sexta-feira, 21 de junho de 2013

Um bom dia para ser taitiano

Copa das Confederações, manifestações, aquela coisa toda e o Taiti.

A seleção deles é amadora, os caras estavam naquela váibe de é uma honra apenas participar e, no fundo, sabiam que passariam apenas vergonha. Mas é o primeiro torneio oficial dos caras e eles estavam ainda numa onda de admiração com tudo. Contra a Nigéria, eles conseguiram um gol, mas contra a Espanha seria complicadíssimo graças aquele modo chato de jogo com zil passes. Foi surpreendente que a seleção Taitiana conseguisse tocar na bola.

Mas isso não importava às quase 72 mil pessoas que estavam no Maracanã. O que queríamos era torcer pelo azarão. A gente queria só um golzinho do Taiti, porque a vitória era demência demais até para a galhofa - que descnhece quaisquer limites. O que vi no Mário Filho cheio, era uma galera que queria mesmo fanfarrear, fosse gritando ÔÔÔ O TAITI CHEGOU; fosse vaiando a Seleção queridinha do mundo todo, fosse xingando o juiz.

Tinha, mesmo, uma quantidade enorme de camisas da Espanha e de times espanhóis (um beijo, Barcelona), mas nas arquibancas, o Maracanã era Taiti. E deu gosto de ver que, ao contrário do que dizem todos os críticos, a alma do Maracanã  não morreu.

Vaiadíssima durante os 90 minutos, a Espanha saiu de campo rapidamente, enquanto o pequeno Taiti ficou em campo agradecendo, enquanto a galera gritava TAITI TAITI TAITI a plenos pulmões. Inclusive, um dos goleiros ajoelhou-se no gramado e agradeceu a torcida. Foi bonito. Foi maneríssimo. Esses caras não se esquecerão do dia em que o Maracanã cheio torceu por eles contra a "melhor seleção do mundo".Por falar em vaia, a única exceção às vaias no lado espanhol foi Iniesta. Porque é um fofo e joga muita bola.

E nem tudo era pão e circo dentro do irmão do Nelson Rodrigues: no meio do segundo tempo começou o terrível corinho de sou brasileeeeeiro com muuuuito oooorgulhoooo, durou um tempinho e foi automaticamente emendado no Hino Nacional, com o público levantando e gritando o hino. Esses são os momentos que levarei na memória: o Marcanã não estã sem alma e a gente não é alienado.

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