(Sim, esse texto é uma colaboração porque - por muitos motivos - estamos com pouco tempo e aceitando qualquer ajuda dos amigues que, gentilmente, se oferecem.)
Pode-se dizer que o rubro-negro é, antes de tudo um forte. Antes de ser forte, somos arrogantes em essência, mas somos fortes. Aturamos de 1993 até 2005 times absolutamente medíocres. Quando 30 milhões dependem de 22 pés para definir seu humor, um período de 12 anos de mediocridade é uma depressão da braba. Houve umas doses de valium aqui (Carioca 2001) e acolá (1997), mas nada que nos mantivesse altivos.
Aí, em 2006, ganhamos um título nacional. Uma Copa do Brasil, é verdade, mas é um título de expressão, que nos colocou na Libertadores. E mais, ganhamos do Vasco na final, nosso Irmão Karamazov (Nelson Rodrigues achava que o Fluminense era nosso irmão Karamazov, o que comprova que ele sofria de problemas de visão. Gravíssimos).
Em 2007, com Papai Joel, nosso líder dos milagres, ficamos em terceirão e na libertadores. Com Caio Potter Junior, ficamos em quinto em 2008, mas sem alegria, sem magia. Eis que chega 2009. Começou com um treinador que é o espelho de nosso passado o maníaco-depressivo: Cuca. O Estranho no Ninho, tal e qual Jack Nicholson no filme, conseguiu brilhantismo e se perdeu na loucura, deixando nosso time completamente perdido na meiúca da tabela.
Quando Andrade assumiu, pela primeira vez teve a tranquilidade de fazer no banco o que fez em campo com a camisa 6. Distribuiu o jogo, segurou a pressão, cadenciou o time, refez os laços com a torcida. Torcida que pela primeira vez em muito tempo sabe o seu time de cor, com Bruno, com Léo, com Angelim, Álvaro, Everton(Juan este ano foi estepe); com Maldonado, gigante(como faz falta), com Willians, o carrapato, com Petkovic, com Zé Roberto, com Adriano.
A torcida que viveu de Macunaímas como Obina hoje tem ídolos de verdade. O arremedo de time hoje é temido como outrora. E talvez não ganhe o título brasileiro, nem é favorito para isso. Jogou mais de 15 jogos no limite extremo, ganhando a maioria, empatando alguns e perdendo só um. Jogou com sangue nos olhos o tempo todo. Os 11 da Esparta rubro-negra. Um time que ganhou até agora mais do que um título. Um time que recuperou a grandeza, um time que nos deu vergonha na cara, um time que nos fez voltar a genuinamente sorrir, a genuinamente sermos arrogantes, e a genuinamente sermos reclamões. Um time valente.
Um time que nos faz ter desgosto profundo se faltar o Flamengo no mundo.
Arthur Chrispin é flamenguista exilado em Recife e já escreveu aqui noutra oportunidade
terça-feira, 24 de novembro de 2009
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Aproximando, rodando, andando e ganhando
Como vocês sabem, a Ale é a nova patrocinadora do Flamengo e, graças a isso, fomos convidadas a assistir um jogo no Maracanã, trajando o manto e querendo bater em uma meia dúzia de gente. Quer dizer, a última parte é coisa da favela que existe em mim etc e tal.
Fato é que além de patrocinar Mengão, a Ale importou uma tecnologia chamada gigapan que permite uma aproximação bem lazer em fotos panoramicas. A mesma da foto da possa do Obama. E você com isso? Bom, como eu disse, estava no Maracanã no último sábado e se você me achar na foto, pode ganhar uma camisa oficial do Flamengo e camisas da Ale.
Ai, Lila, zil pessoas, como te acho?
Dica: estou ao lado de um frentista da Ale.
Ai, Lila, e como esse povo se veste?
Assim, preguiçoso:
Então, jogue-se na foto, aprecie a paisagem, me procure na foto e comente aqui, dizendo em que arquibancada eu estava, dando pontos de referencias legais, ok?
Fato é que além de patrocinar Mengão, a Ale importou uma tecnologia chamada gigapan que permite uma aproximação bem lazer em fotos panoramicas. A mesma da foto da possa do Obama. E você com isso? Bom, como eu disse, estava no Maracanã no último sábado e se você me achar na foto, pode ganhar uma camisa oficial do Flamengo e camisas da Ale.
Ai, Lila, zil pessoas, como te acho?
Dica: estou ao lado de um frentista da Ale.
Ai, Lila, e como esse povo se veste?
Assim, preguiçoso:
Então, jogue-se na foto, aprecie a paisagem, me procure na foto e comente aqui, dizendo em que arquibancada eu estava, dando pontos de referencias legais, ok?
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
A crônica de um ocaso
Qual o sentido em disputar um campeonato – qualquer campeonato – e ver sua caminhada escorregar nas pedras cheias de limo de Barueri? Alguém me explique, porque eu, cerveja na mão e uma trinca de gols do Obina no day after na cachola ainda não fui capaz de alcançar.
Vejamos, o Flamengo, com tudo aquilo dentro dele que nos atrai e nos maltrata o coração, obteve uma seqüência de 10 jogos sem perder pra ninguém, vencendo o líder da matilha lá na casa dele, virou manchete nacional, virou favorito ao título, virou um deus-nos-acuda-onde-foram-parar-minhas-calças e todos sabemos, era o quinto colocado do treco, ou seja, tinha mais quatro maganos tirando onda na frente e coisetal.
Era esse o cenário ontem quase dez da noite quando aqueles onze iluminados adentraram na Barueri Arena, devidamente trajados com a versão olímpika do Manto e uma certa obrigação de se comportarem como o grande time do tournament por mais 90 minutinhos.
E é difícil, imagino, jogar num clube com a grandeza do Flamengo e a fila de 15 anos do Flamengo de repente se ver responsável por chegar lá, onde os gigantes chegaram, e do outro lado estão sujeitos que não tiveram essa chance, de brilhar muito no Flamengo – ou tiveram e necas.
Nossos onze iluminados foram lá e se viram derrotados, de súbito, dois gols contra si, três pontos perdidos, gols perdidos, ilusões perdidas. Nem a quinta colocação se manteve, agora estamos em sexto.
Diante de tudo isso, o que nos resta? Mulheres-frutas? Um terceiro lugar? Uma taça de isopor vinda da geral?
Restam mais rodadas e restam mais vitórias e derrotas. Mas tente convencer o coração da simplicidade dessa frase.
Leandro Godinho, 30, esteve completamente bêbado após o tri do Pet e e não vê ahora pra repetir a dose
Vejamos, o Flamengo, com tudo aquilo dentro dele que nos atrai e nos maltrata o coração, obteve uma seqüência de 10 jogos sem perder pra ninguém, vencendo o líder da matilha lá na casa dele, virou manchete nacional, virou favorito ao título, virou um deus-nos-acuda-onde-foram-parar-minhas-calças e todos sabemos, era o quinto colocado do treco, ou seja, tinha mais quatro maganos tirando onda na frente e coisetal.
Era esse o cenário ontem quase dez da noite quando aqueles onze iluminados adentraram na Barueri Arena, devidamente trajados com a versão olímpika do Manto e uma certa obrigação de se comportarem como o grande time do tournament por mais 90 minutinhos.
E é difícil, imagino, jogar num clube com a grandeza do Flamengo e a fila de 15 anos do Flamengo de repente se ver responsável por chegar lá, onde os gigantes chegaram, e do outro lado estão sujeitos que não tiveram essa chance, de brilhar muito no Flamengo – ou tiveram e necas.
Nossos onze iluminados foram lá e se viram derrotados, de súbito, dois gols contra si, três pontos perdidos, gols perdidos, ilusões perdidas. Nem a quinta colocação se manteve, agora estamos em sexto.
Diante de tudo isso, o que nos resta? Mulheres-frutas? Um terceiro lugar? Uma taça de isopor vinda da geral?
Restam mais rodadas e restam mais vitórias e derrotas. Mas tente convencer o coração da simplicidade dessa frase.
Leandro Godinho, 30, esteve completamente bêbado após o tri do Pet e e não vê ahora pra repetir a dose
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Seis pontos é quase final
No início do ano, disse que voltaria por setembro para reclamar dos pontos corridos. Queimei a língua. Todos queimamos. A sete rodadas do fim do campeonato, temos seis times com alguma chance de título, afinal, tirar 6 pontos de diferença com 21 em jogo não é uma tarefa impossível. Improvável? Certamente, mas não a última coisa que poderia acontecer. Afinal de contas, o líder Palmeiras pontuou bem pouco nas últimas rodadas, os 3 na zona de classificação : São Paulo, Inter e Galo também não tiveram resultados muito melhores. Flamengo, atual quinto colocado, somou nos últimos jogos e pode vir a ameaçar . A diferença para o Palmeiras é de 3 pontos, apenas.
Ah, Lila, você está falando isso porque é flamenguista.
Não, brazéo, estou falando isso porque é o que a tabela me mostra. De novo, não levo muita fé de que possa acontecer, mas não é uma hipótese a ser descartada.
Nessa reta final, está divertido acompanhar o Brasileiro. É uma sensação de que cada rodada pode ser uma final. Alguém pode aproveitar tropeços e tomar a ponta. O Brasileirão está mais ou menos como rouba montinho*, com uns 6 clubes esperando o momento certo de levar tudo pra casa. Tudo, nesse caso específico, é a taça. Se todos os anos forem assim, a partir de agora, juro que nunca mais reclamo dessa fórmula.
Ah, Lila, você está falando isso porque é flamenguista.
Não, brazéo, estou falando isso porque é o que a tabela me mostra. De novo, não levo muita fé de que possa acontecer, mas não é uma hipótese a ser descartada.
Nessa reta final, está divertido acompanhar o Brasileiro. É uma sensação de que cada rodada pode ser uma final. Alguém pode aproveitar tropeços e tomar a ponta. O Brasileirão está mais ou menos como rouba montinho*, com uns 6 clubes esperando o momento certo de levar tudo pra casa. Tudo, nesse caso específico, é a taça. Se todos os anos forem assim, a partir de agora, juro que nunca mais reclamo dessa fórmula.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Logo ali
A menos de um ano da Copa do Mundo, já temos um panorama do que esperar entre Junho e Julho de 2010 - além das óbvias matérias de programas noturnos mostrando a África selvagem como você nunca viu. Vamos lá para aqueles comentários sem qualquer embasamento sobre os já classificados.
-África:
África do Sul, Gana e Costa do Marfim já podem preparar o fôlego pra assoprar vuvuzela ano que vem. Muito embora eu prefirisse que eles deixassem as cornetinhas em casa, ou num incinerador.
A parte legal das seleções africanas é que sempre tem uma zebra super simpática que ganha a torcida da galera e eventualmente faz "um jogo da vida" contra nós. Sempre legal ver torcida e jogadores desses países comemorando até cobrança de falta.
-América do Norte:
México e EUA já têm passaporte carimbado e só aguardam o momento de embarcar. Nenhuma surpresa nessa confederação, já que, sabemos todos, é mais ou menos onde o futebol tá existindo com alguma força. Se eu mandasse em algo, a próxima seleção classificada seria o Suriname (sim, eles jogam pela CONCACAF), só pelo inusitado do fato.
-América do Sul:
Brasil, Paraguay e Chile estão já com o burro na sobra e só cumprem tabela na próxima rodada. A porca começa a torcer o rabo porque existe a possibilidade de Argentina ou Uruguay ficarem de fora.
Como vocês sabem, sou uma pessoa muito fiel a algumas tradições e detestaria que um dos dois ficasse de fora. A solução? Secar o Equador desde semana passada até semana que vem, assim, existe a chance de um dos dois ganhar vaga direta e o outro disputar a repescagem. Por que? Porque acredito que uma Copa Sem Uruguay e Argentina perde muito em glamour e zoação.
-Ásia:
As duas Coréias, Japão e Austrália podem empacotar filtro solar e repelente de mosquitos porque têm vagas garantidas. O Bahrein corre por fora, jogando a respescagem com a turma da Oceania, nesse caso específico, contra a Nova Zelândia.
Da mesma forma que o Suriname joga pela CONCACAF, a Austrália afiliou-se à confederação Asiática.
-Europa:
O continente com mais vagas já tem mais da metade de suas 13 ocupadas por Alemanha, Dinamarca, Espanha, Holanda, Inglaterra, Itália e Sérvia. Até o momento, a classificação está interessantíssima, misturando times clássicos com interessantes "seleções menores".
-Oceania:
O pobre continente insular (que engraçado escrever isso, não?) tem apenas a vaga da repescagem jogada contra a Ásia. E aí vocês leram, ali em cima, que Nova Zelândia disputa com Bahrein o direito de dançar ao som de atabaques e cornetinhas irritantes.
Em breve, todas as vagas estarão completas e partiremos para o sorteio dos grupos. E, aí, amigo, haja coração e torcida.
-África:
África do Sul, Gana e Costa do Marfim já podem preparar o fôlego pra assoprar vuvuzela ano que vem. Muito embora eu prefirisse que eles deixassem as cornetinhas em casa, ou num incinerador.
A parte legal das seleções africanas é que sempre tem uma zebra super simpática que ganha a torcida da galera e eventualmente faz "um jogo da vida" contra nós. Sempre legal ver torcida e jogadores desses países comemorando até cobrança de falta.
-América do Norte:
México e EUA já têm passaporte carimbado e só aguardam o momento de embarcar. Nenhuma surpresa nessa confederação, já que, sabemos todos, é mais ou menos onde o futebol tá existindo com alguma força. Se eu mandasse em algo, a próxima seleção classificada seria o Suriname (sim, eles jogam pela CONCACAF), só pelo inusitado do fato.
-América do Sul:
Brasil, Paraguay e Chile estão já com o burro na sobra e só cumprem tabela na próxima rodada. A porca começa a torcer o rabo porque existe a possibilidade de Argentina ou Uruguay ficarem de fora.
Como vocês sabem, sou uma pessoa muito fiel a algumas tradições e detestaria que um dos dois ficasse de fora. A solução? Secar o Equador desde semana passada até semana que vem, assim, existe a chance de um dos dois ganhar vaga direta e o outro disputar a repescagem. Por que? Porque acredito que uma Copa Sem Uruguay e Argentina perde muito em glamour e zoação.
-Ásia:
As duas Coréias, Japão e Austrália podem empacotar filtro solar e repelente de mosquitos porque têm vagas garantidas. O Bahrein corre por fora, jogando a respescagem com a turma da Oceania, nesse caso específico, contra a Nova Zelândia.
Da mesma forma que o Suriname joga pela CONCACAF, a Austrália afiliou-se à confederação Asiática.
-Europa:
O continente com mais vagas já tem mais da metade de suas 13 ocupadas por Alemanha, Dinamarca, Espanha, Holanda, Inglaterra, Itália e Sérvia. Até o momento, a classificação está interessantíssima, misturando times clássicos com interessantes "seleções menores".
-Oceania:
O pobre continente insular (que engraçado escrever isso, não?) tem apenas a vaga da repescagem jogada contra a Ásia. E aí vocês leram, ali em cima, que Nova Zelândia disputa com Bahrein o direito de dançar ao som de atabaques e cornetinhas irritantes.
Em breve, todas as vagas estarão completas e partiremos para o sorteio dos grupos. E, aí, amigo, haja coração e torcida.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
tão bom acordar numa segunda-feira...
... quando seu time venceu no domingo!!!
há quanto tempo eu não curtia essa sensação!!!
=D
há quanto tempo eu não curtia essa sensação!!!
=D
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Ah, se eu pudesse e meu dinheiro desse - IV
Diretoria do América-MG traças planos ousados para 2012.
Vocês chamam isso de ousado? Ousados são meus planos junto com um amigo: Yokohama 2012 (pegaquinaminhabudahbi). Até o momento, nosso cronograma está certinho.
*****
Momento do Rio
Bom, é Olimpíada ou a gente fica sem metrô. AJUDAEL, COI!
*****
Gafe corinthiana causa mal estar tricolor
Aí, a gente fala que nego paga pra vacilar e está errada. Fosse isso coisa de fã e estaríamos todas rindo e comentando que o incômodo foi que o bambi tá até com jeito de macho. Mas isso acontece numa cerimônia oficial, celebrando o aniversário do Corinthians. No meu livro, isso se chama "coisa de timinho".
