Já estamos na metade do Campeonato Brasileiro e tudo se desenha para mais um segundo turno entediante. Com isso em mente, gostaria de fazer uma sugestão ao Sr Ricardo Teixeira: por que, ao invés de mudar o calendário brasileiro, o senhor na utiliza a fórmula do Campeonato Carioca para a maior competição Nacional? Tem o melhor de dois mundos: a justiça nos pontos corridos e a alegria de jogos eliminatórios.
Amor,
L.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Ôôôôô, o Coelhão voltou
Clarice, nossa amiga sofre... digo torcedora do América-MG foi celebrar o acesso à 2ª Divisão do Campeonato Brasileiro e nos presenteou com o texto. Como ela está sem máquina, surrupiou as fotos do site Super Esportes. Vem comigo!

foram cinco anos do mais penoso sofrimento que pude testemunhar em toda a minha vida de americana. o rebaixamento para a série C, em 2004, acabou se mostrando apenas o começo de um longo pesadelo. não bastasse a queda em si, o desempenho do time aniquilava as esperanças da torcida de que aquilo fosse só uma breve fase ruim. campanhas tão vergonhosas que, em 2007, nem a classificação para a série C conseguimos, e ainda fomos rebaixados para o módulo II do estadual. fundo do poço. fora a assombração da recém criada série D, que mostrou que o poço sempre pode ser mais fundo. em 2008, o américa ficou com a última vaga para a série C seguinte, e se não foi aí o início da recuperação, vale ser citado pelo simbolismo do saco cheio: "peraí, série D também já é demais!"
2009 começou com o retorno à elite do mineiro. após uma pré-temporada farta em gols, as esperanças se renovaram. estreamos no mineirão lotado diante do rival atlético e não fizemos feio, o empate de zero a zero foi um resultado justo. não foi uma campanha brilhante – fomos eliminados nas quartas de final – mas nem de longe lembrávamos o time apático dos últimos anos. na impossibilidade de grandes contratações, jovens promissores dividiam o campo com veteranos como euller – o filho do vento! – irênio, evanilson e nosso capitão wellington paulo, todos profundamente ligados a um passado vitorioso do clube. só faltava mesmo um bom técnico para dar a ordem e a motivação nessessárias.
seguindo a direção dos bons ventos que começavam a soprar, um bom técnico foi o que tivemos! para disputar a série C, o américa trouxe ele, givanildo oliveira, o mesmo que nos levou à série A em 1997, o mestre, o maestro, o merecedor de nossas eternas homenagens e gratidões! com tempo para preparar o elenco, o professor givanildo presenteou nossa torcida com o bem mais precioso: a volta da esperança, a constatação de que a classificação era possível e merecida, dentro de campo, na raça, sem depender de combinações loucas ou regras indecifráveis. agora vai!!!
a primeira fase foi impecável. 100% de aproveitamento em casa e apenas duas derrotas, uma delas com o time já classificado e todo desfalcado. classificação antecipada com tanta folga que mesmo uma rodada sem jogar não era ameaça. o sonho estava se tornando realidade!
sabíamos que não seria fácil. nada é fácil para o américa. sabíamos que qualquer que fosse o adversário seria um confronto difícil e equilibrado, mas o brasil de pelotas ainda veio com o peso de uma tragédia na bagagem, e toda a comoção que decorre disso. não fossem eles nossos adversários diretos, provavelmente até eu torceria pelos gaúchos. mas guerra é guerra não há lugar para esses sentimentalismos...
assim começou nossa agoniada semana de 180 minutos (ou seriam nossos 180 minutos de agonia que duraram uma semana?). no domingo, dia 9, o jogo de ida lá em pelotas já deu a dimensão do sofrimento. um zero a zero chorado, numa partida impossível de ser qualificada como "de futebol" devido às condições precaríssimas do campo, e o sacrifício que é acompanhar um jogo desses apenas pelo rádio. há que se ter o coração forte! aliás, foi no mesmo instante – mais precisamente aos 32 minutos do segundo tempo, quando os xavantes erraram a cobrança do penal – que eu tive duas certezas: 1) do coração não morro mais e 2) nada mais nos tirava essa classificação!
