quarta-feira, 20 de agosto de 2008

"Eu acreditava no sistema. Até que eles tiraram minha vida. Então parei de acreditar no sistema e passei a acreditar na justiça."*

Enquanto assistimos ao bicho pegando nas séries A e B, a terceirona finalizava a primeira fase de confrontos regionais. E estaria tudo se encaminhando para mais alguns jogos eliminatórios, não fossem pequenas confusões. A maior delas ocorrida no grupo de Inter-SM, Engenheiro Beltrão, Toledo e Marcílio Dias. Agora senta que lá vem a história.

Na última rodada, jogavam Toledo x Marcílio ambos precisando de um empate para seguirem na competição; Inter-SM x Engenheiro Beltrão, com o coloradinho torcendo por uma vitória no primeiro jogo e precisando golear por 2 gols de diferença o adversário. Então que um 0x0 foi o placar do primeiro jogo e 3x2 o do outro. Porém, no meio do caminho havia um Rafinha, que falou demais e acabou por afirmar que as equipes haviam combinado o resultado.

Assim sendo, Inter-SM e Eng. Beltrão entraram na justiça - com toda a razão - pedindo alguma providência do STJD. E o que aconteceu? Foi decidido que as partidas seriam disputadas novamente e que Rafinha estaria banido do futebol. Agora vamos racionalizar as coisas um pouco. Rafinha estava errado ao falar demais? Sim, meu saudoso avô já dizia que quem fala demais, dá bom dia a cavalo; mas não se pode banir alguém por denunciar tamanha sujeira. Querem os dois - Toledo e Marcílio - avançar na competição é esperado, mas usar um golpe baixo desses, esquecendo-se que existem outros times querendo tanto quanto eles avançar, é imoral. De todos os envolvidos, Rafinha é o menos culpado. Mas é o lado mais fraco da corda, logo o que sofrerá toda a punição cabível.

No fim das contas, as partidas foram disputas novamente e, surpresa, Toledo e Marcílio empataram em 1x1 e avançaram, como o previsto. E o único ponto positivo da confusão toda é que, finalmente, Caxias e Brasil podem seguir com sua participação, afinal, os classificados aguardam essa decisão desde, mais ou menos, fim de julho.

É inacreditável a forma como a justiça desportiva funciona por aqui. Afinal, carrinho na bola, não pode; mas incentivar a combinação de resultados, sim...

*Nicholas Marshall em Justiça Cega

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