*****
Manga visita Botafogo em Guaiaquil e reune 3 gerações de goleiros
Rapazz, mas eu acho que nem colocando essas gerações todas o Botafogo consegue algo de relevante esse ano, viram?
Vocês chamam isso de ousado? Ousados são meus planos junto com um amigo: Yokohama 2012 (pegaquinaminhabudahbi). Até o momento, nosso cronograma está certinho.
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Momento do Rio
Bom, é Olimpíada ou a gente fica sem metrô. AJUDAEL, COI!
*****
Gafe corinthiana causa mal estar tricolor
Aí, a gente fala que nego paga pra vacilar e está errada. Fosse isso coisa de fã e estaríamos todas rindo e comentando que o incômodo foi que o bambi tá até com jeito de macho. Mas isso acontece numa cerimônia oficial, celebrando o aniversário do Corinthians. No meu livro, isso se chama "coisa de timinho".
*****
Manga visita Botafogo em Guaiaquil e reune 3 gerações de goleiros
Rapazz, mas eu acho que nem colocando essas gerações todas o Botafogo consegue algo de relevante esse ano, viram?
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Passando o chapéu com estilo
Desde 2006 existe a Associação de Campeões Mundiais do Brasil que objetiva a assistência aos ex-jogadores de futebol que tenham participado da conquista de títulos da Seleção Canarinho.
Como todos sabem, muitos dos ídolos destas gerações estão esquecidos, passando por perrengues, enfim, precisando de auxílio para a sobrevivência.
Assim, a Associação lança hoje, 23/09, a exposição A Camisa do Campeão no Museu do Futebol, em São Paulo. As camisas são confeccionadas pela mesmíssima fornecedora das camisas que abrilhantaram as conquistas de 58, 62 e 70. Serão apresentadas as réplicas das camisas destes anos.
Cada um dos jogadores associados terá direito à renda de 180 peças com número de série e autografadas, que serão vendidas à bagatela de MIL E CINQUENTA REAIS.
Se as camisas são belas? Ô se são! Mas o preço é salgadíssimo.
Quer ver as ditas cujas? Estão aqui ó www.acamisadoscampeoes.com.br.
Como todos sabem, muitos dos ídolos destas gerações estão esquecidos, passando por perrengues, enfim, precisando de auxílio para a sobrevivência.
Assim, a Associação lança hoje, 23/09, a exposição A Camisa do Campeão no Museu do Futebol, em São Paulo. As camisas são confeccionadas pela mesmíssima fornecedora das camisas que abrilhantaram as conquistas de 58, 62 e 70. Serão apresentadas as réplicas das camisas destes anos.
Cada um dos jogadores associados terá direito à renda de 180 peças com número de série e autografadas, que serão vendidas à bagatela de MIL E CINQUENTA REAIS.
Se as camisas são belas? Ô se são! Mas o preço é salgadíssimo.
Quer ver as ditas cujas? Estão aqui ó www.acamisadoscampeoes.com.br.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
O grito preso na garganta: É CAMPEÃO!!!
Clarice está de volta. E, dessa vez, veio com a taça. Então brindemos, leiamos, parabenizemos e assemos cordeiros para a celebração!
sobre todas as agruras e emoções que nós, torcedores americanos, passamos até conquistarmos o acesso à série b eu já contei aqui. mas aquele ainda não era o fim da história! afinal, justiça seja feita, depois de tanto sofrimento ainda tínhamos muitos e muitos gritos de alegria presos na garganta, ansiosos para ganhar o mundo! e não importa o que uns e outros digam, claro que não quero meu time campeão de série c nunca mais, mas se era lá que ele estava, de lá deveria sair no melhor estilo possível! subir era o objetivo principal, mas levantar a taça era questão de honra!
daí que depois daquela festa nosso time guerreiro não descansou. preparou-se para as semifinais e encarou cada desafio como se fosse o último – aliás, como deve ser sempre. a boa campanha nos garantiu que o jogo de volta fosse em casa. o adversário era o guaratinguetá, já conhecido da fase de grupos, merecedor de todo o respeito. no jogo de ida, perdemos de 2x1, mas o gol fora manteve acesas todas as esperanças. na volta, mais uma prova pra cardíaco: devolvemos o placar e levamos a decisão pros penais. primeira série, 5x5, depois 6x6 e somente aí o adversário chutou pra fora, permitindo que a boa cobrança de moisés carimbasse o passaporte americano para a grande final! 7x6, haja coração!
eu entendo a necessidade de a série c ser como é, mas cair numa final diante de um adversário desconhecido é uma situação bem estranha. fizemos ótima campanha, estávamos confiantes, mas realmente não dava pra saber o que esperar do finalista do norte/nordeste, o ASA de arapiraca.
acompanhar o jogo de ida, no último dia 13, foi mais um desafio. apesar da louvável iniciativa do portal uai de transmitir o jogo ao vivo pela internet, a transmissão era péssima, a imagem congelava toda hora e o delay de mais de dois minutos fazia com que valesse mais a pena acompanhar também no rádio os jogos da duplinha pra tentar pescar alguma informação. e com tanto jogo sendo transmitido junto, foi com uma quase inacreditável alegria que ouvimos, por três vezes, a interrupção entusiástica do "garoto que marcou"! se garantir um zero a zero já seria bom, trazer uma vitória por 3x1 das alagoas era muita alegria para esse pobre coração verde e branco!
com uma mão na taça – embora a equipe acertadamente mantivesse a humildade e a cabeça fria –, a espera pelo sábado foi a preparação de uma grande festa! ao contrário do jogo da subida, que foi precedido de esperança mas também de muita apreensão, dessa vez não havia como tirar essa certeza da torcida! depois de tantos anos, íamos gritar "é campeão"!
os ingressos se esgotaram rapidamente, mesmo tendo sido postos à venda 1000 a mais que no outro jogo. no sábado, dia 19, dia que segundo os jornais foi o mais quente do "inverno" em bh, o caldeirão do horto fervia ainda mais! quase onze mil pessoas esperavam pelo espetáculo que... não veio. eu já disse muitas vezes: nada é fácil para o américa! mesmo sendo o zero a zero um resultado excelente, nossa espartana torcida tinha sede de gol, mas teve que amargar 88 minutos de um jogo catimbado, repleto de cartões amarelos e chances desperdiçadas! depois de uma campanha com 100% de vitórias em casa, não era justo que exatamente aquele jogo terminasse assim!
mas finalmente, aos 43 do segundo tempo a paciência e a confiança dos torcedores foram recompensadas! bruno mineiro recebeu um bolão na entrada da área e fez a festa da massa, liberando aquela explosão de alegria que há tanto tempo estava ali, desesperada para sair! É CAMPEÃO!!!
(foto: superesportes)
O AMÉRICA MINEIRO, O MEU COELHÃO ADORADO, É CAMPEÃO DO CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE C 2009!!!
não existem palavras suficientes para definir essa alegria!
no mais, é só cumprimentar os bravos adversários e agradecer imensamente a todos que de alguma forma tornaram essa realidade possível!
(foto: twitpic do @Marcelo_Franco)
OBRIGADA, AMÉRICA!!!
SIMPLESMENTE, OBRIGADA POR EXISTIR! :-D
sobre todas as agruras e emoções que nós, torcedores americanos, passamos até conquistarmos o acesso à série b eu já contei aqui. mas aquele ainda não era o fim da história! afinal, justiça seja feita, depois de tanto sofrimento ainda tínhamos muitos e muitos gritos de alegria presos na garganta, ansiosos para ganhar o mundo! e não importa o que uns e outros digam, claro que não quero meu time campeão de série c nunca mais, mas se era lá que ele estava, de lá deveria sair no melhor estilo possível! subir era o objetivo principal, mas levantar a taça era questão de honra!
daí que depois daquela festa nosso time guerreiro não descansou. preparou-se para as semifinais e encarou cada desafio como se fosse o último – aliás, como deve ser sempre. a boa campanha nos garantiu que o jogo de volta fosse em casa. o adversário era o guaratinguetá, já conhecido da fase de grupos, merecedor de todo o respeito. no jogo de ida, perdemos de 2x1, mas o gol fora manteve acesas todas as esperanças. na volta, mais uma prova pra cardíaco: devolvemos o placar e levamos a decisão pros penais. primeira série, 5x5, depois 6x6 e somente aí o adversário chutou pra fora, permitindo que a boa cobrança de moisés carimbasse o passaporte americano para a grande final! 7x6, haja coração!
eu entendo a necessidade de a série c ser como é, mas cair numa final diante de um adversário desconhecido é uma situação bem estranha. fizemos ótima campanha, estávamos confiantes, mas realmente não dava pra saber o que esperar do finalista do norte/nordeste, o ASA de arapiraca.
acompanhar o jogo de ida, no último dia 13, foi mais um desafio. apesar da louvável iniciativa do portal uai de transmitir o jogo ao vivo pela internet, a transmissão era péssima, a imagem congelava toda hora e o delay de mais de dois minutos fazia com que valesse mais a pena acompanhar também no rádio os jogos da duplinha pra tentar pescar alguma informação. e com tanto jogo sendo transmitido junto, foi com uma quase inacreditável alegria que ouvimos, por três vezes, a interrupção entusiástica do "garoto que marcou"! se garantir um zero a zero já seria bom, trazer uma vitória por 3x1 das alagoas era muita alegria para esse pobre coração verde e branco!
com uma mão na taça – embora a equipe acertadamente mantivesse a humildade e a cabeça fria –, a espera pelo sábado foi a preparação de uma grande festa! ao contrário do jogo da subida, que foi precedido de esperança mas também de muita apreensão, dessa vez não havia como tirar essa certeza da torcida! depois de tantos anos, íamos gritar "é campeão"!
os ingressos se esgotaram rapidamente, mesmo tendo sido postos à venda 1000 a mais que no outro jogo. no sábado, dia 19, dia que segundo os jornais foi o mais quente do "inverno" em bh, o caldeirão do horto fervia ainda mais! quase onze mil pessoas esperavam pelo espetáculo que... não veio. eu já disse muitas vezes: nada é fácil para o américa! mesmo sendo o zero a zero um resultado excelente, nossa espartana torcida tinha sede de gol, mas teve que amargar 88 minutos de um jogo catimbado, repleto de cartões amarelos e chances desperdiçadas! depois de uma campanha com 100% de vitórias em casa, não era justo que exatamente aquele jogo terminasse assim!
mas finalmente, aos 43 do segundo tempo a paciência e a confiança dos torcedores foram recompensadas! bruno mineiro recebeu um bolão na entrada da área e fez a festa da massa, liberando aquela explosão de alegria que há tanto tempo estava ali, desesperada para sair! É CAMPEÃO!!!
(foto: superesportes)
O AMÉRICA MINEIRO, O MEU COELHÃO ADORADO, É CAMPEÃO DO CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉRIE C 2009!!!
não existem palavras suficientes para definir essa alegria!
no mais, é só cumprimentar os bravos adversários e agradecer imensamente a todos que de alguma forma tornaram essa realidade possível!
(foto: twitpic do @Marcelo_Franco)
OBRIGADA, AMÉRICA!!!
SIMPLESMENTE, OBRIGADA POR EXISTIR! :-D
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Calle Bariri
No último feriado, meu querido genitor resolveu levar as filhas pra curtir uma Influenza ali em Buenos Aires. Fãs de futebol que somos, assim que passeamos pelo Caminito decidmos que a boa seria dar um pulo na Bombonera, já que estavamos ali do lado, mesmo.
Há cerca de 2 anos, Camila e eu já tínhamos feito o mesmo trajeto, a dfierença agora é que o vestiário a conhecer era o dos visitante. Achei ótimo, afinal de contas, o vestiário dos donos da casa, já conhecia mesmo.
Se vocês querem saber, La Bombonera é exatamente aquilo que a gente pensa. Pequena, alta, próxima do gramado, caldeirão. Dá pra entender o poder de fogo dos xeneizes quando você pensa que se tropeçar, cai dentro do campo; que se gritar, o jogador vai te ouvir; que se tacar algo em alguém, fatalmente acertará. Se clubes com estádios que garantem algo a mais de distância já têm a fama de ter a torcida em campo, visitar o estádio do Boca é ter a sensação de que a torcida deles, sim, entra em campo.
E você quer foto, distinto leitor? Então toma:
Você paga caro, tem visão boa, mas fica meio apertado, viu?
Tribuna de honra, arquibancadas, cadeiras cativas. É alto, mas é perto.
Aqui fica a marginália boquense. Fácil entender por quê o povo não faz graça, não é?
Passarela e camarinho... Digo, os Camarotes.
Bem, um grande problema desse estádio é que, apesar de localizar-se próximo a um grande ponto turístico e ser, em si, um outro ponto turístico portenho, fica num bairro estranho e muito pobre. La Boca foi revitalizada parcialmente com Caminito lances, mas ainda falta muito pras pessoas se sentirem, de fato, bastante ok para andar por ali. Existe muito um sentimento de ter parado num subúrbio estranhíssimo e que vão te abordar agressivamente a qualquer segundo.
*****
Aaaaha Lila, deixa de ser preconceituosa, biatch!
Chuchu, quando você estiver lépido e faceiro passeando por aquela região e presenciar uma tentativa de assalto (que nem sei se virou assalto, porque, yo, eu tava temendo pela minha vida), você me diz pra ser o que quiser,ok?
Há cerca de 2 anos, Camila e eu já tínhamos feito o mesmo trajeto, a dfierença agora é que o vestiário a conhecer era o dos visitante. Achei ótimo, afinal de contas, o vestiário dos donos da casa, já conhecia mesmo.
Se vocês querem saber, La Bombonera é exatamente aquilo que a gente pensa. Pequena, alta, próxima do gramado, caldeirão. Dá pra entender o poder de fogo dos xeneizes quando você pensa que se tropeçar, cai dentro do campo; que se gritar, o jogador vai te ouvir; que se tacar algo em alguém, fatalmente acertará. Se clubes com estádios que garantem algo a mais de distância já têm a fama de ter a torcida em campo, visitar o estádio do Boca é ter a sensação de que a torcida deles, sim, entra em campo.
E você quer foto, distinto leitor? Então toma:
Você paga caro, tem visão boa, mas fica meio apertado, viu?
Tribuna de honra, arquibancadas, cadeiras cativas. É alto, mas é perto.
Aqui fica a marginália boquense. Fácil entender por quê o povo não faz graça, não é?
Passarela e camarinho... Digo, os Camarotes.
Bem, um grande problema desse estádio é que, apesar de localizar-se próximo a um grande ponto turístico e ser, em si, um outro ponto turístico portenho, fica num bairro estranho e muito pobre. La Boca foi revitalizada parcialmente com Caminito lances, mas ainda falta muito pras pessoas se sentirem, de fato, bastante ok para andar por ali. Existe muito um sentimento de ter parado num subúrbio estranhíssimo e que vão te abordar agressivamente a qualquer segundo.
*****
Aaaaha Lila, deixa de ser preconceituosa, biatch!
Chuchu, quando você estiver lépido e faceiro passeando por aquela região e presenciar uma tentativa de assalto (que nem sei se virou assalto, porque, yo, eu tava temendo pela minha vida), você me diz pra ser o que quiser,ok?
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Parece que a Copa do Mundo não será mais a mesma...
Depois do último domingo, os argentinos estão concretamente com os mullets arrepiados em pensar na possibilidade de não participar do mundial do próximo ano na África do Sul.
Ok, somos brasileiros e daremos uma festa caso a Argentina fique de fora pelo simples fato de nós sermos brasileiros, eles serem argentinos e ponto final.
No entanto, dados os países que já estão classificados (África do Sul, Brasil, Gana, Holanda, Japão, Coreia do Sul, Coreia do Norte e Austrália), é possível imaginar grandes jogos durante a Copa? Er... Pois é... E olha que eu tentei muito!
Grandes chances de seleções de renome ficarem de fora. Outra seleção salva hoje pelo gongo foi Portugal que poderia ser eliminada por uma Hungria não tão tradicional assim. Isso mesmo, a seleção lusitana que se ampara no brilhantismo (!?) de Cristiano Ronaldo foi salva por um gol de cabeça de Pepe aos 9 minutos do segundo tempo.
Mais à noite, o futuro de Argentina e Uruguai será decidido. Uruguai com chances de disputar a repescagem as usual. Argentina, dadas as devidas combinações e alinhamentos astrais, poderá acabar o torneio classificatório em sexto lugar, ficando de fora da repescagem.
