segunda-feira, 27 de maio de 2013

Existe luz no fim do túnel?


Desde o fim do Campeonato Carioca de 2012 que eu prometi a mim mesma que não daria mais chances a esse time chamado Vasco da Gama que me pregasse uma peça. A cada vez que eu via uma surra, xingava na cara dura que eu deixaria de gastar tempo (e dinheiro) com essa Diretoria babaca que me arrumaram. Doce ilusão.
Bastou vir a Libertadores e lá estava eu: perdendo a minha voz com aquela cruz fincada no peito. Pra melhorar, em meio a esses jogos, cervejas, bares e histeria, arrumei um vascaíno. Quer dizer, era um sinal.

A competição acabou, o namoro rolou, (agora eu tinha alguém com quem sofrer junto), o Vasco se fudeu e as minhas esperanças se foram, correto? Mentira. Eu continuava sonhando com uma cabeça de tabela, quem sabe uma Sulamericana... outra doce ilusão. Meia boca e olhe lá.
Mas meu caso de malandragem com esse clube não é de hoje, e parece que eu nunca aprendo. Afirmo com toda certeza, minha gente: É PRAGA. Não há outra explicação quando a minha escolha faz amor virar ódio familiar. Não sacou? Pois entenda.

Sempre quis saber porque todo mundo na minha casa era Flamengo e porque diabos meu avô era Botafogo. Seria normal entre cariocas. Mas gente, MINHA FAMÍLIA É BAIANA. Enfim, bastou o mínimo questionamento nessa cabeça para que eu, pequeno capeta aos 8 anos, pedisse pra que o meu pai me explicasse toda essa salada e me levasse pra ver outro time. E aí, meu amigo, baixou o Luan Santana e surgiu o meteoro da paixão pelo Vasco. Ali eu conheci o maior e mais sincero amor da minha vida. Como toda relação, muita coisa boa do qual me orgulho e me arrepio como aquela primeira vez. Mas também me maltrata, me faz chorar, me meter em bate bocas homéricos, me fez afogar em dívidas (vocês vão entender isso ao longo dos textos!) e fez com que meus tios, todos mulambos, me tratassem como ovelha negra de uma família de mais de 50 membros. To bem na fita?

Pois é, não ta fácil pra ninguém, muito menos pro Vasco, nem que seja jogando contra o time fraco da Portuguesa nessa primeira rodada de Brasileirão 2013. Dominou toda a partida, mas as finalizações (como sempre) não foram das melhores. Sejamos sinceros: se não fosse a falha do goleiro, teríamos empatado com a Lusa.
A torcida anda chateada, por mais que os veículos de comunicação teimem em parabenizar os mais de 8.000 pagantes e 11 mil presentes nesse sábado. Ao meu ver, não foi uma forma de ‘’empurrar’’ o time, mas sim mostrar que a torcida vai cobrar algo esse ano. Paulo Autuori que se segure, vai sofrer grande pressão, ainda mais fazendo o que fez: 20 minutos, duas substituições. É pra matar...

Se estou animada com a chegada do André? Sinceramente nem sei. Preciso de mais tempo pra conseguir assimilar tudo que o meu Clube vem passando durante esse tempo. Mais um Carioca perdido de bobeira, mais um ano de omissão, grandes jogadores saindo no auge de um ótimo trabalho, mais um ano sendo chamada de ‘’vice de novo’’. Socorro, eu não agüento. Hahaha

No mais, espero mesmo que o Cruzmaltino tenha sorte nas rodadas e demais competições. Que os jogadores honrem essa camisa, nossa história, que entendam que com o amor dos outros não se brinca. Sonho com o dia em que o Dinamite volte a ser aquele ídolo, mas dessa vez atrás da mesa, e não essa diretoria burra. Que a cada jogo o Vasco pare de me mostrar que a vida é uma sucessão de mortes. Bem, mas sorte eu tenho: pelo menos MORRI E (re)NASCI Vasco da Gama.


Saudações Vascaínas.

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