a semana passou lentamente, mas o discurso era animador. nada de salto alto, temos que respeitar o adversário, o jogo só acaba quando termina, certo, tudo certo! a ameaça de não haver mais ingressos e a necessidade de ir comprar antecipado também ajudaram a ir preparando o nosso espírito para a agora feliz realidade: estamos voltando, o fantasma do "time pequeno" e dos subcampeonatos está ficando pra trás!
até que ontem bh amanheceu alviverde! bandeiras, camisas, buzinas e muita festa! coração acelerado, vesti a minha histórica camisa que foi usada pelo atacante zé carlos generoso na conquista do mineiro de 1971, me enrolei na não menos histórica bandeira autografada pelos jogadores campeões em 1993 e fui me juntar aos outros quase dez mil americanos no nosso gigante do horto, quase pequeno para tanta emoção! o estádio estava lindo, e a torcida não calava: ôôôôôôô, vamo subir, coelhooooooooo!!!
o jogo começou e com ele a contagem regressiva. o time estava bem, seguro, dominando as jogadas e sem deixar o adversário evoluir. mas não marcava, e zero a zero levava à disputa de pênaltis. mais aflição. só no finalzinho do primeiro tempo, naquela fase que a gente já começa é a querer que acabe logo, veio a redenção! o meia luciano, após receber um lançamento preciso, driblou o goleiro e – perdoem o chavão, mas é inevitável – só não entrou com bola e tudo porque teve humildade!

explode a massa alviverde! o coelhão ainda teve a chance de ampliar antes do fim do primeiro tempo, mas desperdiçou. palmas da torcida e um intervalo de pura expectativa, todos elétricos e encantados pelo golaço!
no início da segunda etapa, o balde água fria. numa falha boba da defesa, os visitantes empataram e assim pegaram para si nossa vantagem e nossa festa, mas não nossa esperança. foram os quinze minutos mais longos do ano. eu já disse que nada é fácil pro américa? a torcida esfriou, e quando cantava era de forma tímida, apreensiva. eu não conseguia ficar sentada e quase me agarrei à grade de tanto nervoso.
foi quando minha tia virou para minha vó (sim, a família toda na arquibancada!) e disse: "mãe, a senhora é que é a pé quente! vamos levantar agora e cantar!" e assim foi, e parece que era a senha para a reação! aos 23 minutos, numa cobrança de falta como só ele sabe fazer, irênio pôs a redonda nos pés do leandro ferreira, que só empurrou para a rede e partiu pro abraço! nova explosão da massa, pulos, abraços, gritos e lágrimas, tantos, tantos, que ainda comemorávamos quando bruno mineiro selou nosso destino com um gol ainda mais lindo que o primeiro. 3 x 1, e a festa não parou nos pouco mais de quinze minutos até o apito do juiz!
é por esse tipo de alegria que a gente percebe porque aguenta tanto sofrimento! quem torce com paixão sabe que vale a pena demais da conta, não tem como descrever a felicidade! e eu tenho certeza que, pelo menos ontem, deus era americano e, lá de cima, tava cantando com a gente:
http://www.youtube.com/watch?v=JOHkisIBcZY&NR=1
lar doce lar, aqui estou
independência, meu caldeirão
do coelho decacampeão!
vamos coelhô!
vamos vencer!
vou caminhar por toda vida com você!
vou repetir:
eu mando aqui!
quero a vitória e com a vitória eu vou sair!
coelhooooooooo!!!

foram cinco anos do mais penoso sofrimento que pude testemunhar em toda a minha vida de americana. o rebaixamento para a série C, em 2004, acabou se mostrando apenas o começo de um longo pesadelo. não bastasse a queda em si, o desempenho do time aniquilava as esperanças da torcida de que aquilo fosse só uma breve fase ruim. campanhas tão vergonhosas que, em 2007, nem a classificação para a série C conseguimos, e ainda fomos rebaixados para o módulo II do estadual. fundo do poço. fora a assombração da recém criada série D, que mostrou que o poço sempre pode ser mais fundo. em 2008, o américa ficou com a última vaga para a série C seguinte, e se não foi aí o início da recuperação, vale ser citado pelo simbolismo do saco cheio: "peraí, série D também já é demais!"