Aí eu me pego pensando nas seleções classificadas e na emoção de assistir a uma Copa do Mundo sem os bambambãs. Concordo que nome não faz seleção mas, sim, bola no pé. Só que... Quem se animará a assistir Japão x Coreia do Norte, por exemplo? Nem eu que sou fanática por moços de olhos puxados!
Ah sim... E só pra lembrar... CHUPA FÚRIA! Brasil voltou ao topo do ranking masculino da Fifa. Se o Brasil merece? Não sei... Mas que a Espanha tá longe de merecer... Ah tá!
Ok, somos brasileiros e daremos uma festa caso a Argentina fique de fora pelo simples fato de nós sermos brasileiros, eles serem argentinos e ponto final.
No entanto, dados os países que já estão classificados (África do Sul, Brasil, Gana, Holanda, Japão, Coreia do Sul, Coreia do Norte e Austrália), é possível imaginar grandes jogos durante a Copa? Er... Pois é... E olha que eu tentei muito!
Grandes chances de seleções de renome ficarem de fora. Outra seleção salva hoje pelo gongo foi Portugal que poderia ser eliminada por uma Hungria não tão tradicional assim. Isso mesmo, a seleção lusitana que se ampara no brilhantismo (!?) de Cristiano Ronaldo foi salva por um gol de cabeça de Pepe aos 9 minutos do segundo tempo.
Mais à noite, o futuro de Argentina e Uruguai será decidido. Uruguai com chances de disputar a repescagem as usual. Argentina, dadas as devidas combinações e alinhamentos astrais, poderá acabar o torneio classificatório em sexto lugar, ficando de fora da repescagem.
Aí eu me pego pensando nas seleções classificadas e na emoção de assistir a uma Copa do Mundo sem os bambambãs. Concordo que nome não faz seleção mas, sim, bola no pé. Só que... Quem se animará a assistir Japão x Coreia do Norte, por exemplo? Nem eu que sou fanática por moços de olhos puxados!
Ah sim... E só pra lembrar... CHUPA FÚRIA! Brasil voltou ao topo do ranking masculino da Fifa. Se o Brasil merece? Não sei... Mas que a Espanha tá longe de merecer... Ah tá!
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Rindo à toa
Atenção à imagem. O Fluminense está iluminando a Série B, firme e forte na lanterna do MAIOR CAMPEONATO DO MUNDO (tm qualquer canal de esporte), 24% de aproveitamento, precisando de umas 10 vitórias em 16 jogos para não pagar sua dívida para com a sociedade. Até aí OK.
O interessante mesmo é que com time tido como grande (sabe Deus por quem) nessa posição horrível, sempre começa crise, troca de técnico e de farpas pela imprensa. E isso tudo só melhora quando envolve o queridíssimo Renight. Pois que o maior brinquer* do Brasileirão anda por aí dizendo que o time do Fluminense não quer nada em campo e que não tem técnico que dê jeito. E vem dirigente falar abobrinha. E vem jogador se defender. E vai oposição criar mais conflito internamente. E nós todos ganhamos com o circo armado.
Seria uma coisa terrivel, fosse com meu time. Mas é o Fluminense. E ele deve algum tempo na segunda divisão do Brasileirão. E a gente espera que ele pague.
*Brinquer = piadista, engraçadinho
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Sugestão rápida
Já estamos na metade do Campeonato Brasileiro e tudo se desenha para mais um segundo turno entediante. Com isso em mente, gostaria de fazer uma sugestão ao Sr Ricardo Teixeira: por que, ao invés de mudar o calendário brasileiro, o senhor na utiliza a fórmula do Campeonato Carioca para a maior competição Nacional? Tem o melhor de dois mundos: a justiça nos pontos corridos e a alegria de jogos eliminatórios.
Amor,
L.
Amor,
L.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Ôôôôô, o Coelhão voltou
Clarice, nossa amiga sofre... digo torcedora do América-MG foi celebrar o acesso à 2ª Divisão do Campeonato Brasileiro e nos presenteou com o texto. Como ela está sem máquina, surrupiou as fotos do site Super Esportes. Vem comigo!
foram cinco anos do mais penoso sofrimento que pude testemunhar em toda a minha vida de americana. o rebaixamento para a série C, em 2004, acabou se mostrando apenas o começo de um longo pesadelo. não bastasse a queda em si, o desempenho do time aniquilava as esperanças da torcida de que aquilo fosse só uma breve fase ruim. campanhas tão vergonhosas que, em 2007, nem a classificação para a série C conseguimos, e ainda fomos rebaixados para o módulo II do estadual. fundo do poço. fora a assombração da recém criada série D, que mostrou que o poço sempre pode ser mais fundo. em 2008, o américa ficou com a última vaga para a série C seguinte, e se não foi aí o início da recuperação, vale ser citado pelo simbolismo do saco cheio: "peraí, série D também já é demais!"
2009 começou com o retorno à elite do mineiro. após uma pré-temporada farta em gols, as esperanças se renovaram. estreamos no mineirão lotado diante do rival atlético e não fizemos feio, o empate de zero a zero foi um resultado justo. não foi uma campanha brilhante – fomos eliminados nas quartas de final – mas nem de longe lembrávamos o time apático dos últimos anos. na impossibilidade de grandes contratações, jovens promissores dividiam o campo com veteranos como euller – o filho do vento! – irênio, evanilson e nosso capitão wellington paulo, todos profundamente ligados a um passado vitorioso do clube. só faltava mesmo um bom técnico para dar a ordem e a motivação nessessárias.
seguindo a direção dos bons ventos que começavam a soprar, um bom técnico foi o que tivemos! para disputar a série C, o américa trouxe ele, givanildo oliveira, o mesmo que nos levou à série A em 1997, o mestre, o maestro, o merecedor de nossas eternas homenagens e gratidões! com tempo para preparar o elenco, o professor givanildo presenteou nossa torcida com o bem mais precioso: a volta da esperança, a constatação de que a classificação era possível e merecida, dentro de campo, na raça, sem depender de combinações loucas ou regras indecifráveis. agora vai!!!
a primeira fase foi impecável. 100% de aproveitamento em casa e apenas duas derrotas, uma delas com o time já classificado e todo desfalcado. classificação antecipada com tanta folga que mesmo uma rodada sem jogar não era ameaça. o sonho estava se tornando realidade!
sabíamos que não seria fácil. nada é fácil para o américa. sabíamos que qualquer que fosse o adversário seria um confronto difícil e equilibrado, mas o brasil de pelotas ainda veio com o peso de uma tragédia na bagagem, e toda a comoção que decorre disso. não fossem eles nossos adversários diretos, provavelmente até eu torceria pelos gaúchos. mas guerra é guerra não há lugar para esses sentimentalismos...
assim começou nossa agoniada semana de 180 minutos (ou seriam nossos 180 minutos de agonia que duraram uma semana?). no domingo, dia 9, o jogo de ida lá em pelotas já deu a dimensão do sofrimento. um zero a zero chorado, numa partida impossível de ser qualificada como "de futebol" devido às condições precaríssimas do campo, e o sacrifício que é acompanhar um jogo desses apenas pelo rádio. há que se ter o coração forte! aliás, foi no mesmo instante – mais precisamente aos 32 minutos do segundo tempo, quando os xavantes erraram a cobrança do penal – que eu tive duas certezas: 1) do coração não morro mais e 2) nada mais nos tirava essa classificação!
a semana passou lentamente, mas o discurso era animador. nada de salto alto, temos que respeitar o adversário, o jogo só acaba quando termina, certo, tudo certo! a ameaça de não haver mais ingressos e a necessidade de ir comprar antecipado também ajudaram a ir preparando o nosso espírito para a agora feliz realidade: estamos voltando, o fantasma do "time pequeno" e dos subcampeonatos está ficando pra trás!
até que ontem bh amanheceu alviverde! bandeiras, camisas, buzinas e muita festa! coração acelerado, vesti a minha histórica camisa que foi usada pelo atacante zé carlos generoso na conquista do mineiro de 1971, me enrolei na não menos histórica bandeira autografada pelos jogadores campeões em 1993 e fui me juntar aos outros quase dez mil americanos no nosso gigante do horto, quase pequeno para tanta emoção! o estádio estava lindo, e a torcida não calava: ôôôôôôô, vamo subir, coelhooooooooo!!!
o jogo começou e com ele a contagem regressiva. o time estava bem, seguro, dominando as jogadas e sem deixar o adversário evoluir. mas não marcava, e zero a zero levava à disputa de pênaltis. mais aflição. só no finalzinho do primeiro tempo, naquela fase que a gente já começa é a querer que acabe logo, veio a redenção! o meia luciano, após receber um lançamento preciso, driblou o goleiro e – perdoem o chavão, mas é inevitável – só não entrou com bola e tudo porque teve humildade!
explode a massa alviverde! o coelhão ainda teve a chance de ampliar antes do fim do primeiro tempo, mas desperdiçou. palmas da torcida e um intervalo de pura expectativa, todos elétricos e encantados pelo golaço!
no início da segunda etapa, o balde água fria. numa falha boba da defesa, os visitantes empataram e assim pegaram para si nossa vantagem e nossa festa, mas não nossa esperança. foram os quinze minutos mais longos do ano. eu já disse que nada é fácil pro américa? a torcida esfriou, e quando cantava era de forma tímida, apreensiva. eu não conseguia ficar sentada e quase me agarrei à grade de tanto nervoso.
foi quando minha tia virou para minha vó (sim, a família toda na arquibancada!) e disse: "mãe, a senhora é que é a pé quente! vamos levantar agora e cantar!" e assim foi, e parece que era a senha para a reação! aos 23 minutos, numa cobrança de falta como só ele sabe fazer, irênio pôs a redonda nos pés do leandro ferreira, que só empurrou para a rede e partiu pro abraço! nova explosão da massa, pulos, abraços, gritos e lágrimas, tantos, tantos, que ainda comemorávamos quando bruno mineiro selou nosso destino com um gol ainda mais lindo que o primeiro. 3 x 1, e a festa não parou nos pouco mais de quinze minutos até o apito do juiz!
é por esse tipo de alegria que a gente percebe porque aguenta tanto sofrimento! quem torce com paixão sabe que vale a pena demais da conta, não tem como descrever a felicidade! e eu tenho certeza que, pelo menos ontem, deus era americano e, lá de cima, tava cantando com a gente:
http://www.youtube.com/watch?v=JOHkisIBcZY&NR=1
lar doce lar, aqui estou
independência, meu caldeirão
do coelho decacampeão!
vamos coelhô!
vamos vencer!
vou caminhar por toda vida com você!
vou repetir:
eu mando aqui!
quero a vitória e com a vitória eu vou sair!
coelhooooooooo!!!
foram cinco anos do mais penoso sofrimento que pude testemunhar em toda a minha vida de americana. o rebaixamento para a série C, em 2004, acabou se mostrando apenas o começo de um longo pesadelo. não bastasse a queda em si, o desempenho do time aniquilava as esperanças da torcida de que aquilo fosse só uma breve fase ruim. campanhas tão vergonhosas que, em 2007, nem a classificação para a série C conseguimos, e ainda fomos rebaixados para o módulo II do estadual. fundo do poço. fora a assombração da recém criada série D, que mostrou que o poço sempre pode ser mais fundo. em 2008, o américa ficou com a última vaga para a série C seguinte, e se não foi aí o início da recuperação, vale ser citado pelo simbolismo do saco cheio: "peraí, série D também já é demais!"
2009 começou com o retorno à elite do mineiro. após uma pré-temporada farta em gols, as esperanças se renovaram. estreamos no mineirão lotado diante do rival atlético e não fizemos feio, o empate de zero a zero foi um resultado justo. não foi uma campanha brilhante – fomos eliminados nas quartas de final – mas nem de longe lembrávamos o time apático dos últimos anos. na impossibilidade de grandes contratações, jovens promissores dividiam o campo com veteranos como euller – o filho do vento! – irênio, evanilson e nosso capitão wellington paulo, todos profundamente ligados a um passado vitorioso do clube. só faltava mesmo um bom técnico para dar a ordem e a motivação nessessárias.
seguindo a direção dos bons ventos que começavam a soprar, um bom técnico foi o que tivemos! para disputar a série C, o américa trouxe ele, givanildo oliveira, o mesmo que nos levou à série A em 1997, o mestre, o maestro, o merecedor de nossas eternas homenagens e gratidões! com tempo para preparar o elenco, o professor givanildo presenteou nossa torcida com o bem mais precioso: a volta da esperança, a constatação de que a classificação era possível e merecida, dentro de campo, na raça, sem depender de combinações loucas ou regras indecifráveis. agora vai!!!
a primeira fase foi impecável. 100% de aproveitamento em casa e apenas duas derrotas, uma delas com o time já classificado e todo desfalcado. classificação antecipada com tanta folga que mesmo uma rodada sem jogar não era ameaça. o sonho estava se tornando realidade!
sabíamos que não seria fácil. nada é fácil para o américa. sabíamos que qualquer que fosse o adversário seria um confronto difícil e equilibrado, mas o brasil de pelotas ainda veio com o peso de uma tragédia na bagagem, e toda a comoção que decorre disso. não fossem eles nossos adversários diretos, provavelmente até eu torceria pelos gaúchos. mas guerra é guerra não há lugar para esses sentimentalismos...
assim começou nossa agoniada semana de 180 minutos (ou seriam nossos 180 minutos de agonia que duraram uma semana?). no domingo, dia 9, o jogo de ida lá em pelotas já deu a dimensão do sofrimento. um zero a zero chorado, numa partida impossível de ser qualificada como "de futebol" devido às condições precaríssimas do campo, e o sacrifício que é acompanhar um jogo desses apenas pelo rádio. há que se ter o coração forte! aliás, foi no mesmo instante – mais precisamente aos 32 minutos do segundo tempo, quando os xavantes erraram a cobrança do penal – que eu tive duas certezas: 1) do coração não morro mais e 2) nada mais nos tirava essa classificação!
a semana passou lentamente, mas o discurso era animador. nada de salto alto, temos que respeitar o adversário, o jogo só acaba quando termina, certo, tudo certo! a ameaça de não haver mais ingressos e a necessidade de ir comprar antecipado também ajudaram a ir preparando o nosso espírito para a agora feliz realidade: estamos voltando, o fantasma do "time pequeno" e dos subcampeonatos está ficando pra trás!
até que ontem bh amanheceu alviverde! bandeiras, camisas, buzinas e muita festa! coração acelerado, vesti a minha histórica camisa que foi usada pelo atacante zé carlos generoso na conquista do mineiro de 1971, me enrolei na não menos histórica bandeira autografada pelos jogadores campeões em 1993 e fui me juntar aos outros quase dez mil americanos no nosso gigante do horto, quase pequeno para tanta emoção! o estádio estava lindo, e a torcida não calava: ôôôôôôô, vamo subir, coelhooooooooo!!!
o jogo começou e com ele a contagem regressiva. o time estava bem, seguro, dominando as jogadas e sem deixar o adversário evoluir. mas não marcava, e zero a zero levava à disputa de pênaltis. mais aflição. só no finalzinho do primeiro tempo, naquela fase que a gente já começa é a querer que acabe logo, veio a redenção! o meia luciano, após receber um lançamento preciso, driblou o goleiro e – perdoem o chavão, mas é inevitável – só não entrou com bola e tudo porque teve humildade!
explode a massa alviverde! o coelhão ainda teve a chance de ampliar antes do fim do primeiro tempo, mas desperdiçou. palmas da torcida e um intervalo de pura expectativa, todos elétricos e encantados pelo golaço!
no início da segunda etapa, o balde água fria. numa falha boba da defesa, os visitantes empataram e assim pegaram para si nossa vantagem e nossa festa, mas não nossa esperança. foram os quinze minutos mais longos do ano. eu já disse que nada é fácil pro américa? a torcida esfriou, e quando cantava era de forma tímida, apreensiva. eu não conseguia ficar sentada e quase me agarrei à grade de tanto nervoso.
foi quando minha tia virou para minha vó (sim, a família toda na arquibancada!) e disse: "mãe, a senhora é que é a pé quente! vamos levantar agora e cantar!" e assim foi, e parece que era a senha para a reação! aos 23 minutos, numa cobrança de falta como só ele sabe fazer, irênio pôs a redonda nos pés do leandro ferreira, que só empurrou para a rede e partiu pro abraço! nova explosão da massa, pulos, abraços, gritos e lágrimas, tantos, tantos, que ainda comemorávamos quando bruno mineiro selou nosso destino com um gol ainda mais lindo que o primeiro. 3 x 1, e a festa não parou nos pouco mais de quinze minutos até o apito do juiz!
