Achei que jamais sentiria uma dor tão forte em meu peito como a que eu senti ontem. Eu e meu mô não fomos ao Maracanã porque nossa turma organizou uma festinha para assistir ao jogo na casa do Ricky.
Bebidinhas gostosas, gente bonita e as imagens do templo do futebol me arrepiavam. Aquela farra com a fumaça tricolor. O Brasil era branco, verde e grená.
De repente, a LDU inaugurou o placar. Tentei conter o choro porque não queria borrar a maquiagem. Meu mô colocou a mão no meu coração e me perguntou se eu não acreditava. Respondi em coro com a torcida do estádio. EU ACREDITOOOOOOOOOOOO EU ACREDITOOOOOOOOOOO.
De repente, Thiago Neves começou a mudar a história do jogo. Um, dois, três gols. Só não pulei mais porque o salto da bota era fino. Mas eu cantava baixinho NEEEEEEEEEEEEEEENSEEEEEEEE. Baixinho porque não queria que as meninas me achassem suburbana.
Meu mozão comentou comigo o jogo inteiro que fomos roubados. Eu concordo. Aquele árbitro (de onde ele era mesmo?) não apitou pênaltis a nosso favor. O Prof. Renato Gaúcho comentou o tempo que os jogadores da LDU gastavam a cada reposição de bola. E o meu tricolor apanhou em campo sem que ele fizesse algo.
Final dos 90 minutos e eu sofria muito. Nem o vinho que eu tomava era capaz de me aliviar. Durante a prorrogação, mais sofrimento. Ainda bem que o árbitro anulou o gol adversário.
Pênaltis.
Não consegui assisti-los. Até agora não sei se foram bem batidos ou não, porque fiquei com o rosto escondido no peito do mô. Ouvi a narração. Sem que eu me desse conta, caí em prantos. Meu coração doía tanto. Agradeci por não ter ido ao Maracanã. Teria vergonha de chorar na frente de outras pessoas. A tristeza foi muito grande. Sei que o Flu jogou muito bem e merecia ter ficado com a taça. Infelizmente, não foi desta vez.
Agora, temos de focar no Campeonato Brasileiro porque não queremos cair novamente.
Eu ainda acredito.
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