2009 começou com o retorno à elite do mineiro. após uma pré-temporada farta em gols, as esperanças se renovaram. estreamos no mineirão lotado diante do rival atlético e não fizemos feio, o empate de zero a zero foi um resultado justo. não foi uma campanha brilhante – fomos eliminados nas quartas de final – mas nem de longe lembrávamos o time apático dos últimos anos. na impossibilidade de grandes contratações, jovens promissores dividiam o campo com veteranos como euller – o filho do vento! – irênio, evanilson e nosso capitão wellington paulo, todos profundamente ligados a um passado vitorioso do clube. só faltava mesmo um bom técnico para dar a ordem e a motivação nessessárias.
seguindo a direção dos bons ventos que começavam a soprar, um bom técnico foi o que tivemos! para disputar a série C, o américa trouxe ele, givanildo oliveira, o mesmo que nos levou à série A em 1997, o mestre, o maestro, o merecedor de nossas eternas homenagens e gratidões! com tempo para preparar o elenco, o professor givanildo presenteou nossa torcida com o bem mais precioso: a volta da esperança, a constatação de que a classificação era possível e merecida, dentro de campo, na raça, sem depender de combinações loucas ou regras indecifráveis. agora vai!!!
a primeira fase foi impecável. 100% de aproveitamento em casa e apenas duas derrotas, uma delas com o time já classificado e todo desfalcado. classificação antecipada com tanta folga que mesmo uma rodada sem jogar não era ameaça. o sonho estava se tornando realidade!
sabíamos que não seria fácil. nada é fácil para o américa. sabíamos que qualquer que fosse o adversário seria um confronto difícil e equilibrado, mas o brasil de pelotas ainda veio com o peso de uma tragédia na bagagem, e toda a comoção que decorre disso. não fossem eles nossos adversários diretos, provavelmente até eu torceria pelos gaúchos. mas guerra é guerra não há lugar para esses sentimentalismos...
assim começou nossa agoniada semana de 180 minutos (ou seriam nossos 180 minutos de agonia que duraram uma semana?). no domingo, dia 9, o jogo de ida lá em pelotas já deu a dimensão do sofrimento. um zero a zero chorado, numa partida impossível de ser qualificada como "de futebol" devido às condições precaríssimas do campo, e o sacrifício que é acompanhar um jogo desses apenas pelo rádio. há que se ter o coração forte! aliás, foi no mesmo instante – mais precisamente aos 32 minutos do segundo tempo, quando os xavantes erraram a cobrança do penal – que eu tive duas certezas: 1) do coração não morro mais e 2) nada mais nos tirava essa classificação!
a semana passou lentamente, mas o discurso era animador. nada de salto alto, temos que respeitar o adversário, o jogo só acaba quando termina, certo, tudo certo! a ameaça de não haver mais ingressos e a necessidade de ir comprar antecipado também ajudaram a ir preparando o nosso espírito para a agora feliz realidade: estamos voltando, o fantasma do "time pequeno" e dos subcampeonatos está ficando pra trás!
até que ontem bh amanheceu alviverde! bandeiras, camisas, buzinas e muita festa! coração acelerado, vesti a minha histórica camisa que foi usada pelo atacante zé carlos generoso na conquista do mineiro de 1971, me enrolei na não menos histórica bandeira autografada pelos jogadores campeões em 1993 e fui me juntar aos outros quase dez mil americanos no nosso gigante do horto, quase pequeno para tanta emoção! o estádio estava lindo, e a torcida não calava: ôôôôôôô, vamo subir, coelhooooooooo!!!
o jogo começou e com ele a contagem regressiva. o time estava bem, seguro, dominando as jogadas e sem deixar o adversário evoluir. mas não marcava, e zero a zero levava à disputa de pênaltis. mais aflição. só no finalzinho do primeiro tempo, naquela fase que a gente já começa é a querer que acabe logo, veio a redenção! o meia luciano, após receber um lançamento preciso, driblou o goleiro e – perdoem o chavão, mas é inevitável – só não entrou com bola e tudo porque teve humildade!

