chutar, sabe? É a profissão do cidadão!
Vários minutos de pressão do Leão pra cima do Coringão que vez ou outra saía em contra-ataques. Ou que tentava sair, tendo a participação de Fábio Ferreira no insucesso. Porque ele é um rei Midas às avessas.
Eu e os coleguinhas de arquibancada já estávamos tentando não olhar mais para o campo quando Herrera lançou Acosta que balançou a roseira. Três. Este sim começava a ser um placar com cheiro de campeão.



Felipe buscou uma bola no rodapé da trave direita e a torcida suspirava. Até que, numa palhaçada da marcação, o Sport tirou a rosca do seu placar: 3 a 1 aos 45 do segundo tempo.
São Jorge e 32.000 torcedores que estavam em torno do campo de defesa do Corinthians sopraram a bola pra longe durante os 3 minutos de acréscimo dados por aquele careca sem-vergonha (como eu xinguei aquele santo juiz).
Apito marcando o final de jogo, alívio. Havia finalmente acabado o sufoco dos primeiros 90 minutos da decisão da Copa do Brasil. No dia 11, meu coração estará na boca e o pensamento na Ilha do Retiro.
RAÇA, TIMÃO! VOCÊ É TRADIÇÃO!

Obs.: Por loirice pura, eu esqueci de pegar o link do vocêtuba pra botar aqui a comemoração do terceiro gol e a foto clássica do ingresso do jogo. Depois eu atualizo isso! Atualizado!

*Esta foi a minha humilde opinião. Teve gente que apontou os outros jogadores como melhores em campo. Eu gostei destes três. E o Prêmio "Um Cone Faria Melhor" será dividido entre Fábio Ferreira e Diogo Rincon.

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