quinta-feira, 20 de março de 2008

Necessidades Básicas de Qualquer Torcedor

Todo torcedor sonha com um goleiro pegador (*ui*), uma defesa que defenda (jura?!), um meio de campo que pare o ataque adversário e que acelere o próprio ataque e, claro, um ataque goleador.
Qual o time que tem tudo isso? Nenhum, claro. Afinal, a graça do futebol é o sofrimento e somos todos um bando de masoquistas. Verdade seja dita. Por isso mesmo, se aparece UM cabra no plantel que faça 99% das suas obrigações e 3% das obrigações de seus companheiros, a idolatria nasce e ele vira O cara do time.
Nas minhas andanças por aí, fui a dois jogos não brasileiros e já elegi os meus ídolos, pelo menos para aquelas partidas.
São eles:
- Alexis Sánchez, 19 anos, atacante do River Plate, camisa 21. Não que eu simpatize com o River ou que o jogo contra o Racing tenha sido um puuuuuuuuuta jogo (empatezinho xoxo com rosca para os dois lados). Mas, estando em Buenos Aires e com o Boca jogando fora de cara, eu fui obrigada a ir ao Monumental de Nuñez. Voltemos ao Niño Maravilla. O chileninho das chuteiras alaranjadas tem agilidade, sabe se movimentar bem e, acreditem ou não, não apanha dos adversários. E olha que o pau comeu no jogo, sem que o juiz assoprasse o instrumento. O menino busca o jogo. Não fica ali na banheira esperando a vontade divina de fazer uma bola cair no pé dele. Em certos momentos, quando eu dava por mim, o cidadão estava buscando jogo... à frente da grande área de sua defesa. Sim, o tiro de meta era cobrado no pé do moço que ligava ao ataque. Gostei dele.

- Marko Pantelic, 32 anos, atacante do Hertha de Berlim, camisa 9. Fui assistir ao jogo do time do Mineiro, ex-São Paulo, porque estava lá mesmo e precisava conhecer o Olympiastadion. Apesar de ser sérbio, eu poderia dizer que o rapaz tem um pé na América Latina. Ele tem ginga e não joga aquele futebol duro e totalmente moldado às regras constantemente observado no Velho Continente. Jogador maduro, mais de 30 anos, corre mais que muito moleque por aí e sabe o que fazer com a bola. Assim como o Alexis, Pantelic não fica ali na frente pedindo a Deus por uma ligação. Busca o jogo, arma o companheiro de ataque (*ui*) e ainda finta. Com classe. A habilidade é tanta que a torcida delira. E olha que aquele povo nem gosta tanto de estrangeiros... Mesmo que sejam do mesmo continente.

Em resumo... Moço, me vê um de cada? Pra viagem! É que meu time anda precisando...

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