é por esse tipo de alegria que a gente percebe porque aguenta tanto sofrimento! quem torce com paixão sabe que vale a pena demais da conta, não tem como descrever a felicidade! e eu tenho certeza que, pelo menos ontem, deus era americano e, lá de cima, tava cantando com a gente:
http://www.youtube.com/watch?v=JOHkisIBcZY&NR=1
lar doce lar, aqui estou
independência, meu caldeirão
do coelho decacampeão!
vamos coelhô!
vamos vencer!
vou caminhar por toda vida com você!
vou repetir:
eu mando aqui!
quero a vitória e com a vitória eu vou sair!
coelhooooooooo!!!
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Criando confilto
A pessoa acorda, cumpre suas funções matinais e vai ler de esportes. Pois que não deveria, já na abertura do site, encontra Ricardo Teixeira falando sobre adaptar o calendário brasileiro ao europeu. É pra perder a fome o resto do dia.
Você pode chegar e usar aqueles argumentos "bonitos" que usaram na matéria sobre a Copa do Brasil e janela do meio do ano. Daí eu te digo uma coisa só: será só mais fácil pra galera gringa comprar, afinal, com o mesmo período de janela, a turma de lá vai gastar bem menos com recisões e que tais, AFINAL, COMPETIÇÃO EM CURSO KDLA. Sem contar que esse calendário europeu visa férias no verão deles, nós aqui teríamos férias de futebol no inverno. E aí, amizade, teus finais de semana de junho e julho seriam VAZIOS de esporte.
Sinceramente, prefiro ficar sem futebol entre Dezembro e Janeiro, poque nao tem esporte, mas tem aquela praiana maneiríssima com a galera. Tem os churrascos. Tem o verão e a vida toda que ele traz com o sol, a disposição eas férias escolares. Na real, na real, isso não ajudará em nada o futebol brasileiro. E ainda por cima atrapalhará.
Você pode chegar e usar aqueles argumentos "bonitos" que usaram na matéria sobre a Copa do Brasil e janela do meio do ano. Daí eu te digo uma coisa só: será só mais fácil pra galera gringa comprar, afinal, com o mesmo período de janela, a turma de lá vai gastar bem menos com recisões e que tais, AFINAL, COMPETIÇÃO EM CURSO KDLA. Sem contar que esse calendário europeu visa férias no verão deles, nós aqui teríamos férias de futebol no inverno. E aí, amizade, teus finais de semana de junho e julho seriam VAZIOS de esporte.
Sinceramente, prefiro ficar sem futebol entre Dezembro e Janeiro, poque nao tem esporte, mas tem aquela praiana maneiríssima com a galera. Tem os churrascos. Tem o verão e a vida toda que ele traz com o sol, a disposição eas férias escolares. Na real, na real, isso não ajudará em nada o futebol brasileiro. E ainda por cima atrapalhará.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
Piadinha oportunista
Além da paixão e do fanatismo tão bem citados no post anterior da Lila não podemos esquecer que o futebol também é feito da rivalidade. Rivalidade que só existe por que é alimentada pela paixão das torcidas adversárias. Ai tô chovendo no molhado, eu sei, mas é que eu não podia perder a oportunidade de divulgar esse vídeo.
Como se trata de uma piada oportunista vamos lá, porque amanhã tudo pode ser diferente. Ou não.
Como se trata de uma piada oportunista vamos lá, porque amanhã tudo pode ser diferente. Ou não.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Paixão x Fanatismo
Quem nos vê aqui falando de futebol tende a crer que somos um bando de fanáticas loucas. Uma grande mentira. Somos apaixonadas. Tem um texto de uma colabora que tenta explicar como podemos colocar um clube acima de paixões maiores como família, mas não sei se ainda tratei do assunto como gostaria. Por isso, as mal digitadas linhas a seguir. E falam apenas e exclusivamente de mim; da minha vida de apaixonada e aquelas coisas que soam até meio ébrias.
Gostar de futebol nunca foi algo que pudesse escolher. Não lembro de uma época da minha vida em que o futebol estivesse ausente. Oras, na casa pra onde fui onde nasci tinha meu avô: um flamenguista fervoroso que não perdia qualquer jogo do Flamengo ou do Brasil. Na casa de meus outros avós, a situação não era lá diferente: os dois completamente transtornados: ele americano, ela tricolor. Meus fins de semana sempre foram passados próximos a um rádio de pilha, escutando alguma transmissão. Diz a lenda familiar, que do alto dos meus 2 anos acompanhei, em 82, minha primeira Copa do Mundo. Comemorando os gols do Brasil feito gente grande.
Conforme o tempo passou e perdi uma das minhas grandes paixões: o avô americano. E veio a facilidade de cair de amores pelo Flamengo desde que tenho idade pra me lembrar. O futebol possibilitou isso, me mostrou que existe algo muito maior do que nós mesmos nesse mundo. O que jamais perecerá. Aquilo que nos mudará o humor como uma nova paixão arreebatadora, como uma perda na família. É um mundo novo e que te toma de assalto, te leva ao topo do universo e ao fundo do poço.
Não digo que dê sentido à vida, mas abre um leque imenso de possibilidades novas e, quando você se dá conta, está lá, craque da matemática, combinando resultados. Ás da vidência predizendo resultados. Um tremendo ressentido torcendo pela derrota do próximo. Tal e qual acontece quando amamos alguém de verdade: namorado, irmão, pai, filho.
Pelas braços do esporte bretão, me veio o Flamengo. Minha primeira paixão. E tal toda paixão, me decepciona, me alegra, enfim, me surpreende para o bem e para o mal. Mas não me falta. Quando tudo mais está ruim, o Flamengo vai lá, enfia uma goleada - ou ganha apertadinho - e parece que não tem mais nada de errado no meu mundo. É como encontrar o ser amado depois daquele dia em que tudo deu errado e o teu amor te sorri e te abraça e tudo fica longe. Assim são as vitórias do meu time pra mim. E suas glórias são como aqueles momentos bons de um relacionamento que a gente lembra pra sempre. E as vergonhas? Essas são aquelas brigas que esquecemos, porque assim são os amores: imperfeitamente perfeitos.
Morreríamos por nossos clubes da mesma maneira que daríamos a vida por um ente querido. Mas, da mesma forma que não criticamos os amores alheios, não transformamos os "outros" em inimigos mortais. Respeitamos a paixão deles como queremos que a nossa seja também digna de respeito e, por que não, admiração.
Somos apaixonadas e nossos clubes nos bastam. Eles estão acima de qualquer coisa que jamais entenderemos. Pois assim são as nossas maiores paixões: incompreesíveis e deliciosas. Cada uma à sua maneira.
Gostar de futebol nunca foi algo que pudesse escolher. Não lembro de uma época da minha vida em que o futebol estivesse ausente. Oras, na casa pra onde fui onde nasci tinha meu avô: um flamenguista fervoroso que não perdia qualquer jogo do Flamengo ou do Brasil. Na casa de meus outros avós, a situação não era lá diferente: os dois completamente transtornados: ele americano, ela tricolor. Meus fins de semana sempre foram passados próximos a um rádio de pilha, escutando alguma transmissão. Diz a lenda familiar, que do alto dos meus 2 anos acompanhei, em 82, minha primeira Copa do Mundo. Comemorando os gols do Brasil feito gente grande.
Conforme o tempo passou e perdi uma das minhas grandes paixões: o avô americano. E veio a facilidade de cair de amores pelo Flamengo desde que tenho idade pra me lembrar. O futebol possibilitou isso, me mostrou que existe algo muito maior do que nós mesmos nesse mundo. O que jamais perecerá. Aquilo que nos mudará o humor como uma nova paixão arreebatadora, como uma perda na família. É um mundo novo e que te toma de assalto, te leva ao topo do universo e ao fundo do poço.
Não digo que dê sentido à vida, mas abre um leque imenso de possibilidades novas e, quando você se dá conta, está lá, craque da matemática, combinando resultados. Ás da vidência predizendo resultados. Um tremendo ressentido torcendo pela derrota do próximo. Tal e qual acontece quando amamos alguém de verdade: namorado, irmão, pai, filho.
Pelas braços do esporte bretão, me veio o Flamengo. Minha primeira paixão. E tal toda paixão, me decepciona, me alegra, enfim, me surpreende para o bem e para o mal. Mas não me falta. Quando tudo mais está ruim, o Flamengo vai lá, enfia uma goleada - ou ganha apertadinho - e parece que não tem mais nada de errado no meu mundo. É como encontrar o ser amado depois daquele dia em que tudo deu errado e o teu amor te sorri e te abraça e tudo fica longe. Assim são as vitórias do meu time pra mim. E suas glórias são como aqueles momentos bons de um relacionamento que a gente lembra pra sempre. E as vergonhas? Essas são aquelas brigas que esquecemos, porque assim são os amores: imperfeitamente perfeitos.
Morreríamos por nossos clubes da mesma maneira que daríamos a vida por um ente querido. Mas, da mesma forma que não criticamos os amores alheios, não transformamos os "outros" em inimigos mortais. Respeitamos a paixão deles como queremos que a nossa seja também digna de respeito e, por que não, admiração.
Somos apaixonadas e nossos clubes nos bastam. Eles estão acima de qualquer coisa que jamais entenderemos. Pois assim são as nossas maiores paixões: incompreesíveis e deliciosas. Cada uma à sua maneira.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Pensando à frente
Vocês não sabem, mas tou naquela época em que to desistindo do Flamengo (época essa conhecida como todo pós-jogo de vergonha indescrítivel). Junto a isso, tem um amigo são-paulino que, em prol do bairrismo interioriano, decidiu abdicar do SPFC esse ano e vive me perturbando. O projeto dele é Barueri na Libertadores.
Depois do jogo de hoje, realmente acredito que o time até tenha qualquer chance de permanecer entre os primeiros colocados no Brasileirão desse ano. Não tinha acompanhado nenhum jogo deles até a noite de hoje e, olhem, é um time chato, bem arrumadinho e tem um sujeito que se amarra em romper cidadelas adversárias. Não sei que jogos vocês acompanham, mas na semana passada, só ouvi gol do tal Val Baiano. Continuando assim, vai longe.
O problema mesmo é que o Barueri tem cara, jeito e cheiro de time-empresa. E nós sabemos bem como é a trajetória de times-empresa: eles aparecem, incomodam e somem por anos,a té que alguém invista e eles voltem ao início do ciclo.
Na real, na real, só queria mesmo dizer que, de acordo com esse amigo, o Barueri é Carapicuíba na Libertadores. E de Carapicuíba, eu gosto.
Depois do jogo de hoje, realmente acredito que o time até tenha qualquer chance de permanecer entre os primeiros colocados no Brasileirão desse ano. Não tinha acompanhado nenhum jogo deles até a noite de hoje e, olhem, é um time chato, bem arrumadinho e tem um sujeito que se amarra em romper cidadelas adversárias. Não sei que jogos vocês acompanham, mas na semana passada, só ouvi gol do tal Val Baiano. Continuando assim, vai longe.
O problema mesmo é que o Barueri tem cara, jeito e cheiro de time-empresa. E nós sabemos bem como é a trajetória de times-empresa: eles aparecem, incomodam e somem por anos,a té que alguém invista e eles voltem ao início do ciclo.
Na real, na real, só queria mesmo dizer que, de acordo com esse amigo, o Barueri é Carapicuíba na Libertadores. E de Carapicuíba, eu gosto.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Era uma vez
Era 1994. Eu tinha 16 anos. Segundo ano do segundo grau. Era apaixonada pelo meu vizinho desde os 13 (rararara). Ia na matinê do Mello Tênis Clube. Gostava de futebol, mas já tinha desistido de torcer pra qualquer clube do Rio. Sobrou a seleção. Aquela que eu sempre vi naufragar, desde a remota lembrança da tristeza do meu pai em 82, até os tocos mais vívidos, em 86 contra a França e 90 contra Argentina.
Nessa copa, eu tinha uma amiga, que era minha vizinha na rua. Éramos xarás. Não lembro bem como ficamos amigas, mas combinamos de assistir todos os jogos juntas. Revezávamos uma na casa da outra a cada jogo. O esquema era: uma traz a pipoca e a outra o suco de maracujá. Sim, senhoras e senhores: SUCO DE MARACUJÁ. Eu já fui uma pessoa que não tomava cerveja e não tinha dinheiro pra comprar coca-cola. Suco de Maracujá era opção mais válida além de ajudar a controlar todo nosso desespero a cada partida. E essa copa foi linda, teve LEONARDO, teve RAÍ *suspiros*
Assistir os jogos na casa dela era engraçado, era uma casa de quintal enorme com uma mangueira gigante na frente, um cachorro vira-latas mau humorado chamado Barão. Uma mãe portuguesa que era TRICOLOR fervorosa, e que se ajoelhou no chão e agradeceu a Deus pelo gol do Branco que salvou a gente no jogo contra a Holanda.
Tava tudo muito bom, o Brasil chegou na final. Era domingo. Dia 17 de Julho. Aniversário da minha mãe. Segundo o revezamento, era pra eu ver a final na casa da minha amiga, mas EU NÃO PODIA. Era aniversário da minha mãe e meus avós iriam lá em casa pra isso, não pra ver o jogo. Seu Arthur, meu falecido avô, odiava futebol, e não satisfeito, gostava de secar. E ficava torcendo pra Italia. E falava um monte de abobrinhas, e eu, puta da vida.
Resolvi me trancar no quarto pra ver o jogo sozinha e sofrer no meu cantinho. Eu, minha pipoca, meu suco de maracujá. Nada de gol, e o tempo passava e ia pra prorrogação. Mais desespero e nada de gols. Aí foi pros pênaltis e eu pensei AGORA FUDEU.
Aí entra meu pai, um cara super tranquilo 24/7, no meu quarto, puto da vida com Seu Arthur, que não parava de secar o Brasil e diz que vai terminar de ver o jogo comigo porque "tá foda lá na sala".
E o resto da história, vcs já sabem. O Baggio chutou pra torcida e deu o título pra gente, aquele que toda a minha geração ainda não tinha visto. Aquela sensação que só nossos pais até então tinham sentido. Eu saí gritando pro meu avô que não adiantou secar e desci. Fui pra rua encontrar minha amiga, que não viu os pênaltis porque tava ajoelhada no terraço da casa dela cantando "na torcida são milhoes de treinadores" (tipo, OI NÉ? HAHAHAHAH). Eu também vi meu vizinho quando desci, mas era muito monga pra se aproveitar do calor da situação.
Voltando pra casa eu peguei uma pilot e desenhei na porta do meu armário vários bonequinhos representando todos os jogadores do escrete, várias paradas escritas sobre, nenhum registro fotográfico (a falta que fazia uma câmera digital). No fantástico daquela noite, falava-se sobre Romário, que foi criado no bairro "pobre e humilde da Vila da Penha" - MENTIRA, ERA CORDOVIL, CARALHO. Mas estávamos todos felizes e comemorando pelas ruas que, teoricamente foram onde Romário se criou.
A amiga eu nunca mais vi, o vizinho eu nunca cheguei a pegar, o armário foi vendido, e meus avós se foram pouco depois da copa seguinte. :(
Nessa copa, eu tinha uma amiga, que era minha vizinha na rua. Éramos xarás. Não lembro bem como ficamos amigas, mas combinamos de assistir todos os jogos juntas. Revezávamos uma na casa da outra a cada jogo. O esquema era: uma traz a pipoca e a outra o suco de maracujá. Sim, senhoras e senhores: SUCO DE MARACUJÁ. Eu já fui uma pessoa que não tomava cerveja e não tinha dinheiro pra comprar coca-cola. Suco de Maracujá era opção mais válida além de ajudar a controlar todo nosso desespero a cada partida. E essa copa foi linda, teve LEONARDO, teve RAÍ *suspiros*
Assistir os jogos na casa dela era engraçado, era uma casa de quintal enorme com uma mangueira gigante na frente, um cachorro vira-latas mau humorado chamado Barão. Uma mãe portuguesa que era TRICOLOR fervorosa, e que se ajoelhou no chão e agradeceu a Deus pelo gol do Branco que salvou a gente no jogo contra a Holanda.
