Nós tinhamos mais liberdade de mostrar o que sabíamos. Os jogadores, hoje, correm mais do que jogam. E os treinadores são mais teóricos que práticos, principalmente os que não jogaram bola. O treinador precisa respeitar a característica do jogador. Ele começa a errar quando não aproveita esse dom ao fazer sua tática. O dia que nós, os sul-americanos, perdermos a individualidade, nos igualaremos aos europeus. Em parte, já perdemos.
(...)
O futebol mudou, evoluiu, mas para pior. Hoje, dificilmente você vê uma jogada individual. O que importa é o conjunto. Os europeus vão acabar nos convencendo a ser como eles. Jogar o futebol força. E, quando nós entrarmos nessa, ficar tudo igual, eles passam a ganhar de nós.
SANTOS, Nilton. Minha Bola, minha vida. Rio de Janeiro: Gryphus, 1998. 168-169 p
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