quinta-feira, 27 de março de 2008

Nem vem de escada que o incêndio é no porão

Abrir a maioria dos sites de esporte hoje foi como ver uma grande ode ao Alexandre Pato. "O novo Pelé",. dizem todos, citando o The Guardian, mas a verdade é que já vi tanto novos Pelés que a tendência é soltar uma sonora gargalhada.

Não se trata aqui de diminuir o talento do Pato, longe de mim. O moço vem mostrando que jogar bola, de fato, ele sabe; o problema é outro. Não sei se na Argentina eles têm essa coisa de "novo Maradona", mas estou cansada da eterna comparação com Pelé. Os tempos são outros e a forma de jogar futebol mudou também. Sim, o objetivo é fazer gol, sempre foi e continuará assim por muito tempo, mas a questão é que nem a forma tanto de jogar e nem de conduzir um time não são mais as mesmas do tempo do Pelé. E, talvez nem Pelé fosse Pelé hoje em dia.

Partindo pra opinião pessoal, sempre achei o Garrincha melhor e o Pelé um chato. Ele seria o típico atleta de Cristo. Aquele que a gente até acha que bate um bolão, mas que não traz qualquer fanfarronice à partida. Já o Garrincha, era a personificação de ftuebol-moleque. Nada dessas palhaçadas de Robinho (que durante um tempo, veja só, também foi o 'novo Pelé').

Voltando à idolatria vazia: deixem o Alexandre Pato ser, no máximo, o namorado da Stephanny Britto. Não inventem de nova loira do Tchan, que isso é a maior pá de cal na carreira de um jovem promissor.


P.S: E outro momento umbigo: o que é o Dunga dizendo que ele não é craque ainda? Oi, se ele não é craque, quem é? O artilheiro do amor? Ah, mas faça-me o favor.

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