Tava tudo muito bom, o Brasil chegou na final. Era domingo. Dia 17 de Julho. Aniversário da minha mãe. Segundo o revezamento, era pra eu ver a final na casa da minha amiga, mas EU NÃO PODIA. Era aniversário da minha mãe e meus avós iriam lá em casa pra isso, não pra ver o jogo. Seu Arthur, meu falecido avô, odiava futebol, e não satisfeito, gostava de secar. E ficava torcendo pra Italia. E falava um monte de abobrinhas, e eu, puta da vida.
Resolvi me trancar no quarto pra ver o jogo sozinha e sofrer no meu cantinho. Eu, minha pipoca, meu suco de maracujá. Nada de gol, e o tempo passava e ia pra prorrogação. Mais desespero e nada de gols. Aí foi pros pênaltis e eu pensei AGORA FUDEU.
Aí entra meu pai, um cara super tranquilo 24/7, no meu quarto, puto da vida com Seu Arthur, que não parava de secar o Brasil e diz que vai terminar de ver o jogo comigo porque "tá foda lá na sala".
E o resto da história, vcs já sabem. O Baggio chutou pra torcida e deu o título pra gente, aquele que toda a minha geração ainda não tinha visto. Aquela sensação que só nossos pais até então tinham sentido. Eu saí gritando pro meu avô que não adiantou secar e desci. Fui pra rua encontrar minha amiga, que não viu os pênaltis porque tava ajoelhada no terraço da casa dela cantando "na torcida são milhoes de treinadores" (tipo, OI NÉ? HAHAHAHAH). Eu também vi meu vizinho quando desci, mas era muito monga pra se aproveitar do calor da situação.
Voltando pra casa eu peguei uma pilot e desenhei na porta do meu armário vários bonequinhos representando todos os jogadores do escrete, várias paradas escritas sobre, nenhum registro fotográfico (a falta que fazia uma câmera digital). No fantástico daquela noite, falava-se sobre Romário, que foi criado no bairro "pobre e humilde da Vila da Penha" - MENTIRA, ERA CORDOVIL, CARALHO. Mas estávamos todos felizes e comemorando pelas ruas que, teoricamente foram onde Romário se criou.
A amiga eu nunca mais vi, o vizinho eu nunca cheguei a pegar, o armário foi vendido, e meus avós se foram pouco depois da copa seguinte. :(
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Corrigindo erros
Vocês não sabem, mas até o último sábado, só conhecia o Maracanão de estádio aqui no Rio. Aos poucos, vamos corrigindo essa palhaçada minha, começando com a casa do rivalzão: a Colina.
Sentando que lá vem a história, decidimos fazer uma excursão a Sanjanu, durante um jogo do Brasileirinho, afinal, muito mais tranquilo, bastava escolher o adversário. Consultando tabela, Vasco x Ponte Preta seria um jogo interessantíssimo, uniformes parecidos e adversário de longe o suficiente pra não incomodar muito. Decidido, espalhamos a palavra e acertamos os detalhes.
Chegamos lá, Xianey e eu, com outros amigos, restava achar Andrea e Joaka. Enquanto não achamos, rolou uma gracinha de ficar tirando fotos do lado de fora, aproveitando a "escolta" de um amigo que conhece todo mundo pelas bandas de São Januário.
O estádio é bem legal por dentro, arquibancadas super perto do campo. Os degraus podiam ser um pouco mais altos, afinal, tem aquele momento do descanso das perninhas e, com a altura do degrau, a interação é um pouquinho maior do que a gente desejaria. Os banheiros são um absurdo, mas é estádio e tendo banheiro já tá super bom, combinemos.
Aliás, Caldeirão define bem Sanjanu. E um Caldeirão altamente charmoso.
Fiquem com as fotos.
Olha, vou torcer pro Vasco comendo esfiha!
Pertinho, ó!
Baile português
As menines tudo!
Era pra aparecer a estátua do Romario, mas zoom fail.
Sofre, padeira.
Fim de jogo, Shrek, nós outras, um menino que veio me dizer que sou a cara da irmã dele e uns Roberts. Valeo, Sanjanu.
Sentando que lá vem a história, decidimos fazer uma excursão a Sanjanu, durante um jogo do Brasileirinho, afinal, muito mais tranquilo, bastava escolher o adversário. Consultando tabela, Vasco x Ponte Preta seria um jogo interessantíssimo, uniformes parecidos e adversário de longe o suficiente pra não incomodar muito. Decidido, espalhamos a palavra e acertamos os detalhes.
Chegamos lá, Xianey e eu, com outros amigos, restava achar Andrea e Joaka. Enquanto não achamos, rolou uma gracinha de ficar tirando fotos do lado de fora, aproveitando a "escolta" de um amigo que conhece todo mundo pelas bandas de São Januário.
O estádio é bem legal por dentro, arquibancadas super perto do campo. Os degraus podiam ser um pouco mais altos, afinal, tem aquele momento do descanso das perninhas e, com a altura do degrau, a interação é um pouquinho maior do que a gente desejaria. Os banheiros são um absurdo, mas é estádio e tendo banheiro já tá super bom, combinemos.
Aliás, Caldeirão define bem Sanjanu. E um Caldeirão altamente charmoso.
Fiquem com as fotos.
Olha, vou torcer pro Vasco comendo esfiha!
Pertinho, ó!
Baile português
As menines tudo!
Era pra aparecer a estátua do Romario, mas zoom fail.
Sofre, padeira.
Fim de jogo, Shrek, nós outras, um menino que veio me dizer que sou a cara da irmã dele e uns Roberts. Valeo, Sanjanu.
Play it off, Keyboard Cat
Keyboard cat endossa o terceiro fracasso brasileiro consecutivo na Liberators
Seguindo a linha clichê básica do futebol de que "quem não faz, leva", o Cruzeiro caiu aos pés do Estudiantes diante de 70 mil torcedores que davam como certa a ida pra Dubai (pfffff).
Ano passado o Fluminense foi mais raçudo na final. Perdeu pela maldição dos pênaltis, a secada geral (inclusive minha) e o castigo divino que recaiu sob Renight que sempre teve a língua maior que a boca e pagou pelas merdas que disse.
Neste ano, o Cruzeiro foi às finais e manteve pelo terceiro ano consecutivo o fail brasileiro no torneio. Quando abriu o placar no segundo tempo, resolveu respirar e esqueceu que ainda tinha mais meia hora de jogo pra ganhar. Tomou gol. Desesperou, tomou mais um. Deus era argentino ontem (ou torcedor do galo, heh) e não quis um empate e a bola foi pra trave. Desesperou mais e aí adiós Dubai.
Mais uma vez os argentinos deixam a importante lição que é importante ter sangue frio pra virar e ganhar, principalmente se for na casa dos outros. Todo o mérito e parabéns pro Estudiantes que não só marcou, como anulou as tentativas de jogo cruzeirenses.
Lances sérios à parte, é bom demais ver as marias perdendo. em casa. rá.
Se eles vão se dar bem contra o Barça, aí veremos.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
1119 Km e uma vaga na Libertadores de 2010
A maratona tinha começado no dia do sorteio da ordem dos jogos finais da Copa do Brasil. O primeiro em São Paulo e o segundo em Porto Alegre. Num intervalo de 2 dias, já tinha recuperado a senha do programa de fidelidade daquela companhia aérea e resgatado pontinhos em promoção para 3 kits de ida e volta. Estava decidido: Beira-Rio... Estaríamos lá.
O primeiro jogo no Pacaembu terminou com o lindo placar de 2 a favor e, mais importante ainda, rosca contra.
2.000 ingressos corinthianos distribuídos da seguinte forma: 1.450 para Timão Tur + familiares + conhecidos + trutas + etcéteras todos, 50 para Fiel Torcedores e 500 para todas as organizadas (Gaviões da Fiel (sede e todas as subsedes), Estopim, Camisa 12, Rua São Jorge, Coringão Chopp, Pavilhão 9 e tantas outras quebradas). Na hora de decidir como seriam disponibilizados os ingressos, a decisão: Gavião só teria ingresso se encarasse a caravana, nada de avião ou conforto. Depois de hooooooras de fila, o papelzinho que dava direito ao ônibus e ao sonhado ingresso.
Foi assim que começou a jornada dos ônibus dos Gaviões da Fiel rumo a Porto Alegre. Mil, cento e dezenove quilômetros separavam torcida e estádio. E lá fomos nós!
Posso dizer que jamais havia me imaginado numa jornada tão longa dentro de um ônibus para acompanhar o meu Todo Poderoso. Mas foi fantástico!
Depois de horas de viagem, uma pequena pausa em Criciúma para juntar outros ônibus, afinal uns ficaram pra trás, outros seguiram, um quebrou...
Escolta policial até o restaurante em que almoçamos vigiados por guardas e armas de grosso calibre. Mais uma vez, a paixão movia as pessoas e nem sombra de pensamento em desistir de tudo aquilo.
Mais um monte de horas e estávamos na fronteira do Rio Grande do Sul. Hora de parar de novo e esperar a Camisa 12 e outros ônibus.
Passamos por algumas cidadelas e, numa delas, um moço fez o V da vitória com as duas mãos. Num ato favela roots, abri a janela e gritei DOIS A DOIS É NOSSO, TROUXA! Não poderia ter premeditado taaaaaaaanto o que seria o jogo.
Por volta das 20h, a Rádio Guaíba já anunciava a nossa chegada. Estávamos a menos de 50km do Beira-Rio. A parcialidade do locutor irritava a todos, mas a amizade continuava a mesma, né? E as musiquetas, a ansiedade e o tremor gritavam.
Revista das mochilas, dos ônibus, das nossas almas. Hora de pegarmos os ingressos e entrarmos no estádio. Cada um pegou seu ingresso depois de alguma confusão e a entrada feita no meio de um parque foi uma coisa horrenda. Lama até a canela, mas era pelo Todo Poderoso.
Outra revista, um pisão de cavalo e, 24 horas depois, estávamos lá!
48.000 colorados faziam uma festa linda. Não tão linda quanto a festa desenhada pela cabeça de Jorge Henrique e pelos pés de André Santos. Quanto o placar mostrava 2 a 0 para o Timãoêô, nem a Fiel podia acreditar, quiçá os colorados.
Uma confusão idiota criada por D'Alessandro quase arranhou a festa. Mas não foi assim. A festa foi em preto e branco. Festa dupla, inclusive. Corinthians Tricampeão da Copa do Brasil e aniversário de 40 anos dos Gaviões da Fiel. Tudo ali, ao mesmo tempo. Era impossível conter o choro. De alegria, diga-se de passagem. Todo o esforço tinha valido a pena. O grito entalado há um ano na garganta quando ficamos apenas no quase, por culpa daquele maldito 3 a 1 no Morumbi e do 2 a 0 em Pernambuco, finalmente foi ouvido. Saiu alto e em bom tom.
Finamente acompanhada pelo Vini, um dos 50 rabudos que ganharam o ingresso do Fiel Torcedor
A vaga garantida na Libertadores do ano do centenário e a taça da Copa do Brasil foram suficientes para trazer tranquilidade para fazer um turismo, ainda que rápido, pela Porto Alegre tão bacana e acolhedora. O tempo de permanência foi curto mas suficiente para ver as gargalhadas tricolores se transformarem em lágrimas tais quais as coloradas, após o mesmíssimo placar de 2x2 frente ao Cruzeiro, ali no Olímpico. A consequência disso? A socialização com os torcedores do Cruzeiro no aeroporto no dia seguinte.
Quem se deu bem em Porto Alegre
E, de quebra, ainda ganhamos um encontro com um dos nomes de maior destaque na seleção brasileira vencedora da Copa das Confederações: Ramires.
O primeiro jogo no Pacaembu terminou com o lindo placar de 2 a favor e, mais importante ainda, rosca contra.
2.000 ingressos corinthianos distribuídos da seguinte forma: 1.450 para Timão Tur + familiares + conhecidos + trutas + etcéteras todos, 50 para Fiel Torcedores e 500 para todas as organizadas (Gaviões da Fiel (sede e todas as subsedes), Estopim, Camisa 12, Rua São Jorge, Coringão Chopp, Pavilhão 9 e tantas outras quebradas). Na hora de decidir como seriam disponibilizados os ingressos, a decisão: Gavião só teria ingresso se encarasse a caravana, nada de avião ou conforto. Depois de hooooooras de fila, o papelzinho que dava direito ao ônibus e ao sonhado ingresso.
Foi assim que começou a jornada dos ônibus dos Gaviões da Fiel rumo a Porto Alegre. Mil, cento e dezenove quilômetros separavam torcida e estádio. E lá fomos nós!
Posso dizer que jamais havia me imaginado numa jornada tão longa dentro de um ônibus para acompanhar o meu Todo Poderoso. Mas foi fantástico!
Depois de horas de viagem, uma pequena pausa em Criciúma para juntar outros ônibus, afinal uns ficaram pra trás, outros seguiram, um quebrou...
Escolta policial até o restaurante em que almoçamos vigiados por guardas e armas de grosso calibre. Mais uma vez, a paixão movia as pessoas e nem sombra de pensamento em desistir de tudo aquilo.
Mais um monte de horas e estávamos na fronteira do Rio Grande do Sul. Hora de parar de novo e esperar a Camisa 12 e outros ônibus.
Passamos por algumas cidadelas e, numa delas, um moço fez o V da vitória com as duas mãos. Num ato favela roots, abri a janela e gritei DOIS A DOIS É NOSSO, TROUXA! Não poderia ter premeditado taaaaaaaanto o que seria o jogo.
Por volta das 20h, a Rádio Guaíba já anunciava a nossa chegada. Estávamos a menos de 50km do Beira-Rio. A parcialidade do locutor irritava a todos, mas a amizade continuava a mesma, né? E as musiquetas, a ansiedade e o tremor gritavam.
Revista das mochilas, dos ônibus, das nossas almas. Hora de pegarmos os ingressos e entrarmos no estádio. Cada um pegou seu ingresso depois de alguma confusão e a entrada feita no meio de um parque foi uma coisa horrenda. Lama até a canela, mas era pelo Todo Poderoso.
Outra revista, um pisão de cavalo e, 24 horas depois, estávamos lá!
48.000 colorados faziam uma festa linda. Não tão linda quanto a festa desenhada pela cabeça de Jorge Henrique e pelos pés de André Santos. Quanto o placar mostrava 2 a 0 para o Timãoêô, nem a Fiel podia acreditar, quiçá os colorados.
Uma confusão idiota criada por D'Alessandro quase arranhou a festa. Mas não foi assim. A festa foi em preto e branco. Festa dupla, inclusive. Corinthians Tricampeão da Copa do Brasil e aniversário de 40 anos dos Gaviões da Fiel. Tudo ali, ao mesmo tempo. Era impossível conter o choro. De alegria, diga-se de passagem. Todo o esforço tinha valido a pena. O grito entalado há um ano na garganta quando ficamos apenas no quase, por culpa daquele maldito 3 a 1 no Morumbi e do 2 a 0 em Pernambuco, finalmente foi ouvido. Saiu alto e em bom tom.
A vaga garantida na Libertadores do ano do centenário e a taça da Copa do Brasil foram suficientes para trazer tranquilidade para fazer um turismo, ainda que rápido, pela Porto Alegre tão bacana e acolhedora. O tempo de permanência foi curto mas suficiente para ver as gargalhadas tricolores se transformarem em lágrimas tais quais as coloradas, após o mesmíssimo placar de 2x2 frente ao Cruzeiro, ali no Olímpico. A consequência disso? A socialização com os torcedores do Cruzeiro no aeroporto no dia seguinte.
E, de quebra, ainda ganhamos um encontro com um dos nomes de maior destaque na seleção brasileira vencedora da Copa das Confederações: Ramires.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
SUDERJ INFORMA: Sai Nike, entra Olympikus
Hoje o Flamengo apresentou o novo fornecedor de material esportivo e afins, a Olympikus. Sabíamos todos disso desde o ano passado, mas o departamento jurídico da Gávea não existe e só agora se pode fazer a parceria oficialmente. As cifras são enormes até mesmo na pré-venda, de acordo com informações do clube, 214 mil camisas já têm donos.
