segunda-feira, 2 de março de 2009

Maracanã a seco

Um decreto do prefeito Eduardo Paes proíbe a venda e o consumo de bebidas alcoólicas nas proximidades do Maracanã, por duas horas antes e duas horas depois dos jogos realizados no estádio.

Já não tínhamos cervejinha dentro do estádio, agora ambém não podemos beber do lado de fora. Nem mesmo se você quiser levar seu isopor de casa: não pode!

Parece tranquilo, né? Ninguém bebe, ninguém se excede porque afinal  álcool é a única droga que dá onda no mundo.

Mas, caríssimo sr. prefeito, o senhor já parou pra pensar que o cidadão que se desloca pra frente do estádio pra vender ceveja NÃO se desloca pra vender ÁGUA??? E que portanto seu decreto consequentemente elimina a venda de TODA E QUALQUER BEBIDA nas proximidades do Maracanã??

Resultado: milhares de pessoas desesperadas com calor e sede. Ontem, o cenário só não foi mais feio porque as pessoas estavam felizes com o Botafogo.

Como sempre, sancionam-se leis, assinam-se decretos que parecem lindos no papel mas que, fora dele, só nos dão dor de cabeça. Isto porque o texto legal NÃO vem acompanhado de ações práticas. Acabou-se com a venda ambulante (e "ilegal") de bebidas na proximidade do Maracanã, mas não se pensou em uma alternativa para venda de bebidas de forma legal...

Dentro do estádio, outro caos. No intervalo, a disputa por um copo d'água ou uma latinha de refrigerante era quase no tapa. Só restaram as latinhas de cerveja sem álcool, afinal é uma parada que NÃO mata a sede, NÃO dá onda e ainda ENGORDA...

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