sexta-feira, 24 de abril de 2009

Fiel, o Filme

Fiel, o Filme: finalmente eu vi. E confesso que gostei muito. Não só pela declaração explícita de amor ao Todo Poderoso, não. Porque, como disse à truta de trabalho, é necessário confessar que talvez eu tivesse ido assistir mesmo que o mote fosse São Paulo, Santos, Palmeiras ou Asa de Arapiraca.
Só quem já pisou a arquibancada de um estádio reconhece a verdadeira emoção das cenas iniciais do filme: os passos cada vez mais rápidos em direção ao templo do futebol. Chinelos, tênis, sandálias. Faltaram ainda os pés descalços, sempre presentes no pós-jogo, afinal... Como vocês acham que o cidadão que arremessou as Havaianas no bandeirinha safado vai pra casa?
O fanatismo, as mandingas, a esperança, a alegria, a tristeza, o orgulho. Tudo ali na telona, despejado em nossos colos numa verdade nua e crua que emociona. Porque todos se identificam com algum personagem desta história da vida real.
O mano, o playboy, a patricinha, a mana, o casal do time, o casal de times opostos, o pai, o filho, a filha. Todos os tipos estão contidos não só no filme, mas nesta torcida que não é a que canta e vibra nem a que até a pé irá. Torcida, sim, que bate no peito e diz com todas as letras aqui é curíntia, numa releitura peculiar da língua mãe.
Fiel retrata com propriedade a alma corinthiana, o âmago. Da tristeza da queda, quase que totalmente incoberta pela orgulho inabalável da "torcida que tem um time" e que jamais se cansou de cantar que jamais abandonaria o Coringão porque sempre o amou (e sempre amará), até a volta à elite.
Claro que, como todo filme, Fiel possui alguns ápices como:
- o mocinho dizendo que gosta da torcida que não canta músicas com palavrões (oi?);
- o termo "ELAS" aplicado sutilmente em referência à torcida são-paulina;
- o comentário do mano mais mano de todos os manos do mundo ao se referir à derrota do Corinthians para o Vasco, dentro de casa na penúltima rodada do Brasileirão de 2007;
- a visão dos jogadores que faziam parte do time que caiu e que voltou;
- o comentário do Mano Menezes sobre o jogo contra o Ceará na Série B - todos dizendo que sentiam que aquele seria O dia e ele dizendo o contrário, que não achava que o Barueri perderia para o Paraná.
Vale a pena? De novo digo que vale sim e que valeria independente do time a que se referisse.
Ah, sim... Saciando a vontade dos coleguinhas em saber se eu fui unformizada ao Espaço Unibanco... CLARO QUE SIM!

Agradecimento especial aos curintianos Masili e Klô que estiveram comigo na super sessão das 10 da Sala 1.

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