Agora vamos àquela parte que eu adoro quando é no time dos outros: o uniforme mesmo. Não fosse o detalhe da gola, a camisa seria lindona. Mas existe esse detalhe que enfeia o Manto e realmente prende o olhar do vivente numa tentativa bobinha de entender o que está de passando ali. Tem um cabide? Era pra ser uma camisa de manga única e alguém avisou que não pode isso no futebol, levando a um remendo? É falta de noção? É senso estético distorcido? Só Deus e o designer sabem. Já eu tou apostando nas duas últimas.
De acordo com Marketing rubro negro, a linha de camisas que vem por aí é interessante. E eles quase se importaram de verdade com as torcedoras, fugindo um pouco do periguétchi-style que permeia o futebol para mulheres. Ainda pode melhoras, mas só de já ter incluído 3 peças diferentes e esclusiva para moças, mostra algum potencial. Se você tem algum conhecido influente na fornecedora, mostra o site do Grêmio pra eles verem como agradar a mulherada torcedora.
As fotos do novo Manto, você pode conferir aqui
UPDATE: aqui você encontra sugestões ótimas de uniforme novo, num texto que achei procedente sobre a nova parceria. Dinheiro é bom, mas não mexam com as tradições, rapaziadas olympikas.
Agora vamos àquela parte que eu adoro quando é no time dos outros: o uniforme mesmo. Não fosse o detalhe da gola, a camisa seria lindona. Mas existe esse detalhe que enfeia o Manto e realmente prende o olhar do vivente numa tentativa bobinha de entender o que está de passando ali. Tem um cabide? Era pra ser uma camisa de manga única e alguém avisou que não pode isso no futebol, levando a um remendo? É falta de noção? É senso estético distorcido? Só Deus e o designer sabem. Já eu tou apostando nas duas últimas.
De acordo com Marketing rubro negro, a linha de camisas que vem por aí é interessante. E eles quase se importaram de verdade com as torcedoras, fugindo um pouco do periguétchi-style que permeia o futebol para mulheres. Ainda pode melhoras, mas só de já ter incluído 3 peças diferentes e esclusiva para moças, mostra algum potencial. Se você tem algum conhecido influente na fornecedora, mostra o site do Grêmio pra eles verem como agradar a mulherada torcedora.
As fotos do novo Manto, você pode conferir aqui
UPDATE: aqui você encontra sugestões ótimas de uniforme novo, num texto que achei procedente sobre a nova parceria. Dinheiro é bom, mas não mexam com as tradições, rapaziadas olympikas.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Liberators, semifinal Parte I
Cruzeiro e Grêmio foram a campo ontem jogar a primeira partida da semi-final da maior competição do continente. Nada além do esperado, Cruzeiro peleando pelo resultado e Grêmio jogando nos contra-ataques.
Jogo bom que deu aos mineiros uma interessante vantagem para a volta no Olímpico. Mas pontuado por dois fastos curiosos. Primeiro o árbitro da partida sofreu alguma distensão muscular e precisou ser substituído. Sério, ponto alto do jogo, na minha humilde opinião. O segundo fato não foi tão legal; aliás, foi nada legal. Parece que houve uma confusão entre Elicarlos e Maxi Lopez que culminou em xingamentos altamente racistas.
Uma pena, porque o jogo de volta prometia algo de sensacional e agora ficará nesse climinha bélico completamente desnecessário. Enfim, aguardemos e torçamos para que as equipes respeitem-se dentro de campo e posssamos ter um jogação na próxima quinta.
Jogo bom que deu aos mineiros uma interessante vantagem para a volta no Olímpico. Mas pontuado por dois fastos curiosos. Primeiro o árbitro da partida sofreu alguma distensão muscular e precisou ser substituído. Sério, ponto alto do jogo, na minha humilde opinião. O segundo fato não foi tão legal; aliás, foi nada legal. Parece que houve uma confusão entre Elicarlos e Maxi Lopez que culminou em xingamentos altamente racistas.
Uma pena, porque o jogo de volta prometia algo de sensacional e agora ficará nesse climinha bélico completamente desnecessário. Enfim, aguardemos e torçamos para que as equipes respeitem-se dentro de campo e posssamos ter um jogação na próxima quinta.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Guia ilustrado de razões para assistir à Série C
Os deuses do futebol estão sorrindo para as moçoilas apreciadoras do centenário Ludopédio e o programa vespertino de esportes de hoje nos brindou com um cidadão para uns 300 talheres.
Fabiano Borges, goleiro do Marília e coisa linda de Zizú, além de praticar o esporte bretão na mais ingrata das posições, já deu o ar da graça - ai, braziu, e que graça, viram - em trajes sumários numa revista dirigida ao público gay. Só de chuteiras, meias e luvas, o moço fotografou pro ensaio, e se você achar as fotos, é só encaminhar pro e-mail, que agradecemos.
O vídeo da matéria você vê aqui. A foto veio daqui.
Fabiano Borges, goleiro do Marília e coisa linda de Zizú, além de praticar o esporte bretão na mais ingrata das posições, já deu o ar da graça - ai, braziu, e que graça, viram - em trajes sumários numa revista dirigida ao público gay. Só de chuteiras, meias e luvas, o moço fotografou pro ensaio, e se você achar as fotos, é só encaminhar pro e-mail, que agradecemos.
O vídeo da matéria você vê aqui. A foto veio daqui.
terça-feira, 16 de junho de 2009
Museu do Futebol
Não sei o que vocês fizeram no feriado, mas eu fui passear ali em SP e, junto de Xianey e Fê Ruça, aproveitei para conferir o Museu do Futebol.
Você entra direto na parte das coleções e, exceção a uma camisa ou outra, fica meio desapontado. Até que sobe uma escada e chega ao museu de fato. Na sala escura, fotos de craques e ídolos de todos os tempos, reproduzidas em gigantes painéis. Todos travam, iluminados só pelas fotos dos grandes do nosso panteão. E a seqüência é matadora com várias TVs cheias de opções de grandes momentos do futebol comentados por uma galera prezíssima. Recomendo fortemente que todos escutem a narração do Ary Barroso, disponível no espaço dedicado ao rádio.
Subindo mais uma escada, existe o espaço dedicado à torcida. Impossível não perder eras ali, aguardando as fotos da própria galera e zoando a turminha do alheio. Numa sala a seguir mais memorabilias impressionantes do esporte bretão, até que vem uma sala escura, chamada de rito de passagem. As três saímos completamente marejadinhas de lágrimas. Coisa fina.
Então temos a mudernidade, relíquias, camisa do Pelé e as mais sensacionais frases sobre futebol já ditas pela terra brasilis. Mesas de totó, futebol 3d mudernosissímo e divertido.
De pontos negativos temos a proibição de fotografias e a ausência de lojinha de coisas do museu. Gostaria de ter mais do que o ingresso como lembrança e isso inclui réplicas pequenas de frases célebres ou um ímã da zebrinha. Faltou tino comercial.
No mais, evitem os finais de semana. Ter tempo e espaço para curtir as coisas deve ser BEM mais legal.
Você entra direto na parte das coleções e, exceção a uma camisa ou outra, fica meio desapontado. Até que sobe uma escada e chega ao museu de fato. Na sala escura, fotos de craques e ídolos de todos os tempos, reproduzidas em gigantes painéis. Todos travam, iluminados só pelas fotos dos grandes do nosso panteão. E a seqüência é matadora com várias TVs cheias de opções de grandes momentos do futebol comentados por uma galera prezíssima. Recomendo fortemente que todos escutem a narração do Ary Barroso, disponível no espaço dedicado ao rádio.
Subindo mais uma escada, existe o espaço dedicado à torcida. Impossível não perder eras ali, aguardando as fotos da própria galera e zoando a turminha do alheio. Numa sala a seguir mais memorabilias impressionantes do esporte bretão, até que vem uma sala escura, chamada de rito de passagem. As três saímos completamente marejadinhas de lágrimas. Coisa fina.
Então temos a mudernidade, relíquias, camisa do Pelé e as mais sensacionais frases sobre futebol já ditas pela terra brasilis. Mesas de totó, futebol 3d mudernosissímo e divertido.
De pontos negativos temos a proibição de fotografias e a ausência de lojinha de coisas do museu. Gostaria de ter mais do que o ingresso como lembrança e isso inclui réplicas pequenas de frases célebres ou um ímã da zebrinha. Faltou tino comercial.
No mais, evitem os finais de semana. Ter tempo e espaço para curtir as coisas deve ser BEM mais legal.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Pode lustrar o salto que é dia de estréia
Com esse texto, me chegou hoje a segunda parte da campanha Canarinho da Nike. Há algundis dias, já me tinham mandado algumas fotos da jam entre Marcelo D2 e Junior - sim, o segundo maior dos Deuses rubro-negros - junto com um texto que as explicava en passant.
Nesta tarde, chegaram adesivos, uma fita cassete e a informação de que haverá um bar no coração da boemia carioca. E o Chuteira estará lá. Porque além de gostarmos de futebol, também adoramos uma festa fechada.
Abaixo as fotos de tudo que nos foi enviado até o momento:
P.S.: Não estamos ganhando nada além do exibido e dito aqui, mas se você quiser achar que é um post pago, bom, cada cabeça uma sentença. Beijo.
Nesta tarde, chegaram adesivos, uma fita cassete e a informação de que haverá um bar no coração da boemia carioca. E o Chuteira estará lá. Porque além de gostarmos de futebol, também adoramos uma festa fechada.
Abaixo as fotos de tudo que nos foi enviado até o momento:
P.S.: Não estamos ganhando nada além do exibido e dito aqui, mas se você quiser achar que é um post pago, bom, cada cabeça uma sentença. Beijo.
domingo, 31 de maio de 2009
Momento clubista
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Segue três quarteirões, vira a esquerda e... 2014
Saiu no Ancelmo Góis a lista das cidades-sede para 2014. Estamos assim:
Rio de Janeiro
São Paulo
Belo Horizonte
Porto Alegre
Curitiba
Brasília
Cuiabá
Manaus
Fortaleza
Salvador
Recife
Natal
A abertura está entre SP e BH, a final, sabemos todos que será no Rio. Alguns apostam que a abertura ficará com SP e a estréia da Seleção com BH.
Creio que esse sorteio será algo de interessante. Imaginem se a Finlândia se classifica. E, mais além, fica em Cuiabá. Tudo bem que é junho/julho, mas, mesmo assim, ainda é um calor que deve ser a idéia deles de inferno. O que quer dizer que, não importa muito quem venha a se classificar, alguém se dará muito mal.
Na real, eu importo mesmo é com onde ficarão a Suécia, Noruega, Itália, Alemanha... Enfim, as pessoas bonitas. Porque pra ver gente feia, Maracanã taí, né?
Rio de Janeiro
São Paulo
Belo Horizonte
Porto Alegre
Curitiba
Brasília
Cuiabá
Manaus
Fortaleza
Salvador
Recife
Natal
A abertura está entre SP e BH, a final, sabemos todos que será no Rio. Alguns apostam que a abertura ficará com SP e a estréia da Seleção com BH.
Creio que esse sorteio será algo de interessante. Imaginem se a Finlândia se classifica. E, mais além, fica em Cuiabá. Tudo bem que é junho/julho, mas, mesmo assim, ainda é um calor que deve ser a idéia deles de inferno. O que quer dizer que, não importa muito quem venha a se classificar, alguém se dará muito mal.
Na real, eu importo mesmo é com onde ficarão a Suécia, Noruega, Itália, Alemanha... Enfim, as pessoas bonitas. Porque pra ver gente feia, Maracanã taí, né?
segunda-feira, 25 de maio de 2009
The wheels on the bus go round and round
Juro a vocês todos que adoraria não precisar voltar aos mesmos assuntos, mas tem coisas que matam um cerumano. Se não de vergonha, de indignação.
A maioria aqui sabe que eu adoro umn LOCHINHA DA CLUBES e que vejo direto umas 4 ou 5 (sem contar as novidades/promoções que recebo em newsletters). Sou "compradora de janela" de coisas de futebol. Fazer o que, um dia ainda tenho dinheiro pra apontar e pagar. Isso é introdução que baste; vaca fria time.
Domingo, antes do jogo contra o Botafogo, rolou um desfile com os "modelos novos" de camisas do Grêmio . Não gostei eu, não gostou a massa tricolor. Já a diretoria diz que a galera vaiava os modelos escolhidos para o desfile.
E, obviamente, a melhor forma de tapar o sol é usar uma peneira.
Ano passado, a camisa reserva era essa. Para a Libertadores, começaram a sacanear o uniforme reserva e lançaram isso. Agora alopraram de vez a situação inteira com esses uniformes novos. Nesse último link, inclusive, você percebe a indignação dos próprios torcedores.
Mas, certamente, era por conta dos modelos desfilando as camisas, não?
A maioria aqui sabe que eu adoro umn LOCHINHA DA CLUBES e que vejo direto umas 4 ou 5 (sem contar as novidades/promoções que recebo em newsletters). Sou "compradora de janela" de coisas de futebol. Fazer o que, um dia ainda tenho dinheiro pra apontar e pagar. Isso é introdução que baste; vaca fria time.
Domingo, antes do jogo contra o Botafogo, rolou um desfile com os "modelos novos" de camisas do Grêmio . Não gostei eu, não gostou a massa tricolor. Já a diretoria diz que a galera vaiava os modelos escolhidos para o desfile.
E, obviamente, a melhor forma de tapar o sol é usar uma peneira.
Ano passado, a camisa reserva era essa. Para a Libertadores, começaram a sacanear o uniforme reserva e lançaram isso. Agora alopraram de vez a situação inteira com esses uniformes novos. Nesse último link, inclusive, você percebe a indignação dos próprios torcedores.
Mas, certamente, era por conta dos modelos desfilando as camisas, não?
terça-feira, 19 de maio de 2009
não dá pra levar a sério
Mais uma da CBF.
De acordo com a tabela divulgada antes do início do Brasileirão, no domingo dia 31 de maio, às 16h, o Botafogo jogaria contra o Sport no Engenhão.
Hoje, a CBF resolveu antecipar o jogo para sábado, dia 30, às 18:30h. Menos um dia de folga/descanso/ou preparação para ambos os times e, obviamente, menos torcida no estádio (o horário das 4h no domingo é indiscutivelmente melhor pra ir a um estádio do que sábado às 6.30h, ou alguém discorda?!).
Por quê o jogo foi deslocado pra sábado? Porque o jogo Famengo x Atlético-PR foi deslocado de sábado para domingo.
No Lancenet: "O assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, explicou a pequena alteração na tabela, argumentando que o Flamengo merece esta modificação por conta do esforço que fez para trazer o Imperador de volta ao futebol brasileiro.
– Nada mais justo com um clube que fez um grande investimento. Além disso, não atrapalhará em nada a tabela do campeonato - declarou."
É SURREAL. De resto, tirem suas próprias conclusões.
De acordo com a tabela divulgada antes do início do Brasileirão, no domingo dia 31 de maio, às 16h, o Botafogo jogaria contra o Sport no Engenhão.
Hoje, a CBF resolveu antecipar o jogo para sábado, dia 30, às 18:30h. Menos um dia de folga/descanso/ou preparação para ambos os times e, obviamente, menos torcida no estádio (o horário das 4h no domingo é indiscutivelmente melhor pra ir a um estádio do que sábado às 6.30h, ou alguém discorda?!).
Por quê o jogo foi deslocado pra sábado? Porque o jogo Famengo x Atlético-PR foi deslocado de sábado para domingo.
No Lancenet: "O assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, explicou a pequena alteração na tabela, argumentando que o Flamengo merece esta modificação por conta do esforço que fez para trazer o Imperador de volta ao futebol brasileiro.
– Nada mais justo com um clube que fez um grande investimento. Além disso, não atrapalhará em nada a tabela do campeonato - declarou."
É SURREAL. De resto, tirem suas próprias conclusões.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Mais que torcedores, guerreiros
Ser brasileiro, por si só, já faz de cada um de nós soldado, né não? Basta olhar à nossa volta e ver o país em que vivemos, as condições que nos dão pra sobreviver. E conseguimos. Agora, além de brasileiros, somos TOR-CE-DO-RES. A mulherada aqui não dispensa um estádio, não. Não somos torcedoras de sofá e pipoca. Somos torcedoras de estádio, chuva-e-sol e hot dog frio. Não só nós aqui do brógue, não. Mas você, você e você também, certo?
