O Flamengo chiou, esperneou, bateu pé, fez beicinho e disse que só iria se fosse no Champion. Mas no fim das contas, teve que colocar a mochila nas costas e conferir de perto qual era a Nova Onda do Imperador.
Cuzco é alta e as pessoas pegam ar até indo de um lado a outro do quarteirão, mas o rubro-negro parou com o beicinho e decidiu que queria a vaga pras oitavas. Entrou em campo meio descontrolado e economizando no fôlego, deixando, assim, os universitários dominarem e chutarem sem medo para defesas sensacionais de Bruno (que, aliás, quero sempre jogando na altitude que não se adianta, o moço). Mas veio o intervalo e, com ele, a conversa de Joel Santana.
O Flamengo voltou outro no segundo tempo e chegou quebrando tudo pros lados do Cienciano: Renato Augusto, aos oito aliviando o coração rubro-negro, afinal, estávamos jogando pelo empate e, bom Deus, ganhávamos pelo mínimo. Agora o Cienciano que corresse atrás. Mas os peruano pareciam instáveis, perdidos e assustados. O tempo passava e aos 32, caiu Toró neles, anotando o segundo. JESUSMARIAJOSÉETODOSOSBICHINHOSDOPRESÉPIO, 2xo pra gente. DOIS. A. ZERO. Perdeu, Cienciano, passa ali na Cove que tem uma camiseta perfeita pra vocês.
Mas o Flamengo queria mais, mais, mais, mais glitter e Juan carimbou a goleada e a passagem pras oitavas com um GOLAÇO aos 48. Estava atônita na frente da TV. Era impossível acreditar que não só a gente ganhou, como calou a boca de toda a gente peruana, que até antes do jogo, nos chamava de medrosos e maricas. Três gols de diferença na altitude é chocolate. E desses 80% de cacau. Chupa, Cienciano. Não era o rei das alturas? Pois eleve seu trono, porque o Senhor dos 3.400 metros acima do mar é rubro-negro.
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