terça-feira, 13 de maio de 2008

O amargor da vitória

Começou o Brasileirão, aquela competição longa e que a gente só presta atenção de verdade quando chega o returno. Não gosto muito de pontos corridos, mas concordo que é um dos critérios mais justos de avaliação da qualidade de um time. Inclusive ajuda no fator "priorização de competição", muito embora campeonato de verdade sem final seja meio coito interrompido. E, bem, na primeira rodada não está nada definitivo, mas vim aqui falar do Flamengo. Vamos lá.

Começar com derrota seria ruim, mas essa vitória não foi doce como costumam ser as vitórias. A derrota da quarta e o enfrentamento com o Santos fizeram dessa uma vitória triste. Vi num desses programas de domingo que o Santos veio com reservas e o Flamengo nem tomou conhecimento. E a primeira reação foi mandar um sonor "ah, mas vá, né?" pro moço da TV, porque esse, de domingo, era para ter sido um jogo-treino entre os times nas quartas-de-final. Que fizessem um churrasco no Maracanã vazio e batessem uma pelada amistosa, guardando os trunfos para a quarta-feira. Mas, não. O Santos, corretamente, poupou quem podia. Eles estão disputando a América. E o Flamengo, parece-me (nem vi o jogo, a bem da verdade) entrou em campo com o mesmo time de quarta. E enfiou 3x1 nos reservas do Santos - muito superiores ao time do Amex.

Do fundo do coração, só posso esperar que o coió esteja gritando pros lados da Gávea, porque esse time tem que juntar qualquer caco de dignidade que tenha restado e entrar em campo como se cada jogo fosse uma final. Até dezembro. Talvez, assim, as pessoas magoadas (como eu, num exmeplo claríssimo) esqueçam a palhaçada que aconteceu no dia 7/5. O mínimo exigido ao clube é a conquista de uma vaga para a Liberators do ano que vem, e não no returno, mas num campeonato tranquilo onde o time nem sequer saia da zona de classificação.

Entendam, não digo que o Flamengo tenha time para isso. Porque não tem. O que precisa ser demonstrado a cada partida é a garra, a vontade de vencer, a raça e o respeito aos milhares de fanáticos que quasem morrem do coração a cada chute perdido pelo "matador" do time. A qualidade pode até ser baixa, mas a vontade, essa necessita ser maior do que tudo.

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