Comecemos pelo valor dos ingressos. 30 reais foi o valor da arquibancada para o jogo Corinthians x Florminense pelas quartas de final da Copa do Brasil ontem. Vale comentar que o salário mínimo é de 465 pilas? Lembrando que nossa Constituição atribui tanta responsabilidade ao dito cujo: salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim. Ainda assim, pagamos o preço para assistir ao espetáculo classificado como "Ópio do Povo".
Transporte público está longe de ser um dos orgulhos de nossa terra, né? Ainda assim, o utilizamos para chegar aos templos. Quer dizer, quando é possível fazê-lo. Afinal, o Morumbi, por exemplo, não conta com estação de metrô próxima, tampouco zilhares de linhas de ônibus o atendem. Quando não dá mesmo, apelamos pros nossos carrinhos ou pras caronas e aí... Onde largar os bichos? Em estacionamentos próximos? No domingo, dia da estreia do Timão contra o Colorado no Pacaembu, o valor dos estacionamentos era de 30 mangos! TRINTA! Daria pra deixar na rua, então? Daria, se tivéssemos uma excepcional...
Segurança pública. Policiamento que age como melhor lhe convém, claro. Se você é torcedor, já tem inclinação pro mau comportamento. É o que parece. No entanto, os malditos flanelinhas e cambistas agem normalmente onde quiserem. E aí nós, aqueles que só queriam assistir a um joguinho, somos prejudicados ao extremo: ficamos sem ingressos porque estes bandidos têm acesso aos bilhetes antes de nós, reles mortais, e somos extorquidos pelos "amigões" que se oferecem a tomar conta daquilo que eles pretendem destruir, caso não sejamos cúmplices de suas atitudes.
Já é uma vitória termos conseguido pagar o ingresso, chegar ao estádio, entrar e ficar num lugar bacaninha. De repente, o primeiro bocejo. Por quê? Porque estamos cansados depois de um dia inteiro de batalha, digo, trabalho. Olhamos pro relógio e vimos que já são 21h50 de uma quarta-feira, horário maravilhoso previsto pra início da partida. E sabe por que ela ainda não começou? Porque a Maya ainda não conseguiu dizer ao Raj que o filho é, na verdade, de Bahuan, aquele dalit nada auspicioso. Até o elenco segunda linha inteiro de O Clone dançar e tudo, mais de 22h. O que significa, claro, que não haverá mais metrô funcionando quando acabar a partida. E o mesmo ocorrerá com muitas linhas de ônibus, o que torna quase impossível a volta de quem mora na periferia.
Guerreiros. Somos guerreiros.
E que vantagem Maria leva em tudo isso? - alguém poderia perguntar.
Minha resposta? Se você nunca esteve num estádio, experimente. E depois que você tiver a oportunidade de comemorar pela primeira vez um gol, ali, in loco, a gente volta a conversar*.
* Embora tenha tido vontade de chorar ontem aos 6min do primeiro tempo, quando o Dentinho sacudiu a rede tricolete, a minha vontade maior naquele instante era a de explodir a Globo e todos os que abaixam a cabeça pra que ela decida o horário das partidas transmitidas. Porque respeito é bom e torcedor, por mais guerreiro que seja, gosta bastante deste item.
Comecemos pelo valor dos ingressos. 30 reais foi o valor da arquibancada para o jogo Corinthians x Florminense pelas quartas de final da Copa do Brasil ontem. Vale comentar que o salário mínimo é de 465 pilas? Lembrando que nossa Constituição atribui tanta responsabilidade ao dito cujo: salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim. Ainda assim, pagamos o preço para assistir ao espetáculo classificado como "Ópio do Povo".
Transporte público está longe de ser um dos orgulhos de nossa terra, né? Ainda assim, o utilizamos para chegar aos templos. Quer dizer, quando é possível fazê-lo. Afinal, o Morumbi, por exemplo, não conta com estação de metrô próxima, tampouco zilhares de linhas de ônibus o atendem. Quando não dá mesmo, apelamos pros nossos carrinhos ou pras caronas e aí... Onde largar os bichos? Em estacionamentos próximos? No domingo, dia da estreia do Timão contra o Colorado no Pacaembu, o valor dos estacionamentos era de 30 mangos! TRINTA! Daria pra deixar na rua, então? Daria, se tivéssemos uma excepcional...
Segurança pública. Policiamento que age como melhor lhe convém, claro. Se você é torcedor, já tem inclinação pro mau comportamento. É o que parece. No entanto, os malditos flanelinhas e cambistas agem normalmente onde quiserem. E aí nós, aqueles que só queriam assistir a um joguinho, somos prejudicados ao extremo: ficamos sem ingressos porque estes bandidos têm acesso aos bilhetes antes de nós, reles mortais, e somos extorquidos pelos "amigões" que se oferecem a tomar conta daquilo que eles pretendem destruir, caso não sejamos cúmplices de suas atitudes.
Já é uma vitória termos conseguido pagar o ingresso, chegar ao estádio, entrar e ficar num lugar bacaninha. De repente, o primeiro bocejo. Por quê? Porque estamos cansados depois de um dia inteiro de batalha, digo, trabalho. Olhamos pro relógio e vimos que já são 21h50 de uma quarta-feira, horário maravilhoso previsto pra início da partida. E sabe por que ela ainda não começou? Porque a Maya ainda não conseguiu dizer ao Raj que o filho é, na verdade, de Bahuan, aquele dalit nada auspicioso. Até o elenco segunda linha inteiro de O Clone dançar e tudo, mais de 22h. O que significa, claro, que não haverá mais metrô funcionando quando acabar a partida. E o mesmo ocorrerá com muitas linhas de ônibus, o que torna quase impossível a volta de quem mora na periferia.
Guerreiros. Somos guerreiros.
E que vantagem Maria leva em tudo isso? - alguém poderia perguntar.
Minha resposta? Se você nunca esteve num estádio, experimente. E depois que você tiver a oportunidade de comemorar pela primeira vez um gol, ali, in loco, a gente volta a conversar*.
* Embora tenha tido vontade de chorar ontem aos 6min do primeiro tempo, quando o Dentinho sacudiu a rede tricolete, a minha vontade maior naquele instante era a de explodir a Globo e todos os que abaixam a cabeça pra que ela decida o horário das partidas transmitidas. Porque respeito é bom e torcedor, por mais guerreiro que seja, gosta bastante deste item.
terça-feira, 12 de maio de 2009
In your networks, stealing pointz
Como anunciado no Twitter, foi criada a Liga do Chuteira e Minissaia no Cartola FC e para se associar e glamourizar aquilo tudo lá é só clicar aqui e fazer parte da maravilhosa jornada pela volta dos shorts menores e de um futebol bem melhor.
Sim, você precisa pedir autorização, mas somos legais e liberamos *ui* tudo *uiui* rapidinho. Ta esperando o que, jovem?
P.S.: Se você estiver com problemas, procure a liga nominalmente: CHMINISSAIA .
Sim, você precisa pedir autorização, mas somos legais e liberamos *ui* tudo *uiui* rapidinho. Ta esperando o que, jovem?
P.S.: Se você estiver com problemas, procure a liga nominalmente: CHMINISSAIA .
segunda-feira, 11 de maio de 2009
E abrem-se as cortinas
Para o campeonato mais disputado do planeta! Sábado passado começou o Brasileirão, aquele campeonato que pode ser sensa ou que já nos terá enjoado ali por setembro. Mas estamos aqui para rir das desgraças: nossas e deles.
O grande destaque da rodada inicial não poderia ser outro que não o Nilmar pagando de garçon maratonista e desviando de 25 corinthianos* e chutando pro gol, anotando o mais bonito até o momento.
Pela Copa do brasil, agora começa a hora da alucinação. Quarta o Flamengo enfrenta o Inter e eu já prevejo 2 sacoladas. Foi bom ter chegado até aqui, gente. O vencedor desses jogos (Inter, claro) pega o vencedor do SUPAHCLÁSSICO Ponte Preta x Coritiba**. Do outro lado da chave temos [Vasco x itória] x [Corinthians x Fluminense]. Chave essa que por mim terminava nos primeiros jogos com tragédias nucleares nos 2 estádios***.
Na Liberators tá aquela louca confusão porque existem mexicanos e agora tem a gripe - e viúva - Porcina. Eu nem vou comentar que acho que os mexicanos nem deveriam estar na Liberators de brinks, né? (E você aí, que vai me lembrar de Vexamex, pois volte um ano no tempo e veja que desde ANTES DISSO já acho bem palhaça a participação deles). Bom, se os caras só tão aqui pra fazer graça e mandam reserva pra jogo de taça continental, que fiquem com a vaga deles pela CONCACAF e não zoem nosso calendário.
No mais, fiquem por aqui que eu tenho fotos e historinhas de como assisti a final do campeonato carioca no Rio Grande do Sul.
*A hipérbole está incluída no preço do pacote.
** A ironia também.
*** Assim como a doçura.
O grande destaque da rodada inicial não poderia ser outro que não o Nilmar pagando de garçon maratonista e desviando de 25 corinthianos* e chutando pro gol, anotando o mais bonito até o momento.
Pela Copa do brasil, agora começa a hora da alucinação. Quarta o Flamengo enfrenta o Inter e eu já prevejo 2 sacoladas. Foi bom ter chegado até aqui, gente. O vencedor desses jogos (Inter, claro) pega o vencedor do SUPAHCLÁSSICO Ponte Preta x Coritiba**. Do outro lado da chave temos [Vasco x itória] x [Corinthians x Fluminense]. Chave essa que por mim terminava nos primeiros jogos com tragédias nucleares nos 2 estádios***.
Na Liberators tá aquela louca confusão porque existem mexicanos e agora tem a gripe - e viúva - Porcina. Eu nem vou comentar que acho que os mexicanos nem deveriam estar na Liberators de brinks, né? (E você aí, que vai me lembrar de Vexamex, pois volte um ano no tempo e veja que desde ANTES DISSO já acho bem palhaça a participação deles). Bom, se os caras só tão aqui pra fazer graça e mandam reserva pra jogo de taça continental, que fiquem com a vaga deles pela CONCACAF e não zoem nosso calendário.
No mais, fiquem por aqui que eu tenho fotos e historinhas de como assisti a final do campeonato carioca no Rio Grande do Sul.
*A hipérbole está incluída no preço do pacote.
** A ironia também.
*** Assim como a doçura.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Conversê com Pelé
Depois de ser uma entre os milhares de participantes a responder a um quiz de forma correta na firma em que trabalho, fui sorteada para ser uma das 200 pessoas que participariam do Bate-papo com o Pelé, exclusivo para os funcionários desta portentosa empresa que paga o meu salário. Caio Ribeiro, ex-São Paulo e atual TV Globo, seria o mediador.
Confesso que fiquei feliz por ser escolhida porque, apesar de eu não simpatizar nada com o cidadão, estaria frente à frente com um dos mitos do esporte bretão que tanto amamos.
O lado brincalhão e descontraído veio à tona já no início do bate papo quando questionado sobre o Corinthians e a lenda dele não gostar do clube. "Como eu poderia ter raiva do Corinthians se ele me deixou ganhar durante 18 anos?" foi a resposta marcada pelas risadas no auditório lotado. Claro que eu soltei aquele clássico rá rá rá porque corinthiano que se preze, embora recém-coroado campeão paulista, não esquece suas feridas mais profundas. Caio ainda perguntou se era verdade que os jogadores santistas diziam fazer a feira antes dos jogos contra o Corinthians por terem certeza da garantia do bicho pela vitória. Pelé, rindo, respondeu que estes eram os dizeres que Carlos Alberto, aquele que já fazia feira e churrasco contando com o dinheiro do prêmio pela vitória.
Quando indagado sobre como era ser o Pelé, ele respondeu que, quando pequeno, odiava com todas as forças este apelido. Tinha orgulho de ser Edson, já que sua mãe o batizou assim pois houve a coincidência do seu nascimento e da chegada da luz elétrica a Três Corações. Ele sempre achou elegante chamar-se Edson em homenagem ao Thomas, aquele que inventou a lâmpada elétrica. Pelé era o principal motivo de suas visitas à diretoria da escola, por sempre encrencar com os meninos que o chamavam assim. Como todo apelido, o nome Pelé ganhou força justamente pelo fato do Edson não gostar dele. Hoje, no entanto, a situação mudou completamente e Pelé é o motivo de orgulho de Edson.
Questionado sobre a diferença entre os jogadores da década de 70 e os atuais, comparou as partidas de futebol a shows e os jogadores a artistas. Segundo ele, na década de 70 os artistas eram melhores que os atuais, porém não havia a TV para transmitir suas performances. "Antigamente, o cara precisava fazer 1.000 gols para ser conhecido" foi a frase usada pra exemplificar a diferença gritante ao que acontece nos dias de hoje, em que qualquer um marca um gol num jogo de várzea e a internet já o disponibiliza para o mundo todo. Ainda enfatizou que antes era muito mais marcante as funções de cada jogador. Os atacantes eram responsáveis pelos gols e os zagueiros pela defesa. "Hoje, a tática é 10-1. Quando o time está com a bola, todo mundo ataca. Quando perde a bola, todo mundo defende".
A inevitável pergunta sobre a troca do amor à camisa pelo dinheiro foi feita. A resposta de Pelé veio numa simulação da apresentação dos jogadores aos seus novos clubes.
O clima gostoso de bate-papo continuou e logo alguém tocou no ponto sensível da semana: a final do Campeonato Paulista. Perguntado sobre a sensação sentida no terceiro gol do Corinthians na Vila Belmiro, segundo de Ronaldo na partida, ele respondeu que, ao ver a bola tocar a rede, teve a certeza de que a taça ficaria mesmo na capital paulista. Disse que Ronaldo é um jogador que faz diferença, pois ele pegou apenas quatro bolas durante a partida, converteu duas em gol e quase fez o terceiro. Citou a habilidade que Ronaldo possui de conduzir a bola e levantar a cabeça para ver o posicionamento não só de seus companheiros, mas de seus adversários. Lembrou que o atacante do Timão observou o posicionamento de Fabio Costa durante a partida, inclusive citando que o goleiro parecia um zagueiro de tão adiantado que estava. Pelé ainda citou uma brincadeira que faz com os jogadores de meio campo novato "Você não tem de olhar pra bola. Depois de dominada, ela não vai fugir de você porque ela não tem pernas. Se o goleiro tiver um enfarte e cair em campo, corre-se o risco de ninguém chutar a gol porque está todo mundo sempre olhando a bola". Ele ressaltou que este é o diferencial de Ronaldo.
Questionado sobre a permanência de Dunga na seleção, Pelé respondeu que no início apoiou a escolha e apoia a permanência do atual técnico, porque ele conseguiu coisas que o público não enxerga, por exemplo o rompimento das panelinhas de jogadores e o fim dos pitacos de empresários que queria seus jogadores expostos na vitrine verde-amarela. Ainda ressaltou que, apesar das dificuldades como falta de tempo pra treinamento e entrosamento dos jogadores, Dunga tem conseguido muitas coisas. Disse, ainda, que o maior problema da seleção é a baixa qualidade do conjunto proporcional à qualidade individual das estrelas do time. Perguntado sobre uma sugestão de nome para a seleção brasileira, Pelé não exitou e apontou Hernanes do São Paulo como alguém que merece ser convocado.
Outra inevitável pergunta foi feita: o que Pelé achava de Neymar. Ele disse que o acha um menino bastante bom, esmagado pela pressão da imprensa e do público. Comparou a situação de Neymar à do Lulinha, que foi transformado em estrela e logo desapareceu por não suportar a pressão. "É fácil ser bom quando não se é conhecido". Acrescentou que, ao se tornar um pouco conhecido, o técnico adversário já pede marcação maior, uma beliscada no tornozelo. E aí é que se destaca quem é bom e quem não é. Ainda explicou que Neymar tem características bem diferentes de Robinho. O primeiro tem qualidade de passe, enquanto que o segundo é finalizador.
O palpite de três ou quatro favoritos para ser Campeão Brasileiro não foi dado. Em compensação, Pelé citou como clubes brasileiros favoritos ao título da Copa Santander Libertadores o São Paulo e o Sport. Destacou ainda o Boca Junior que, segundo ele, não importa o quão mal das pernas esteja, parece renascer dentro da Libertadores.