explode a massa alviverde! o coelhão ainda teve a chance de ampliar antes do fim do primeiro tempo, mas desperdiçou. palmas da torcida e um intervalo de pura expectativa, todos elétricos e encantados pelo golaço!
no início da segunda etapa, o balde água fria. numa falha boba da defesa, os visitantes empataram e assim pegaram para si nossa vantagem e nossa festa, mas não nossa esperança. foram os quinze minutos mais longos do ano. eu já disse que nada é fácil pro américa? a torcida esfriou, e quando cantava era de forma tímida, apreensiva. eu não conseguia ficar sentada e quase me agarrei à grade de tanto nervoso.
foi quando minha tia virou para minha vó (sim, a família toda na arquibancada!) e disse: "mãe, a senhora é que é a pé quente! vamos levantar agora e cantar!" e assim foi, e parece que era a senha para a reação! aos 23 minutos, numa cobrança de falta como só ele sabe fazer, irênio pôs a redonda nos pés do leandro ferreira, que só empurrou para a rede e partiu pro abraço! nova explosão da massa, pulos, abraços, gritos e lágrimas, tantos, tantos, que ainda comemorávamos quando bruno mineiro selou nosso destino com um gol ainda mais lindo que o primeiro. 3 x 1, e a festa não parou nos pouco mais de quinze minutos até o apito do juiz!
é por esse tipo de alegria que a gente percebe porque aguenta tanto sofrimento! quem torce com paixão sabe que vale a pena demais da conta, não tem como descrever a felicidade! e eu tenho certeza que, pelo menos ontem, deus era americano e, lá de cima, tava cantando com a gente:
http://www.youtube.com/watch?v=JOHkisIBcZY&NR=1
lar doce lar, aqui estou
independência, meu caldeirão
do coelho decacampeão!
vamos coelhô!
vamos vencer!
vou caminhar por toda vida com você!
vou repetir:
eu mando aqui!
quero a vitória e com a vitória eu vou sair!
coelhooooooooo!!!
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Criando confilto
A pessoa acorda, cumpre suas funções matinais e vai ler de esportes. Pois que não deveria, já na abertura do site, encontra Ricardo Teixeira falando sobre adaptar o calendário brasileiro ao europeu. É pra perder a fome o resto do dia.
Você pode chegar e usar aqueles argumentos "bonitos" que usaram na matéria sobre a Copa do Brasil e janela do meio do ano. Daí eu te digo uma coisa só: será só mais fácil pra galera gringa comprar, afinal, com o mesmo período de janela, a turma de lá vai gastar bem menos com recisões e que tais, AFINAL, COMPETIÇÃO EM CURSO KDLA. Sem contar que esse calendário europeu visa férias no verão deles, nós aqui teríamos férias de futebol no inverno. E aí, amizade, teus finais de semana de junho e julho seriam VAZIOS de esporte.
Sinceramente, prefiro ficar sem futebol entre Dezembro e Janeiro, poque nao tem esporte, mas tem aquela praiana maneiríssima com a galera. Tem os churrascos. Tem o verão e a vida toda que ele traz com o sol, a disposição eas férias escolares. Na real, na real, isso não ajudará em nada o futebol brasileiro. E ainda por cima atrapalhará.
Você pode chegar e usar aqueles argumentos "bonitos" que usaram na matéria sobre a Copa do Brasil e janela do meio do ano. Daí eu te digo uma coisa só: será só mais fácil pra galera gringa comprar, afinal, com o mesmo período de janela, a turma de lá vai gastar bem menos com recisões e que tais, AFINAL, COMPETIÇÃO EM CURSO KDLA. Sem contar que esse calendário europeu visa férias no verão deles, nós aqui teríamos férias de futebol no inverno. E aí, amizade, teus finais de semana de junho e julho seriam VAZIOS de esporte.
Sinceramente, prefiro ficar sem futebol entre Dezembro e Janeiro, poque nao tem esporte, mas tem aquela praiana maneiríssima com a galera. Tem os churrascos. Tem o verão e a vida toda que ele traz com o sol, a disposição eas férias escolares. Na real, na real, isso não ajudará em nada o futebol brasileiro. E ainda por cima atrapalhará.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
Piadinha oportunista
Além da paixão e do fanatismo tão bem citados no post anterior da Lila não podemos esquecer que o futebol também é feito da rivalidade. Rivalidade que só existe por que é alimentada pela paixão das torcidas adversárias. Ai tô chovendo no molhado, eu sei, mas é que eu não podia perder a oportunidade de divulgar esse vídeo.
Como se trata de uma piada oportunista vamos lá, porque amanhã tudo pode ser diferente. Ou não.
Como se trata de uma piada oportunista vamos lá, porque amanhã tudo pode ser diferente. Ou não.
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