quinta-feira, 17 de abril de 2008

Descobrindo a pólvora

Parece que a imprensa paulistana descobriu o que qualquer pessoa que freqüenta estádio com alguma assiduidade já sabe: que os cambistas são uma praga e nem clubes e nem polícia fazem qualquer coisa que impeça a sujeira que eles espalham.

De acordo com a notícia, há um cambista com livre acesso a Palestra Italia e Canindé, inclusive, afirmando que já pratica tal ato há uns 20 anos. E que mais pessoas fariam isso da mesma forma e sem qualquer tipo de repressão de nenhum dos "poderes responsáveis".

A novidade é nenhuma para qualquer cidadão presente em estádios. Não deveria ser para a imprensa também, já que, no fim do ano passado, houve um certo tumulto na semana que precedeu o jogo Flamengo x Atlético-PR, para depois do jogo rolos e mais rolos de ingressos serem achados completamente abandonados nas proximidades. E eu em casa, porque não consegui nem uma mísera entrada. Aliás, nesse mesmo jogo, com 5 minutos de bola rolando, podia-se comprar ingressos a R$5, o par. Num jogo do Botafogo, já tentaram nos extorquir cobrando R$10 numa entrada que valia R$5.

Tanto a polícia quanto os clubes sabem que isso acontece há muito tempo. Qualquer torcedor que vá a estádio vê os procedimentos (arquibancada-branca; verde-amarela; cadeira a cada 5 passos). Só a imprensa, essa instituição que deveria nos informar das coisas, parece não saber que a prática é do tempo em que andar para frente era novidade. E que, realmente, não é possível crer que todos os cambistas passam o mesmo tempo que eu, você ou o casal ali, numa fila esperando pacientemente para comprar 10, 15 ingressos.

Me chama de boba, mas faz com categoria que é pra não irritar.

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