quarta-feira, 19 de março de 2008

Caracas 1 x 1 Cruzeiro

Não é segredo pra ninguém que nós, americanos, adoramos torcer para qualquer time que jogue contra Atlético e Cruzeiro – ainda que estes insistam em alardear uma "profunda e genuína" simpatia pelo glorioso alviverde que, oi, nós dispensamos! Tenho simpatia nenhuma por rival não, nem quero solidariedade hipócrita. Se não entenderam, depois eu desenho.

Isto posto, então que ontem foi dia de torcer pelo Caracas, tarefa que até se mostrou mais fácil do que nossa imprensa fez parecer ANTES do jogo. Sim, porque é de dar náuseas a babação de ovo em cima da turminha celeste. O grande "favorito", o super time, a máquina (que empatou num zero a zero xoxo no clássico contra o Atlético e perdeu pro RIO BRANCO, no MINEIRÃO) parecia que ia à Venezuela apenas para cumprir tabela em um jogo já ganho. Disgusting.

Eu, que adoro um quebra-cabeças, até achei um exercício bacana juntar o jogo que eu estava ouvindo – "o Cruzeiro, indiscutivelmente superior, está mandando no jogo, bem posicionado, pressionando muito" – com o que eu estava vendo, em que o Cruzeiro, se "pressionava muito", era na tentativa de sair de seu campo de defesa de vez em quando.

Já diz a sabedoria popular que quem não faz, leva. Aos 29 do primeiro tempo, as meninas tomaram o golaço do Caracas, numa cabeceada de Valencia após uma cobrança de falta, enquanto a defesa celeste parecia ter chumbinho na chuteira. Dos venezuelanos também foi o (de)mérito pelo empate, já que eu DU-VI-DO-MUI-TO que a equipe mineira chegaria ao gol se aquele lateral mané não tivesse metido a mão na bola.

Tá certo que no segundo tempo elas voltaram um pouco mais animadinhas, mas também não foi essa sensação toda pra neguinho ficar dizendo que o pênalti foi "um prêmio justo pela reação demonstrada no início do segundo tempo". Na minha terra, prêmio justo por se jogar bem é converter por competência própria. Ganhar um pênalti, ainda que correto, por joselitagem do adversário é, em bom português, uma puta duma cagada.

Como eu não tenho nada a perder com isso, ainda que torcesse pela vitória de los amigos caraquentos continuei achando muito divertido ver as notícias de que o Cruzeiro (o timaço favorito, lembram?) "conquistou" um "excelente e importante" empate fora de casa nesta rodada. Empate. Contra o Caracas. Uau.

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Rapidinhas:

• Quê que é aquele detalhe azul-pijama no uniforme cruzeirense? Zezus, que coisa horrível!

• Até eu que quero que a dupla rapo-galo se exploda senti vergonha alheia ao ver o Simonal no programa do Galvão, vestindo a camisa da cachorrada, dizer que "o Cruzeiro estar disputando a Libertadores é até bom porque tem mais chance de sobrar alguma coisinha para o galo". Fala sério, sujeito deve ter alguma fantasia secreta de tomar umas porradas da galoucura, só pode.

• A melhor piada pronta dos últimos tempos: Alex Alves não é mais metrossexual. Com todo respeito pela senhora mãe dele, o repórter perdeu a chance de fazer a pergunta que não quer calar: "e corno, você continua?"

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Hoje tem rodada tripla da Libertadores e jogo do Atlético na Copa do Brasil, então dá licença que eu vou aproveitar pra ver se consigo ouvir pelo menos o primeiro tempo do jogo do meu Mecão, que disputa seis pontos com o Itaúna agora, às 20h30. Fui.

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