"Prefiro ficar com o meu timinho do Santos" foi o comentário que fez ao dizer como negou o convite do Presidente Lulla para tornar-se novamente Ministro do Esporte.
Ressaltou ainda que desde a época do Cosmos recebe convites para ser treinador de equipes, mas sempre recusou. Somente aceitou agora o convite para ser o treinador da equipe Onze Santander. Como patrocinador da Copa Libertadores, o Santander montou uma equipe com jogadores escolhidos por internautas e jornalistas da América Latina. O time representará o torneio em ações de marketing, porém só fará um jogo no encerramento da competição, contra o vencedor do torneio. Assim, além de Embaixador do torneio, Pelé é o técnico da equipe formada pelos brasileiros Washington, Luís Fabiano e Thiago Silva, pelos chilenos Aléxis Alejandro Sánchez e Gary Alexis Medel Soto, pelo colombiano Falcão García, pelos mexicanos Jared Francisco Borghetti Echavarría e Pavel Pardo Segura, pelo equatoriano Joffre David Guerrón Méndez, pelos argentinos Martín Palermo e Roberto Carlos Abbondanzieri e pelo uruguaio Washington Sebastián Abreu Gallo.
E por que mesmo eu mudei minha opinião em relação ao Pelé? Porque ele foi extramamente acessível, não fugiu de nenhuma pergunta das pessoas e, ainda, quebrou todos os protocolos do evento que não previam autógrafos pro povo (ele pediu que alguns fossem sorteados para ele autografar as camisas), fotos com geral, enfim... Ele foi da massa!
* Ao final do conversê, onze rabudos foram sorteados e ganharam a camisa do Onze Santander autografada pelo Pelé. Preciso falar que um dos rabudos é esta que vos escreve? ;-)
Confesso que fiquei feliz por ser escolhida porque, apesar de eu não simpatizar nada com o cidadão, estaria frente à frente com um dos mitos do esporte bretão que tanto amamos.
O lado brincalhão e descontraído veio à tona já no início do bate papo quando questionado sobre o Corinthians e a lenda dele não gostar do clube. "Como eu poderia ter raiva do Corinthians se ele me deixou ganhar durante 18 anos?" foi a resposta marcada pelas risadas no auditório lotado. Claro que eu soltei aquele clássico rá rá rá porque corinthiano que se preze, embora recém-coroado campeão paulista, não esquece suas feridas mais profundas. Caio ainda perguntou se era verdade que os jogadores santistas diziam fazer a feira antes dos jogos contra o Corinthians por terem certeza da garantia do bicho pela vitória. Pelé, rindo, respondeu que estes eram os dizeres que Carlos Alberto, aquele que já fazia feira e churrasco contando com o dinheiro do prêmio pela vitória.
Quando indagado sobre como era ser o Pelé, ele respondeu que, quando pequeno, odiava com todas as forças este apelido. Tinha orgulho de ser Edson, já que sua mãe o batizou assim pois houve a coincidência do seu nascimento e da chegada da luz elétrica a Três Corações. Ele sempre achou elegante chamar-se Edson em homenagem ao Thomas, aquele que inventou a lâmpada elétrica. Pelé era o principal motivo de suas visitas à diretoria da escola, por sempre encrencar com os meninos que o chamavam assim. Como todo apelido, o nome Pelé ganhou força justamente pelo fato do Edson não gostar dele. Hoje, no entanto, a situação mudou completamente e Pelé é o motivo de orgulho de Edson.
Questionado sobre a diferença entre os jogadores da década de 70 e os atuais, comparou as partidas de futebol a shows e os jogadores a artistas. Segundo ele, na década de 70 os artistas eram melhores que os atuais, porém não havia a TV para transmitir suas performances. "Antigamente, o cara precisava fazer 1.000 gols para ser conhecido" foi a frase usada pra exemplificar a diferença gritante ao que acontece nos dias de hoje, em que qualquer um marca um gol num jogo de várzea e a internet já o disponibiliza para o mundo todo. Ainda enfatizou que antes era muito mais marcante as funções de cada jogador. Os atacantes eram responsáveis pelos gols e os zagueiros pela defesa. "Hoje, a tática é 10-1. Quando o time está com a bola, todo mundo ataca. Quando perde a bola, todo mundo defende".
A inevitável pergunta sobre a troca do amor à camisa pelo dinheiro foi feita. A resposta de Pelé veio numa simulação da apresentação dos jogadores aos seus novos clubes.
O clima gostoso de bate-papo continuou e logo alguém tocou no ponto sensível da semana: a final do Campeonato Paulista. Perguntado sobre a sensação sentida no terceiro gol do Corinthians na Vila Belmiro, segundo de Ronaldo na partida, ele respondeu que, ao ver a bola tocar a rede, teve a certeza de que a taça ficaria mesmo na capital paulista. Disse que Ronaldo é um jogador que faz diferença, pois ele pegou apenas quatro bolas durante a partida, converteu duas em gol e quase fez o terceiro. Citou a habilidade que Ronaldo possui de conduzir a bola e levantar a cabeça para ver o posicionamento não só de seus companheiros, mas de seus adversários. Lembrou que o atacante do Timão observou o posicionamento de Fabio Costa durante a partida, inclusive citando que o goleiro parecia um zagueiro de tão adiantado que estava. Pelé ainda citou uma brincadeira que faz com os jogadores de meio campo novato "Você não tem de olhar pra bola. Depois de dominada, ela não vai fugir de você porque ela não tem pernas. Se o goleiro tiver um enfarte e cair em campo, corre-se o risco de ninguém chutar a gol porque está todo mundo sempre olhando a bola". Ele ressaltou que este é o diferencial de Ronaldo.
Questionado sobre a permanência de Dunga na seleção, Pelé respondeu que no início apoiou a escolha e apoia a permanência do atual técnico, porque ele conseguiu coisas que o público não enxerga, por exemplo o rompimento das panelinhas de jogadores e o fim dos pitacos de empresários que queria seus jogadores expostos na vitrine verde-amarela. Ainda ressaltou que, apesar das dificuldades como falta de tempo pra treinamento e entrosamento dos jogadores, Dunga tem conseguido muitas coisas. Disse, ainda, que o maior problema da seleção é a baixa qualidade do conjunto proporcional à qualidade individual das estrelas do time. Perguntado sobre uma sugestão de nome para a seleção brasileira, Pelé não exitou e apontou Hernanes do São Paulo como alguém que merece ser convocado.
Outra inevitável pergunta foi feita: o que Pelé achava de Neymar. Ele disse que o acha um menino bastante bom, esmagado pela pressão da imprensa e do público. Comparou a situação de Neymar à do Lulinha, que foi transformado em estrela e logo desapareceu por não suportar a pressão. "É fácil ser bom quando não se é conhecido". Acrescentou que, ao se tornar um pouco conhecido, o técnico adversário já pede marcação maior, uma beliscada no tornozelo. E aí é que se destaca quem é bom e quem não é. Ainda explicou que Neymar tem características bem diferentes de Robinho. O primeiro tem qualidade de passe, enquanto que o segundo é finalizador.
O palpite de três ou quatro favoritos para ser Campeão Brasileiro não foi dado. Em compensação, Pelé citou como clubes brasileiros favoritos ao título da Copa Santander Libertadores o São Paulo e o Sport. Destacou ainda o Boca Junior que, segundo ele, não importa o quão mal das pernas esteja, parece renascer dentro da Libertadores.
"Prefiro ficar com o meu timinho do Santos" foi o comentário que fez ao dizer como negou o convite do Presidente Lulla para tornar-se novamente Ministro do Esporte.
Ressaltou ainda que desde a época do Cosmos recebe convites para ser treinador de equipes, mas sempre recusou. Somente aceitou agora o convite para ser o treinador da equipe Onze Santander. Como patrocinador da Copa Libertadores, o Santander montou uma equipe com jogadores escolhidos por internautas e jornalistas da América Latina. O time representará o torneio em ações de marketing, porém só fará um jogo no encerramento da competição, contra o vencedor do torneio. Assim, além de Embaixador do torneio, Pelé é o técnico da equipe formada pelos brasileiros Washington, Luís Fabiano e Thiago Silva, pelos chilenos Aléxis Alejandro Sánchez e Gary Alexis Medel Soto, pelo colombiano Falcão García, pelos mexicanos Jared Francisco Borghetti Echavarría e Pavel Pardo Segura, pelo equatoriano Joffre David Guerrón Méndez, pelos argentinos Martín Palermo e Roberto Carlos Abbondanzieri e pelo uruguaio Washington Sebastián Abreu Gallo.
E por que mesmo eu mudei minha opinião em relação ao Pelé? Porque ele foi extramamente acessível, não fugiu de nenhuma pergunta das pessoas e, ainda, quebrou todos os protocolos do evento que não previam autógrafos pro povo (ele pediu que alguns fossem sorteados para ele autografar as camisas), fotos com geral, enfim... Ele foi da massa!
* Ao final do conversê, onze rabudos foram sorteados e ganharam a camisa do Onze Santander autografada pelo Pelé. Preciso falar que um dos rabudos é esta que vos escreve? ;-)
segunda-feira, 27 de abril de 2009
E lá vamos nós
Com o empate ontem, temos uma final no carioca com tudo igual. Não sei, to meio desempolgada disso tudo, mas claro que sofri, claro que me irritei deveras e claro que reclamei do Flamengo durante 90 minutos.
Sobre Juan, digo que achei demasiado, desmedido, mas não desnecessário de todo, mas eu sou flamenguista e a opinião nesse assunto não conta. Ms também não tou aqui pra fazer nenhum juízo de caráter de ninguém.
No Mineiro, as Smurfetes estão com a taça em casa quase, afinal 5x0 no primeiro jogo é praticamente para gritar é campeão. Pelo que me disseram, o Atlético estava completamente apático, o que só confirma a tese de que quem grita é campeão na terra do pão do queijo são mesmo os cruzeirenses.
Em São Paulo, Ronaldo marcou 2 e só se fala em outra coisa. 3x1 a Corinthians e dificilmente o Santos reverte esse placar num Pacaembu lotado e caldeironizado. Todos os ingressos forma vendidos em 2 horas, pelo que nos informa a mídia especializada.
E no meio de semana, mais uma rodada da Copa do Brasil, mas disso só falo quando estivermos com menos times, que fica menos embolado e complicado acompanhar. Assim, pras pessoas que têm alguma outra ocupação que não a de somente assistir futebol.
Stay beautiful, rapaziada.
Sobre Juan, digo que achei demasiado, desmedido, mas não desnecessário de todo, mas eu sou flamenguista e a opinião nesse assunto não conta. Ms também não tou aqui pra fazer nenhum juízo de caráter de ninguém.
No Mineiro, as Smurfetes estão com a taça em casa quase, afinal 5x0 no primeiro jogo é praticamente para gritar é campeão. Pelo que me disseram, o Atlético estava completamente apático, o que só confirma a tese de que quem grita é campeão na terra do pão do queijo são mesmo os cruzeirenses.
Em São Paulo, Ronaldo marcou 2 e só se fala em outra coisa. 3x1 a Corinthians e dificilmente o Santos reverte esse placar num Pacaembu lotado e caldeironizado. Todos os ingressos forma vendidos em 2 horas, pelo que nos informa a mídia especializada.
E no meio de semana, mais uma rodada da Copa do Brasil, mas disso só falo quando estivermos com menos times, que fica menos embolado e complicado acompanhar. Assim, pras pessoas que têm alguma outra ocupação que não a de somente assistir futebol.
Stay beautiful, rapaziada.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Fiel, o Filme
Fiel, o Filme: finalmente eu vi. E confesso que gostei muito. Não só pela declaração explícita de amor ao Todo Poderoso, não. Porque, como disse à truta de trabalho, é necessário confessar que talvez eu tivesse ido assistir mesmo que o mote fosse São Paulo, Santos, Palmeiras ou Asa de Arapiraca.
Só quem já pisou a arquibancada de um estádio reconhece a verdadeira emoção das cenas iniciais do filme: os passos cada vez mais rápidos em direção ao templo do futebol. Chinelos, tênis, sandálias. Faltaram ainda os pés descalços, sempre presentes no pós-jogo, afinal... Como vocês acham que o cidadão que arremessou as Havaianas no bandeirinha safado vai pra casa?
O fanatismo, as mandingas, a esperança, a alegria, a tristeza, o orgulho. Tudo ali na telona, despejado em nossos colos numa verdade nua e crua que emociona. Porque todos se identificam com algum personagem desta história da vida real.
O mano, o playboy, a patricinha, a mana, o casal do time, o casal de times opostos, o pai, o filho, a filha. Todos os tipos estão contidos não só no filme, mas nesta torcida que não é a que canta e vibra nem a que até a pé irá. Torcida, sim, que bate no peito e diz com todas as letras aqui é curíntia, numa releitura peculiar da língua mãe.
Fiel retrata com propriedade a alma corinthiana, o âmago. Da tristeza da queda, quase que totalmente incoberta pela orgulho inabalável da "torcida que tem um time" e que jamais se cansou de cantar que jamais abandonaria o Coringão porque sempre o amou (e sempre amará), até a volta à elite.
Claro que, como todo filme, Fiel possui alguns ápices como:
- o mocinho dizendo que gosta da torcida que não canta músicas com palavrões (oi?);
- o termo "ELAS" aplicado sutilmente em referência à torcida são-paulina;
- o comentário do mano mais mano de todos os manos do mundo ao se referir à derrota do Corinthians para o Vasco, dentro de casa na penúltima rodada do Brasileirão de 2007;
- a visão dos jogadores que faziam parte do time que caiu e que voltou;
- o comentário do Mano Menezes sobre o jogo contra o Ceará na Série B - todos dizendo que sentiam que aquele seria O dia e ele dizendo o contrário, que não achava que o Barueri perderia para o Paraná.
Vale a pena? De novo digo que vale sim e que valeria independente do time a que se referisse.
Ah, sim... Saciando a vontade dos coleguinhas em saber se eu fui unformizada ao Espaço Unibanco... CLARO QUE SIM!
Agradecimento especial aos curintianos Masili e Klô que estiveram comigo na super sessão das 10 da Sala 1.
Só quem já pisou a arquibancada de um estádio reconhece a verdadeira emoção das cenas iniciais do filme: os passos cada vez mais rápidos em direção ao templo do futebol. Chinelos, tênis, sandálias. Faltaram ainda os pés descalços, sempre presentes no pós-jogo, afinal... Como vocês acham que o cidadão que arremessou as Havaianas no bandeirinha safado vai pra casa?
O fanatismo, as mandingas, a esperança, a alegria, a tristeza, o orgulho. Tudo ali na telona, despejado em nossos colos numa verdade nua e crua que emociona. Porque todos se identificam com algum personagem desta história da vida real.
O mano, o playboy, a patricinha, a mana, o casal do time, o casal de times opostos, o pai, o filho, a filha. Todos os tipos estão contidos não só no filme, mas nesta torcida que não é a que canta e vibra nem a que até a pé irá. Torcida, sim, que bate no peito e diz com todas as letras aqui é curíntia, numa releitura peculiar da língua mãe.
Fiel retrata com propriedade a alma corinthiana, o âmago. Da tristeza da queda, quase que totalmente incoberta pela orgulho inabalável da "torcida que tem um time" e que jamais se cansou de cantar que jamais abandonaria o Coringão porque sempre o amou (e sempre amará), até a volta à elite.
Claro que, como todo filme, Fiel possui alguns ápices como:
- o mocinho dizendo que gosta da torcida que não canta músicas com palavrões (oi?);
- o termo "ELAS" aplicado sutilmente em referência à torcida são-paulina;
- o comentário do mano mais mano de todos os manos do mundo ao se referir à derrota do Corinthians para o Vasco, dentro de casa na penúltima rodada do Brasileirão de 2007;
- a visão dos jogadores que faziam parte do time que caiu e que voltou;
- o comentário do Mano Menezes sobre o jogo contra o Ceará na Série B - todos dizendo que sentiam que aquele seria O dia e ele dizendo o contrário, que não achava que o Barueri perderia para o Paraná.
Vale a pena? De novo digo que vale sim e que valeria independente do time a que se referisse.
Ah, sim... Saciando a vontade dos coleguinhas em saber se eu fui unformizada ao Espaço Unibanco... CLARO QUE SIM!
Agradecimento especial aos curintianos Masili e Klô que estiveram comigo na super sessão das 10 da Sala 1.
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